A noite estava envolta em sombras densas e ameaçadoras quando Theo e seus homens chegaram ao ponto de encontro. Tudo parecia tranquilo demais. O silêncio era quase opressor, e uma sensação incômoda crescia dentro dele. Seu instinto gritava que algo estava errado.
— "Mantenham os olhos abertos," — ele ordenou em voz baixa, o olhar frio e atento percorrendo os arredores.
De repente, o som de tiros cortou o silêncio. Os primeiros homens de Theo caíram antes que tivessem chance de reagir. Era uma emboscada. Inimigos surgiram de todos os lados, em número muito maior do que eles haviam previsto.
— "Protejam-se! Recuem!" — Theo gritou, puxando suas armas e atirando com precisão.
O caos tomou conta do lugar. Os tiros ecoavam, gritos de dor se misturavam ao barulho seco das balas. Theo viu amigos e leais guerreiros caírem um a um, mas não havia tempo para hesitar. Ele avançou com fúria, movido por uma raiva avassaladora e uma necessidade de proteger os que ainda estavam vivos.
Atirou em três homens que tentavam cercá-lo e, em um movimento rápido, desviou de uma faca que passou rente ao seu rosto. Ele girou, disparou novamente e viu os inimigos começarem a recuar. Estava conseguindo virar o jogo.
Foi nesse instante que sentiu uma dor lancinante no lado esquerdo. Um tiro o acertou, perfurando sua lateral. Theo cambaleou, mas se manteve de pé. Sua visão ficou turva por um momento, mas ele não podia cair ali. Não agora.
Com esforço sobre-humano, sacou o celular, os dedos ensanguentados e trêmulos. Chamou um dos seguranças.
— "Preciso de ajuda... Agora..." — sua voz era um sussurro rouco.
Antes que pudesse ouvir a resposta, suas forças se esgotaram. O chão frio o recebeu quando ele desabou, e a escuridão tomou conta de tudo.
Os seguranças chegaram ao local da emboscada rapidamente, os faróis dos carros cortando a escuridão densa da noite. Quando desceram armados, reforços já estavam posicionados para cobrir a área. Os rastros da batalha ainda estavam frescos: corpos espalhados, marcas de tiros e o cheiro metálico de sangue pairando no ar.
— "Ali!" — um dos homens gritou ao encontrar Theo caído, uma poça de sangue se formando sob seu corpo imóvel.
Com agilidade e cuidado, dois seguranças se aproximaram, verificando seus sinais vitais. Ele ainda respirava, mas estava pálido e frio ao toque.
— "Ele está vivo! Precisamos levá-lo agora!"
Rapidamente, Theo foi colocado em uma maca improvisada e levado até a SUV blindada. Um dos seguranças pressionava o ferimento para conter o sangramento enquanto o outro dirigia em alta velocidade em direção ao hospital da máfia.
Dentro do carro, o silêncio era pesado, quebrado apenas pelo som da respiração difícil de Theo.
— "Aguente firme, chefe. Já estamos chegando."
No Hospital da Máfia
Assim que chegaram, médicos e enfermeiros da confiança da família já estavam esperando. Theo foi levado diretamente para a sala de cirurgia enquanto os seguranças faziam contato com Marta.
— "Dona Marta, aconteceu um incidente... O senhor Theo foi ferido durante a missão, mas está sendo tratado agora. Ele está em boas mãos."
Do outro lado da linha, a voz de Marta tremeu.
— "Estou indo para lá agora!"
Na Mansão
Sara, que estava na sala com um livro tentando distrair a mente, viu Marta sair às pressas, o rosto tenso e preocupado.
— "O que aconteceu?" — perguntou Sara, sentindo o coração acelerar.
Marta respirou fundo, buscando manter a calma.
— "Theo foi ferido. Está no hospital."
As palavras caíram como um golpe para Sara. Seu rosto perdeu a cor, mas sua determinação brilhou nos olhos.
— "Eu vou com você."
Sem esperar resposta, Sara pegou um casaco e seguiu Marta até o carro. O medo a consumia por dentro, mas havia uma força crescendo nela — uma força que vinha do sentimento profundo que ela tinha por Theo.
Assim que o carro parou em frente ao hospital da máfia, Sara desceu apressada, o coração disparado e a visão turva pelo pânico. Marta segurava seu braço, tentando guiá-la com firmeza, mas ela mal conseguia pensar em outra coisa além de Theo. Aquele lugar, frio e estéril, parecia sufocar cada vez mais seus sentimentos.
— "Theo... onde ele está? Preciso vê-lo!" — a voz de Sara tremia, quase um sussurro desesperado, enquanto ela se dirigia à recepção.
Uma enfermeira hesitou, tentando acalmá-la:
— "Senhora, ele ainda está na sala de cirurgia. Precisamos que você se acalme..."
As palavras pareciam ecoar distantes. O mundo girou ao seu redor, e antes que pudesse dar mais um passo, uma onda de fraqueza a atingiu. Seus olhos se fecharam lentamente, e tudo escureceu.
— "Sara!" — Marta gritou, desesperada, vendo-a desmaiar.
Os seguranças agiram rápido, segurando Sara antes que ela caísse ao chão. Imediatamente, uma maca foi trazida, e ela foi levada às pressas para um quarto de observação. Marta acompanhava tudo com o coração apertado, uma mistura de preocupação pelos dois — por Theo e por Sara.
No Quarto de Sara
Minutos depois, Sara abriu os olhos lentamente, sentindo uma leve tontura. A luz do quarto a cegou por um instante, e a primeira coisa que viu foi Marta ao seu lado, segurando sua mão.
— "Está tudo bem, querida. Você desmaiou, mas já está melhor."
Sara levou a mão ao peito, tentando controlar a respiração.
— "Theo..." — a voz falhou, lágrimas escorrendo por suas bochechas.
Antes que Marta pudesse responder, a porta se abriu, e dois médicos entraram com expressões serenas.
— "Dona Marta, senhora Sara," — começou um deles, com voz firme. — "A cirurgia foi delicada, mas Theo está fora de perigo. Ele perdeu bastante sangue, mas conseguimos estabilizá-lo. Agora ele precisa descansar."
As palavras trouxeram um alívio imediato, como se um peso imenso fosse retirado dos ombros de ambas. Marta fechou os olhos por um instante, agradecendo silenciosamente. Sara deixou escapar um soluço de alívio, cobrindo o rosto com as mãos enquanto as lágrimas caíam livremente.
— "Posso vê-lo?" — perguntou Sara, a voz ainda fraca.
— "Sim, mas apenas por alguns minutos. Ele ainda está sob efeito da anestesia."
No Quarto de Theo
Sara entrou devagar, os passos hesitantes. Theo estava deitado, pálido, mas respirava suavemente. O som constante dos aparelhos preenchia o silêncio. Aproximando-se da cama, ela pegou sua mão, sentindo o calor fraco, mas presente.
— "Você voltou para mim..." — sussurrou, as lágrimas voltando a brotar.
Mesmo inconsciente, parecia que o simples toque dela trazia paz a Theo. Marta observou a cena da porta, com a certeza de que aquele amor, apesar das circunstâncias, estava se tornando a força que ambos precisavam para seguir em frente.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Iole Correia
capítulo maravilhoso muito emocionante /Heart//Heart/
2025-03-05
8
leyde
que capítulo,acho que vai dizer que está apaixonado a
2025-03-21
1
Valéria Vilas boas
Parabéns autora !
Capítulo super emocionante.
2025-03-23
3