Prólogo

A batida da música eletrônica pulsava como o coração da boate, fazendo o chão tremer sob os pés de quem estava lá dentro. As luzes de neon lançavam flashes rápidos, tingindo tudo de roxo e azul, enquanto o ar estava impregnado pelo cheiro de suor, álcool e perfume caro. Era uma noite de domingo, e o lugar estava lotado. A pista de dança fervia, com corpos entrelaçados se movendo ao ritmo das batidas. As risadas e conversas altas misturavam-se com a música, criando um caos delicioso que só a noite poderia proporcionar. Naquela noite, o ar estava impregnado de euforia, adrenalina e sensação de vitória. Eles haviam colocado seu plano em ação, e agora estavam ali para celebrar.

Nico e Preston atravessaram a multidão, movendo-se com confiança. Eles sentiam que eram os reis daquele espaço. Nico liderava o grupo, como sempre, sua presença magnética atraindo olhares por onde passava. Com 1,80 de altura e corpo musculoso, o cabelo curto e os olhos escuros transmitiam confiança e perigo. Sua pele bronzeada e tatuagens visíveis nos braços conferiam a ele uma aura de bad boy que apenas aumentava seu charme natural. Nico era carismático, seguro de si e, para aqueles que o conheciam mais de perto, frio e calculista quando o assunto era negócios. Ele era o tipo de cara que sabia manipular o ambiente ao seu redor, sempre controlando a situação com um sorriso tranquilo. Porém, não se engane, ele não havia ganho o apelido de Bruto atoa.

Já Preston ou Money, que o seguia de perto, era um contraste intrigante. Ele tinha uma aparência que mesclava um ar rebelde com uma certa vulnerabilidade escondida. Com 1,83 de altura, com pouco robusto, porém definido, era coberto por uma camisa preta justa que escondia suas tatuagens—símbolos de uma vida marcada que tinha como troféus. Seu cabelo loiro e bem penteado lhe dava uma aparência quase sofisticada, mas seus olhos azuis, sempre alertas e observadores, revelavam uma alma inquieta e perigosa. Diferente de Nico, Preston ainda carregava resquícios da vida que levava antes de se envolver nesse mundo. Embora tivesse o mesmo gosto por dinheiro fácil, ele era mais introspectivo, questionador e, muitas vezes, preferia observar antes de agir.

Embora tivessem quase a mesma idade, Preston olhava para Nico como um mentor. Foi Nico quem lhe mostrou o caminho para alcançar o sucesso das ruas, e, juntos, eles formavam uma dupla imbatível.

Naquela noite, tudo era celebração. O plano que haviam colocado em jogo semanas antes estava finalmente começando a dar frutos, e a curtição era a recompensa que eles se permitiam. Preston, que tinha uma habilidade natural de alcançar gente rica, havia aberto as portas para clientes maiores, com mais dinheiro e mais influência. Nico, sempre esperto, viu a oportunidade e a agarrou com força. O pequeno negócio de revendedor de ecstasy e maconha havia se transformado em algo muito maior.

Eles não estavam sozinhos naquela noite. Damien, Ant e Carlos estavam curtindo a festa como se não houvesse amanhã. Damien, o mais agitado do grupo, estava cercado por duas mulheres com vestidos justos e decotes profundos. Ele ria alto, gesticulando com as mãos enquanto bebia direto da garrafa de champanhe. Damien era o tipo que sempre ia além do limite, o que o tornava tão divertido quanto perigoso para os outros. Com cabelo bem curto, quase raspado, combinados com o rosto de menino, escondiam a selvageria que vinha depois da terceira ou quarta bebida.

Ant, o mais introspectivo. Ele não era de muita conversa, mas sua presença silenciosa era sempre notada. Tinha um físico pouco robusto e um ar de mistério, que atraía as mulheres sem esforço. As tatuagens que cobriam seus braços davam a ele uma aparência de bad boy, algo que ele sabia usar a seu favor. Mesmo enquanto bebia e observava, sabia que Ant estava sempre pensando, sempre calculando.

Já Carlos, o palhaço do grupo, estava no centro da pista de dança, rindo e se mexendo como se fosse o dono do mundo. Ele tinha uma energia caótica que o fazia se destacar. Baixo, com cabelos negros curtos e uma expressão quase sempre brincalhona, Carlos era o cara que conseguia desarmar qualquer situação com uma piada ou um comentário bem-humorado. Cercado por mulheres, ele parecia estar em seu habitat natural, puxando uma delas para mais perto enquanto movia o corpo ao ritmo da música.

Nico, Preston, Damien, Ant e Carlos—eles eram um quinteto que dominava aquele espaço. As mulheres os cercavam, atraídas pela confiança e pela vibe de perigo. Riam, bebiam e fumavam, entregues ao momento. Para eles, a noite estava apenas começando, e o mundo parecia girar a seu favor.