Capítulo Doze!

Emmanuel Lopez

Entro no renomado escritório de advocacia, um dos mais prestigiados do país. A elegância do ambiente é palpável, desde os móveis modernos até a arte cuidadosamente selecionada nas paredes. Sou recebido por uma mulher que imediatamente chama minha atenção. Ela se apresenta com uma voz suave, mas carregada de urgência.

— Bom dia, senhor Emmanuel. Meu nome é Carolina, mãe da Laura.

Franzo a testa, intrigado. Laura? Não esperava esse nome surgir hoje.

— Como posso ajudá-la, senhora Carolina?

Ela respira fundo, como se estivesse reunindo coragem para continuar.

— Minha filha, Laura, está fora de si. Ela se envolveu com um homem perigoso e o convenceu a matar o próprio pai. Agora, ela está com os negócios dele no México.

Sinto um frio percorrer minha espinha. Já ouvi falar de casos semelhantes, mas sempre é perturbador ouvir de primeira mão.

— Sinto muito, senhora Carolina, mas parece que é tarde demais. O pai dela já está morto. Não há muito o que eu possa fazer a respeito.

Carolina me olha com uma intensidade que me faz hesitar.

— Eu não vim pedir que o traga de volta. — Sua voz é firme, determinada. — Preciso que encontre minha outra filha, Joarah, e a mantenha segura.

A surpresa toma conta de mim. Joarah, a mulher que agora é minha futura esposa. Tento processar a informação enquanto Carolina continua.

— Se Laura descobrir que tem uma irmã, não pensará duas vezes antes de matá-la. Ela quer ser a única herdeira de todo o cartel e da herança.

Fico em silêncio por um momento, absorvendo a gravidade da situação. Joarah é mais do que uma futura esposa; ela é a chave para um legado perigoso e disputado.

— Entendi — digo finalmente, com um tom de voz que não revela o turbilhão dentro de mim. — Farei o possível para proteger Joarah.

Carolina solta um suspiro de alívio, mas sei que essa é apenas a ponta do iceberg. Há muito mais em jogo do que qualquer um de nós poderia imaginar e logo digo que Joarah está na minha casa e que em breve será minha esposa.

Emmanuel Lopez

Olho para Carolina, minha mente trabalhando rapidamente. Algo não bate certo. Esta mulher é a mãe de Laura, a mesma Laura que planejou o assassinato do próprio pai.

— Por que eu deveria confiar em você, Carolina? — digo, minha voz carregada de desconfiança. — Você criou Laura, e olhe no que ela se tornou.

Carolina balança a cabeça, seus olhos enchendo-se de lágrimas.

— Eu sei que parece difícil de acreditar, mas a personalidade da Laura não condiz com quem ela realmente é. Algo mudou nela, e eu não consegui impedir.

Minha expressão permanece dura.

— Não estou pedindo que confie em mim, Emmanuel. Só estou pedindo que proteja Joarah. Ela só pode contar com você agora.

Meus pensamentos se voltam para Joarah, e uma onda de determinação me invade. Mas ainda há perguntas sem respostas.

— Por que você nunca quis conhecer sua própria filha, Joarah?

Carolina baixa os olhos, sua voz tremendo com a confissão.

— Não é que eu nunca quis. Eu fui proibida de me aproximar dela. Não mereço o amor de Joarah. Quando ela nasceu, foi um dos momentos mais felizes e dolorosos da minha vida. Ela nasceu dois minutos antes de Laura, mas por causa de decisões que foram tomadas por outras pessoas, eu fui afastada dela.

Continua...

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