Sara, tocada profundamente, não conseguiu mais segurar as lágrimas. Elas desceram livremente, sem vergonha, pois eram lágrimas de alívio, de amor e de uma felicidade que ela nunca imaginou que teria. Estava tudo acontecendo rápido demais, mas de uma maneira que fazia seu coração pulsar com a certeza de que, ao lado de Theo, ela finalmente encontrara seu lugar.
Quando ela sentiu a mão dele apertando a sua novamente, seus olhos se abriram para ele, esperando, mas ao mesmo tempo temendo, que talvez estivesse apenas sonhando. Mas então, ele sussurrou, com a voz rouca e fraca, mas cheia de sinceridade:
— "Eu te amo, Sara... sempre voltarei para você."
As palavras, tão simples e diretas, causaram um impacto imenso nela. Seu coração disparou, e ela se inclinou sobre ele, sem se importar com o que mais estava acontecendo ao redor. Seu mundo agora era Theo, e ele acabava de confirmar o que seu coração já sabia, mas que ela ainda precisava ouvir: ele a amava. E, com isso, todos os medos e incertezas que ela carregava se desvaneceram, sendo substituídos por uma paz que ela jamais sentira.
— "Eu também te amo, Theo." Sua voz estava embargada, mas sua sinceridade era evidente. "Nunca vou te deixar. Nunca."
Ela se aconchegou mais perto dele, repousando sua cabeça sobre seu peito, ouvindo o batimento firme do seu coração. Theo estava ali, vivo, e ele a amava. Nada mais importava naquele momento. Eles tinham um ao outro, e isso era tudo o que ela precisava para enfrentar qualquer coisa que viesse pela frente.
Enquanto o silêncio tomava conta do quarto, e as lágrimas de Sara se acalmavam, ela sabia que o futuro deles seria complicado, mas agora, com a certeza do amor de Theo, ela se sentia pronta para tudo. Eles enfrentariam juntos, como sempre deveriam ter feito.
O médico entrou no quarto com uma expressão mais tranquila, examinando Theo com atenção. Ele verificou os aparelhos e fez uma série de testes rápidos. Após alguns minutos, ele se aproximou de Sara, que estava ansiosa ao lado da cama de Theo.
— "Ele está fora de perigo, Sara. A cirurgia foi bem-sucedida, e ele está se recuperando bem. No entanto, ele precisa ficar em observação por mais alguns dias para garantir que não haja complicações." O médico disse, com um tom reconfortante.
Sara suspirou aliviada, sentindo o peso sobre seus ombros diminuir. Ela deu um leve sorriso de gratidão para o médico.
— "Obrigada, doutor." Ela olhou para Theo,que via aquilo com tédio, e sentiu o desejo de estar perto dele, oferecendo todo o apoio possível para sua recuperação.
— "Ele vai ficar bem, senhora. Vamos monitorá-lo de perto." O médico concluiu, antes de sair do quarto, deixando Sara a sós com Theo.
Sara pegou o celular rapidamente, seu coração ainda batendo mais forte de ansiedade. Ela ligou para Marta, a mãe de Theo, e esperou enquanto o telefone tocava. Quando Marta atendeu, sua voz preocupada soou do outro lado da linha.
— "Sara? Como ele está? Por favor, me diga que ele está bem." Marta perguntou, já sabendo do que havia acontecido.
Sara respirou fundo e sorriu, tentando passar calma, embora a preocupação ainda estivesse em seu peito.
— "Ele está bem, a cirurgia foi bem-sucedida, e o médico disse que ele vai ficar em observação por mais alguns dias. Mas ele está estável e fora de perigo."
Marta suspirou de alívio, mas a tensão ainda estava presente em sua voz.
— "Graças a Deus... Eu sabia que ele era forte, mas não imagina o susto que foi para mim. Você está bem, Sara?"
Sara olhou para Theo, que agora estava de olhos fechados, e respondeu com calma.
— "Estou bem,eu estou ao lado dele, e ele vai melhorar logo. Fique tranquila. Vou ficar por aqui, ao lado dele, até ele receber alta."
