Capítulo Dezenove!

Joarah González

Após a recepção nós viajamos, a viagem para Paris foi um sonho realizado. O voo foi tranquilo, e Emmanuel e eu compartilhamos momentos de pura alegria, rindo e conversando sobre o futuro. Chegamos ao hotel, um lugar luxuoso com uma vista espetacular da Torre Eiffel. Estava ansiosa para começarmos nossa lua de mel, imaginando noites românticas e momentos inesquecíveis.

Quando chegamos à recepção, Emmanuel pegou as chaves dos nossos quartos. Fiquei surpresa ao ver que ele havia reservado dois quartos separados. Tentei esconder minha decepção, mas não pude evitar sentir uma pontada de tristeza. Por que ele fez isso? Será que ainda havia algo que ele não conseguia superar?

Depois de nos instalarmos, minha inquietação aumentou. Resolvi descer até o bar do hotel para clarear a mente. O ambiente era acolhedor, com luzes suaves e uma música agradável ao fundo. Pedi uma taça de vinho e me sentei em um canto, tentando entender os motivos de Emmanuel.

Enquanto bebia o vinho, um homem alto e incrivelmente bonito se aproximou de mim. Seu sorriso era encantador, mas havia algo nele que me incomodava. Ele começou a conversar, fazendo elogios e avançando em minha direção.

— Você está sozinha? — perguntou ele, seu tom insinuante.

— Estou apenas tentando relaxar — respondi, tentando ser educada, mas mantendo minha distância.

Ele não captou a dica e continuou insistindo, até que finalmente, irritada, levantei a mão e dei um tapa nele.

— Me deixe em paz! — exclamei, minha voz firme.

O homem, irritado, deu um passo em minha direção, seus olhos cheios de raiva. Meu coração disparou, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Emmanuel apareceu do nada. Ele estava me observando de longe e, vendo a situação, se aproximou rapidamente.

— Ei, saia de perto dela! — gritou Emmanuel, sua voz cheia de autoridade.

O homem virou-se para Emmanuel, mas não teve tempo de reagir. Emmanuel deu um soco firme no rosto dele, fazendo-o cambalear para trás. O bar ficou em silêncio, todos os olhos voltados para nós.

— Vamos embora daqui — disse Emmanuel, pegando minha mão e me puxando para fora do bar.

Caminhamos rapidamente até o elevador, o silêncio entre nós carregado de tensão. Quando chegamos ao nosso andar, Emmanuel finalmente falou.

— Eu deveria ter ficado ao seu lado o tempo todo — disse ele, seu tom cheio de arrependimento.

— Emmanuel, por que reservou dois quartos? — perguntei, minha voz tremendo. — Achei que estávamos começando uma nova vida juntos.

Ele olhou para mim, a dor em seus olhos evidente.

— Eu... eu só queria dar espaço para você, caso precisasse. Mas percebo agora que foi um erro.

Puxei-o para um abraço, sentindo a necessidade de estarmos próximos, de superar qualquer barreira que ainda existisse entre nós.

— Eu quero estar com você, Emmanuel. Não precisamos de mais distância entre nós.

Ele me apertou contra si, suas mãos tremendo levemente, em seguida me segurou pela cintura e me beijou ferozmente.

Subimos juntos para o nosso quarto, deixando para trás o medo e a insegurança. Estávamos prontos para começar nossa vida juntos, de verdade, com amor e confiança, era o que eu desejava.

Continua..

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