Napoli, Itália

De longe, já podia ver a Itália, e meu coração acelerou ao perceber que estávamos prestes a pisar naquele solo que sempre sonhei. O avião começou a descer e, finalmente, aterrissamos no Aeroporto de Roma Fiumicino, um dos maiores e mais movimentados do país. Eu e Sara nos olhávamos, incrédulas, como se ainda não conseguíssemos acreditar que realmente estávamos ali.

Assim que as portas do avião se abriram e saímos para o terminal, Sara olhou para mim com os olhos brilhando e um sorriso largo no rosto.

– Chegamos! Estamos na Itália! – exclamou, com uma felicidade contagiante.

Eu sorri, sentindo a emoção tomando conta de mim. – Sim! Agora temos que pegar nossas bagagens e pegar um ônibus para Napoli.

O calor do momento fez minha cabeça girar. Eu estava empolgada, mas também nervosa, com o peso da realidade me atingindo aos poucos. Sara, sempre tranquila, me deu um olhar sereno e disse:

– Fica tranquila, amiga. Sem pressão!

Eu respirei fundo e tentei relaxar, mas a ansiedade ainda estava lá. – Eu sei, tenho que relaxar mesmo, mas só vou ficar tranquila quando a gente se instalar e ver que tudo vai dar certo.

Com os corações acelerados, seguimos para pegar nossas malas. O aeroporto de Roma Fiumicino era grande e movimentado, mas em meio a toda aquela agitação, parecia que o tempo se arrastava. Cada passo que dávamos nos aproximava mais de Napoli, mas também trazia uma nova onda de insegurança.

– Vai dar tudo certo, Manu. Vamos aproveitar cada momento – disse Sara, tentando me acalmar.

Eu sorri para ela, grata pela presença constante e pela confiança que ela sempre me dava. Sabia que, com ela ao meu lado, conseguiria enfrentar qualquer desafio.

Agora, o que nos aguardava era a viagem de ônibus para Napoli, e eu não podia deixar de pensar nas novas experiências que iriam surgir em breve.

Quando o táxi finalmente parou em Napoli, meu coração deu um salto. O calor do verão italiano era intenso, e eu estava fascinada com tudo ao meu redor. As ruas estavam cheias de vida, e a cidade parecia pulsar com uma energia única. As mulheres caminhavam pelas calçadas com vestidos floridos, elegantemente esvoaçantes, com um estilo que parecia saído de uma revista de moda. Elas pareciam modelos, tão graciosas e deslumbrantes.

Os homens, ah, os homens italianos… Eles eram simplesmente irresistíveis, com aquele charme natural, sexy, e um jeito único que me fazia quase esquecer de respirar. Cada olhar deles parecia carregado de mistério e sedução. Eu tentava não encarar tanto, porque sabia que poderia parecer rude, mas não conseguia conter o sorriso no rosto, nem a curiosidade em ver tanto de novo ao meu redor.

Dentro do táxi, o clima estava quente e o cheiro das ruas me embriagava. Eu não sabia falar italiano, mas sabia o suficiente para me virar. Quando paguei ao taxista e saí do carro com Sara, peguei nossas malas e olhei para o prédio à nossa frente. Uma grande placa com o nome do restaurante "La Donna" estava iluminada acima da entrada, e meu coração bateu mais rápido.

– Deve ser aqui o restaurante – disse eu, olhando para a placa.

Sara, que estava ao meu lado, olhou também e confirmou: – O nome é o que você disse, "La Donna". Então deve ser isso mesmo.

Logo, um homem apareceu à porta. Ele parecia ter uns quarenta anos, e o sorriso que ele abriu ao nos ver parecia ser acolhedor e genuíno. Ele se aproximou de nós e, com um gesto amigável, apontou na nossa direção.

– Boun giorno! – ele disse com um sorriso caloroso.

Eu, um pouco nervosa, tentei perguntar em italiano: – Você é Bernarbe?

Ele respondeu prontamente, com uma leve risada: – Si, si! Podem entrar.

Sara e eu nos olhamos, uma sentindo a ansiedade da outra. Era tudo muito novo, mas também empolgante. Entramos no restaurante, e o ambiente estava vazio, com uma decoração simples, mas acolhedora. Aquele lugar tinha uma aura tranquila, uma sensação de lar longe de casa.

Apesar de ser um ambiente vazio, o cheiro da comida que vinha da cozinha nos fez esquecer qualquer dúvida. Finalmente, estávamos em Napoli, em nosso novo lar por um ano, começando uma aventura que, apesar dos medos e incertezas, era exatamente o que eu sempre quis.

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