Joarah González Eu ainda estava tremendo quando Adriano se aproximou. O pavor de estar em um território desconhecido, fugindo de um homem que eu mal conhecia, me deixava em alerta constante. Alice segurou minhas mãos, tentando me passar segurança.
— Adriano, preciso ajudar minha amiga. Com ou sem sua ajuda, não posso dar as costas a ela — Alice falou com firmeza.
— Tudo bem, bela. Eu irei ajudar sua amiga — ele respondeu, resignado.
Seguimos até o carro de Adriano, minhas pernas trêmulas e o coração batendo descompassado. Quando chegamos ao estacionamento, meu coração quase parou ao ver Emmanuel em pé, nos aguardando.
Um calafrio percorreu minha espinha e meu estômago se revirou. Eu me senti paralisada.
— Achou que eu não te encontraria? Acha que sou um caçador para ter que ir em busca da presa? — disse Emmanuel, sua voz cortante como gelo.
— Emmanuel, ela está com medo. Não assuste ela, senão terá que sempre procurar por ela — Adriano falou, tentando amenizar a situação.
— Não sei o que te motivou a vir até a Sicília. Não pense que estou em busca de uma esposa que foge. Nosso casamento é algo profissional. Não tenho sentimentos por você. Se tem medo que sua vida seja um martírio, serei o primeiro a cancelar o acordo com seu pai — Emmanuel disse friamente, me encarando.
Alice se aproximou e sussurrou no meu ouvido:
— Amiga, acho que ele está falando a verdade.
Minha mente estava em turbilhão, mas eu sabia que não tinha outra escolha.
— Tudo bem, Emmanuel. Eu vou com você, mas espero que cumpra com o que acabei de ouvir e que suas palavras não sejam falsas — falei, tentando manter a voz firme enquanto me aproximava dele.
Emmanuel entrou no carro e eu, relutantemente, fiz o mesmo. Seguimos até um hotel na Sicília em silêncio.
— Achei que voltaríamos para o México hoje — disse, descendo do carro na entrada do hotel.
— Como disse antes, não vim aqui em busca de você. Tenho alguns negócios para resolver. Quero que se arrume e esteja pronta em duas horas — ele falou sem sequer me olhar.
Fomos até a recepção e Emmanuel pegou dois cartões de acesso aos quartos. Ele me entregou um e disse:
— Suba, se arrume e não se atrase. Em duas horas estarei na porta do quarto para lhe buscar.
— Eu não tenho roupa para isso. Como vou sair com você? — perguntei, tentando não demonstrar o pânico crescente.
— Apenas suba, Joarah. Espero que não fuja novamente. Não vou te procurar. Além do mais, você é adulta, que se resolva com seu pai — ele falou, se afastando de mim.
Eu suspirei, sentindo uma mistura de raiva e frustração.
— Nossa, que homem seco — murmurei para mim mesma, enquanto subia para o quarto. As duas horas seguintes passaram em um borrão de emoções conflitantes. Troquei de roupa umas três vezes, havia uma arara de dois metros repleta de vestidos e conjuntos, a cama estava repleta de lingeries, jóias e caixas de saltos espalhadas pelo corredor daquele enorme quarto de hotel, Acabei me arrumando, faltando poucos minutos para ele aparecer, apesar de me sentir linda eu ainda estava tentando me recompor. O medo ainda estava presente, mas eu sabia que precisava enfrentar a situação. Quando Emmanuel bateu na porta do quarto, eu estava pronta, pelo menos externamente.
Ao abrir a porta, encontrei seus olhos frios e implacáveis. Não sabia o que esperar, mas estava determinada a encarar o que viesse.
— Estou pronta — disse, tentando soar confiante.
Ele apenas acenou com a cabeça e começamos a caminhar juntos para enfrentar o que quer que estivesse à nossa espera naquela noite.
Continua...
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Rosangela Oliveira
eu já gostei do início pois parei de ler uma que tinha tantos erros de português que não dava pra entender a história, só faltou as fotos
2025-03-16
7
Katia Melo
já gostei dos primeiros do primeiro capítulo estou esperando os próximos
2025-03-08
0
vida 🌷
Autora desculpa pela minha cobrança, mas cadê as fotos dos personagens???
😔😔curiosa pra ve ela arrumada
2025-03-04
4