capítulo 7: o reencontro

O carro entrou na longa estrada que levava à residência presidencial, e o silêncio se instalou novamente,mas dessa vez, não era o silêncio confortável de antes,era um silêncio carregado de perguntas, de sentimentos não ditos e de algo que estava começando a crescer entre eles, algo que nenhum dos dois estava pronto para admitir.

Quando finalmente chegaram à mansão, Max saiu do carro rapidamente e abriu a porta para Alice, como sempre fazia,mas desta vez, ao invés de apenas agradecer e seguir em frente, Alice parou por um momento, olhando nos olhos dele.

— Obrigada, Max. — Ela disse, com uma sinceridade que surpreendeu até a si mesma.

Ele apenas assentiu, seus olhos brevemente encontrando os dela, antes de desviar o olhar.

Mas naquele breve momento, Alice soube que algo entre eles havia mudado,e enquanto ela subia as escadas da mansão, sua mente continuava a girar, cheia de pensamentos e sensações que ela não sabia como organizar.

Max, por sua vez, a observou por um instante, antes de virar e caminhar em direção à segurança da noite,ele tinha um trabalho a fazer, mas sabia que proteger

Alice estava se tornando mais do que uma simples missão.

Assim que Alice atravessou as portas da mansão, foi recebida por uma enxurrada de emoções a grande sala parecia maior do que de costume, talvez porque a segurança da casa contrastava com o medo que ela havia experimentado há poucas horas seu coração acelerou ao ouvir passos apressados vindos do corredor,antes que pudesse se preparar, seus pais apareceram à vista, os rostos marcados pela preocupação.

— Alice! (Sua mãe, Clara, praticamente correu em sua direção, os olhos marejados, mas mantendo a compostura típica da primeira-dama,ela a abraçou com força, algo raro para Clara, que sempre se mantinha séria e equilibrada em público.) Graças a Deus você está bem!

Alice sentiu o corpo relaxar um pouco no abraço da mãe, uma onda de alívio percorrendo-a,mas, mesmo ali, cercada pela segurança da mansão e pelos braços de sua mãe, ela não conseguia afastar a sensação de que nada mais seria como antes,o perigo ainda estava presente, em algum lugar lá fora.

Seu pai, o presidente Marcos, aproximou-se logo em seguida,ele era um homem de estatura imponente, com um semblante que raramente revelava emoções,mas naquele momento, havia uma mistura de alívio e algo mais, talvez culpa, em seus olhos.

— Eu deveria ter reforçado a segurança antes. (Ele disse, como se estivesse se dirigindo a si mesmo tanto quanto à filha. )Nunca deveria ter permitido que você ficasse em perigo.

Alice olhou para ele, querendo dizer que não era culpa dele, que ele havia feito tudo o que podia, mas as palavras ficaram presas em sua garganta,a verdade era que, apesar de todo o poder e influência de seu pai, eles estavam cercados de ameaças invisíveis,e de certa forma, isso tornava a situação ainda mais assustadora.

— O importante é que estou aqui, estou bem,e Max cuidou bem de mim.— Ela finalmente disse, tentando soar mais confiante do que realmente se sentia.

Clara se afastou, enxugando uma lágrima que ameaçava cair, recompondo-se rapidamente.

— Devemos agradecer a Max, ele esteve com você o tempo todo. — A voz de Clara se suavizou enquanto olhava para o segurança que havia entrado discretamente na sala, mantendo uma postura firme, como sempre.

Alice seguiu o olhar da mãe até Max,ele estava parado à porta, seus olhos frios e atentos por um momento, ela sentiu uma onda de gratidão misturada com algo mais, algo que ainda não sabia como nomear mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, seu pai se aproximou de Max.

— Max, você tem a nossa gratidão eterna. — Marcos estendeu a mão para ele, algo que não fazia com frequência era um sinal de respeito que poucos recebiam.

Max apertou a mão do presidente com firmeza, mas seus olhos permaneciam atentos, como se ainda estivesse no meio da missão, sempre alerta.

— Apenas cumpri meu dever, senhor e sua filha se saiu muito bem. — Ele disse, sua voz controlada como sempre.

Alice notou o olhar prolongado que seu pai deu a Max antes de soltar sua mão, como se reconhecesse que o homem diante dele era muito mais do que um simples segurança e havia algo mais naquele gesto — um reconhecimento de que Max estava mais envolvido na vida de Alice do que qualquer outra pessoa esse pensamento fez o coração dela bater um pouco mais rápido.

Clara quebrou o silêncio.

— Alice, precisamos falar sobre o que aconteceu não é seguro você continuar aqui sem precauções adicionais. ( Ela olhou para o marido, que assentiu com gravidade. ) Seu pai e eu já estávamos discutindo medidas antes de você chegar não podemos arriscar mais Max estará ainda mais presente.

Alice franziu o cenho mais presente? O que isso significava exatamente? Ela já sabia que ele estava praticamente em todos os momentos do seu dia, e mesmo assim... algo dentro dela não se opôs à ideia.

— Concordo. ( Ela respondeu calmamente, para a surpresa dos pais.) Eu confio minha vida nas mãos de Max.

Marcos assentiu novamente, com um leve sorriso de aprovação.

— Então é assim que será. ( Ele declarou. ) Sua segurança será reforçada, e Max terá carta branca para agir conforme necessário.

Alice lançou um olhar rápido a Max, que manteve a expressão impassível, embora houvesse algo em seus olhos que a fez sentir que ele compreendia o peso daquela responsabilidade mais do que qualquer um ali.

Antes que a conversa pudesse se aprofundar, um dos assistentes de Marcos entrou na sala, avisando-o de uma ligação urgente o presidente lançou um último olhar para a filha antes de se retirar, deixando Alice sozinha com sua mãe e Max.

Clara, agora mais calma, tocou o ombro da filha com gentileza.

— Vá descansar, querida você precisa disso, depois de tudo. ( Disse com um sorriso cansado. ) Confiaremos em Max para garantir que tudo esteja em ordem.

Alice assentiu e, ao se virar para subir as escadas, sentiu os olhos de Max em suas costas ele estava sempre ali, sempre observando, sempre protegendo.

Subindo as escadas, ela tentava entender o turbilhão de emoções que a invadiam a segurança da mansão não era o suficiente para acalmar sua mente o que realmente a perturbava era a nova percepção que tinha de Max,ele não era apenas o segurança ele era diferente e isso a fazia pensar.

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