— "Eu sei que você vai cuidar dele, minha querida estou muito grata por você estar com ele. Eu vou ir vê-lo assim que puder pois estou resolvendo os assuntos dele,me avise de qualquer coisa." Marta disse, sua voz mais suave, mas ainda cheia de preocupação.
— "Pode deixar, eu vou te manter atualizada. Ele vai para casa logo." Sara disse com um sorriso, sentindo um alívio por Marta saber que Theo estava bem.
Depois de desligar o telefone, Sara ficou mais tranquila, mas seu coração ainda batia com a esperança de ver Theo ir para casa logo. Ela segurou sua mão com carinho e permaneceu ao lado dele, disposta a ficar o tempo que fosse necessário até que ele voltasse para ela.
Theo abriu os olhos lentamente, piscando para se ajustar à luz suave do quarto. A sensação de dor em seu corpo era real, mas menos intensa do que esperava. Ele sentiu o cheiro suave e familiar de jasmim, e quando seus olhos se moveram, viu Sara adormecida na poltrona ao lado da cama.
Ela estava encolhida, os braços cruzados sobre o peito, a cabeça pendida para o lado, os cabelos emoldurando seu rosto sereno. Mesmo em seu sono, havia um leve vinco de preocupação em sua testa, como se ela não pudesse relaxar completamente.
Theo sentiu o coração apertar. Ela estava ali, ao seu lado, mesmo depois de tudo o que tinha acontecido. Um misto de gratidão e admiração o envolveu. Ele nunca havia imaginado que alguém estaria disposto a suportar tanto por ele. As lembranças das últimas horas eram um borrão, mas ele sabia que Sara tinha permanecido firme, cuidando dele enquanto ele estava vulnerável.
Ele tentou se mover com cuidado, evitando fazer barulho. Sua mão deslizou para tocar suavemente a dela, que descansava no braço da poltrona. Seus dedos se entrelaçaram instintivamente, e Sara se mexeu um pouco, mas não acordou. Theo sorriu, um sorriso genuíno, coisa rara desde que assumira sua posição na máfia.
"Ela não desistiu de mim... Mesmo com o risco, mesmo com o medo."
Ele desejou poder dizer a ela, naquele momento, o quanto isso significava. Por um instante, Theo se esqueceu de tudo — dos anciãos, das obrigações, dos perigos — e permitiu-se apenas sentir. Sentir a força daquele laço que estavam construindo, uma força que ele nunca soube que precisava até conhecê-la.
Com esforço, ele levantou a mão e afastou suavemente uma mecha de cabelo do rosto dela. Sara suspirou e, aos poucos, abriu os olhos. Quando viu Theo desperto, seus olhos se encheram de lágrimas e um sorriso aliviado surgiu em seus lábios.
— "Você está acordado..." a voz dela saiu suave e trêmula,pois o médico falou que ele poderia demorar a acordar mais uma vez por causa dos remédios fortes.
Theo apertou sua mão com delicadeza.
— "E você está aqui." Ele respondeu, com uma ternura que surpreendeu até a si mesmo. "Você não tem ideia do quanto isso significa para mim."
Sara levou a outra mão até o rosto dele, seus dedos roçando suavemente sua pele.
— "Eu não iria a lugar nenhum. Eu fiquei... porque você é importante para mim."
Os olhos de Theo brilhavam com algo novo, algo que ele estava finalmente deixando emergir. Ele puxou a mão dela para perto de seus lábios e depositou um beijo suave.
— "Obrigado por não desistir de mim."
Ela sorriu, uma lágrima escapando por sua bochecha.
— "Nunca."
Naquele momento, eles não precisaram de mais palavras. O silêncio entre eles estava cheio de promessas e sentimentos que ambos estavam prontos para aceitar.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Valéria Vilas boas
Apaixonada pelo livro.
História maravilhosa.
2025-03-23
3
Maria
Amei,mas sinto falta das fotos mesmo imaginando as cenas lindas mas falta uma foto ou outra.
2025-03-15
3
Benedita Marinho
maravilhosa 😍👏😍👏😍👏😍👏😍
2025-04-01
1