Fergus estava em mais uma reunião de portas fechadas, só que dessa vez, somente com Seamus, e seu irmão, Cathal, em seu escritório.
– Já fez o que eu te mandei fazer ontem?
Fergus perguntou enquanto direcionava sua atenção em frente ao seu notebook, averiguando a distribuição das atividades ilícitas e ilegais da sua organização, através de uma ferramenta instalada e criptografada para estabelecer a segurança dentro do seu sistema de software, que pelo fato de ser completamente ilimitada e não conter nenhum tipo de restrição, somente Fergus tinha acesso a ela. O conteúdo era usado para acompanhar o andamento dos chefes subordinados, atrelados aos grupos menores implantados dentro de sua própria facção, com o objetivo de evitar possíveis desvios e furtos operacionais como; financeiros, armas e cargas valiosas. Chefiar uma organização e comandar duas empresas de impactos globais como a Rolls Royce e a Nexus incluindo os seus negócios locais e algumas sociedades a qual ele fazia parte, se tornava tudo muito cansativo e exaustivo para o chefe da máfia.
— Sim senhor, eu verifiquei todas as câmeras de segurança em volta da sede global, e era ele mesmo, Arthus Molinari, ele é o verdadeiro infiltrado da nossa equipe, olhe para essas filmagens recuperadaspelas câmeras de monitoramento urbana cedida pelo chefe de polícia, há exatamente dois dias antes do documento ser roubado, Arthus e Michael juntos, no beco da avenida Myrtle Avenue, no bairro do Brooklyn, provavelmente, ele estava passando todas as coordenadas para Michael, porque um dia depois, ele encostou na casa onde aquela mulher que te roubou morava, e no dia que o roubo aconteceu, Arthus a carregou a força até o carro de Michael, desaparecendo também em seguida, e depois, sabemos bem o que aconteceu, teve o leilão, a morte da maioria deles, enfim..
Seamus respondeu deixando um relatório na mesa de Fergus
— Vou deixar apenas uma coisa bem clara por aqui: Ela não me roubou, ela só serviu de isca nas mãos daqueles vagabundos desgraçados que neste momento, estão servindo de estrumes, espalhados pelos parques da cidade, debaixo da terra, ao menos encontramos alguma serventia para aqueles miseráveis inúteis.
Fergus respondeu em um rosnado, tencionando o maxilar
– Como pode ter tanta certeza disso? Eu não acredito que.....? — Cathal havia feito uma pausa encarando seu irmão como uma expressão de deboche — … puta que pariu, eu sabia, eu sabia que você, não iria enfiar essa garota debaixo do seu teto só para trabalhar pra você, eu te conheço muito bem, você tinha todas as oportunidades para acertar uma bala na cabeça dessa mulher e não fez, por um acaso, está apaixonado por ela, irmãozinho? ou está só preparando o terreno esperando ela te dizer aonde está a sua procuração, e depois chutá-la definitivamente para bem longe? Porque, se for esperto como sei que você é, está seguindo o caminho da segunda opção corretamente, o Fergus, que eu conheço e com quem eu cresci junto, faria isso, ou algo muito pior, sem nenhum tipo de remorso ou culpa…
Cathal falou vociferando, cruzando os braços encarando o irmão de frente
– Vá cuidar da porra da tua vida, e se você continuar, com esse papo de merda grudado no pé do meu ouvido, o próximo que eu vou embalar e afundar debaixo da terra, será você, muito em breve!
Fergus afirmou a ponto de estraçalhar qualquer um que ousasse falar o contrário do que ele havia dito.
– Vai se foder!
Cathal rugiu severamente
– Vá você! Tá querendo arrumar briga? Vai ter!
Fergus levantou avançando com fúria em direção a Cathal
– Vem pra cima, então!
Cathal também avançava rapidamente no irmão
– Calma, calma
Seamus gritava, tentando parar as duas barreiras de músculos consistentes que se duelavam no meio do escritório
Nesse momento, Jeffrey, havia entrado com uma bandeja repleta de bebidas quentes, bem tranquilamente..
– Caralho Jeffrey, me ajuda aqui, porra, isso aqui é guerra de gigantes, eu não vou conseguir dar conta sozinho, puta que pariu!
Seamus, havia implorado, tentando conter aquele grande campo de batalha travado, era impossível entrar no meio dos dois, pela força e a brutalidade que os irmãos tinham, igualados, praticamente, no mesmo nível.
– Senhor, Seamus, primeiramente, eu peço perdão, pelo meu terrível atrevimento! Mas hoje, exatamente hoje, eu não quero bancar o salvador da pátria dando uma de herói e acabar me transformando em uma pobre lenda do cavaleiro esquecido….Pelo motivo mais lógico, ou seja, mais cabível que exista, que entrar no meio de um embate entre os irmãos Brosnan's, significa adquirir um passaporte só de ida para o sete além, resumindo, é suicídio! Porque olhe para mim, senhor Seamus, olhe para o meu porte, senhor, eu seria facilmente derrubado, esmagado e pisoteado por esses dois, como se fosse uma simples formiga buscando por sobrevivência, eu preciso lhe informar, que possuo muitas metas para realizar ainda este ano em minha vida! No dia em que eu quiser morrer, de fato, eu faço questão separá-los em um duelo, mas hoje, eu opto por me abster….
O mordomo se desculpou abrindo a porta e se retirando dali rapidamente.
A briga dos irmãos Brosnan's, havia chegado aos ouvidos dos funcionários que ficavam na outra parte mansão, assustados, todos sem exceção, saíram em direção ao barulho, inclusive, Savine, que ficou desesperada, ao ver Fergus, diferindo golpes diretos, dominantes, precisos e agressivos na cabeça de Cathal que também não recuava, observando que o irmão usava mais a sua linha central, Cathal, o diferia pelo lado esquerdo rápido, forte, decisivo e potente. Fergus avançava para dentro do alcance da área de ataque do seu irmão, enquanto, Cathal não dava tempo para que Fergus lançasse outro para direita, partindo pra cima sem reservas, dava para perceber que o embate dos irmãos Brosnan's duraria horas, ou talvez dias, até mesmo semanas, Savine, preocupada, agindo pelo completo impulso da situação, correu em direção, gritando…
– Fergus, Fergus, por favor, para com isso, paraa! -– nesse instante, a jovem percebeu que a atenção dos outros funcionários, tinha se direcionado somente a ela, Savine, então, reformulou, chamando por ele mais uma vez, tentando conter todo aquele confronto e confusão -– SENHOR, senhor Fergus! pare com isso, por favor!
Ao ouvir a voz calma e doce de Savine, Fergus, rapidamente se recompôs, pegando em um dos punhos de seu irmão dando um breve aperto de mãos, fazendo um sinal muito conhecido entre os lutadores de MMA, onde o chefe da máfia norte americana, também havia usado para indicar que o embate entre os dois, tinha se encerrado ali.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Silvia Moraes
Que declaração para dizer que não iria ajudar!!
2024-11-21
1
Olga Esteves
Não se preocupe Cathal a sua hora vai chegar também
2024-11-23
0
Lorrany Pimentel
Maissssss
2024-11-20
1