capítulo 5:

— Vamos caminhar por aqui o som da água vai mascarar nossos passos, mas cuidado com as pedras escorregadias. — Ele advertiu.

Eles começaram a andar pelo leito do riacho, tentando manter o equilíbrio enquanto a água gelada corria sobre seus pés o frio era intenso, mas a dor ajudava Alice a se manter concentrada a cada passo, a sensação de perigo iminente crescia.

Enquanto caminhavam, Max olhava constantemente para trás, monitorando qualquer sinal de aproximação ele sabia que os homens não estavam muito longe se cometessem um erro, seriam capturados.

Depois de vários minutos, o riacho se estreitou e Max parou novamente ele subiu em uma rocha para ter uma visão melhor do caminho à frente a estrada estava a poucos metros de distância, e ele percebeu que não havia sinal de guardas por ali.

— Aqui é o ponto. ( Max disse, saltando da rocha e voltando para Alice. )Vamos cruzar rapidamente e seguir até o ponto de extração se tudo der certo, estaremos fora daqui em dez minutos.

Alice respirou fundo, sentindo o alívio e o nervosismo se misturarem em seu peito o fim estava próximo, mas ainda havia risco.

Max verificou sua arma mais uma vez, enquanto Alice fazia o mesmo então, eles avançaram.

Ao atravessarem a estrada, o silêncio foi interrompido por um barulho distante, um ruído que ambos reconheceram imediatamente um veículo estava se aproximando rapidamente, os faróis cortando a escuridão.

— Droga! — Max gritou, agarrando Alice pelo braço e puxando-a para o lado da estrada, onde se jogaram no chão, tentando se esconder entre as árvores e a vegetação rasteira.

O veículo passou a toda velocidade, sem parar, mas foi o suficiente para alertar qualquer um nas proximidades sobre sua presença.

Max olhou para Alice, sua respiração pesada.

— Temos que correr agora.

Eles se levantaram rapidamente e começaram a correr pela mata, com os sons de passos e gritos ficando cada vez mais próximos Max sabia que os homens tinham os visto, e agora não havia mais a vantagem da surpresa estavam em fuga, e o tempo era crucial.

Os galhos das árvores batiam em seus rostos enquanto corriam, mas eles continuavam, sabendo que parar significava morte certa Alice já não sentia mais as pernas, apenas a necessidade de continuar, de sobreviver.

Finalmente, Max avistou um ponto elevado, onde uma pequena trilha levava a uma área aberta,ele sabia que o ponto de extração estava próximo eles tinham apenas mais alguns minutos para alcançar a salvação.

Mas quando chegaram à clareira, Max parou rapidamente.

— Não... — Ele murmurou, observando a cena à frente.

O ponto de extração estava comprometido um helicóptero estava lá, mas cercado por homens armados era uma armadilha.

Alice ficou ao lado de Max, ofegante, e viu a mesma coisa o plano havia falhado.

— O que fazemos agora? — Ela perguntou, tentando controlar o pânico.

Max olhou ao redor, sua mente trabalhando a toda velocidade não havia tempo para hesitar. Eles estavam cercados, e as opções eram limitadas.

— Precisamos encontrar uma nova saída. ( Ele disse, com um olhar decidido. ) Mas primeiro, vamos causar uma distração.

Ele entregou uma pequena granada de fumaça para Alice, enquanto ele pegava a própria arma.

— Quando eu der o sinal, você joga isso no meio deles e corremos na direção oposta.

Alice olhou para Max, tentando não deixar o medo transparecer ele confiava nela, e ela não podia falhar.

— Pronta? — Max perguntou.

Ela assentiu.

— Agora.

Alice puxou o pino e lançou a granada de fumaça, que explodiu em uma nuvem densa e branca, confundindo os homens que guardavam o helicóptero Max abriu fogo logo em seguida, cobrindo a fuga enquanto eles se moviam rapidamente para longe da clareira.

O som dos disparos e dos gritos dos homens se misturou à adrenalina que corria nas veias de Alice eles estavam em movimento, com o caos atrás deles, mas ainda não estavam salvos.

Max correu ao lado dela, ambos lutando

contra o cansaço, a fumaça e a escuridão, em busca de uma última chance de escapar.

A fumaça encobria a clareira, criando o caos necessário para que Max e Alice conseguissem escapar por entre as árvores os gritos dos homens ainda ecoavam atrás deles, mas o som estava ficando mais distante a cada passo que davam.

Max continuava à frente, varrendo o terreno com os olhos, buscando um caminho seguro enquanto Alice tentava manter o ritmo as pernas de Alice pareciam feitas de chumbo, mas ela se recusava a parar, alimentada pela adrenalina e pela determinação de sobreviver.

— Vamos, Alice! ( Max gritou por sobre o ombro, sem diminuir a velocidade. ) Tudo o que eu te ensinei até agora... é a hora de usar mantenha o foco! Você foi treinada para isso.

Alice não respondeu, apenas assentiu enquanto respirava com dificuldade ela sabia que não havia espaço para erros, não agora Max a havia treinado para esses momentos, e agora, mais do que nunca, era hora de colocar em prática cada lição que ele tinha passado.

Os dois correram por uma colina, o som dos perseguidores ficando para trás por alguns segundos Max parou brevemente ao topo, olhando ao redor para reavaliar o cenário ele puxou Alice para junto de uma grande árvore, ambos se abaixando para recuperar o fôlego enquanto ele conferia o perímetro.

— Eles estão nos caçando por todos os lados ( Max murmurou, o tom sério. ) Temos que ser mais rápidos não podemos ser pegos aqui.

Alice olhou para ele, ofegante, mas determinada.

— O que fazemos agora? — ela perguntou, tentando manter a calma.

Max avaliou o ambiente rapidamente, apontando para um rio que corria entre as árvores, abaixo de onde eles estavam.

— Se conseguirmos chegar até aquele rio, podemos seguir a correnteza e despistá-los eles não vão conseguir rastrear nossos passos na água vamos nadar até um ponto onde possam nos resgatar.

Alice engoliu seco nadar em um rio gelado durante a noite não era o cenário ideal, mas era uma chance melhor do que continuar correndo pela floresta, sendo caçada como um animal.

Sem perder mais tempo, Max segurou a mão de Alice e a ajudou a descer pela colina íngreme o som da água se tornou mais forte à medida que se aproximavam Max soltou a mão dela quando chegaram à margem do rio.

— Você consegue nadar, certo? — Ele perguntou, olhando-a nos olhos.

— Consigo — Alice respondeu, tentando manter a voz firme ela tinha sido treinada para isso, e agora não havia espaço para hesitação.

Max entrou na água primeiro, segurando firme sua arma acima da cabeça, e Alice o seguiu o impacto da água gelada foi um choque instantâneo, fazendo seu corpo estremecer, mas ela lutou contra a vontade de gritar era preciso manter a calma Max já estava avançando contra a corrente, e ela o seguiu, forçando seu corpo a se adaptar ao frio.

O rio era mais fundo do que parecia, e a correnteza forte os empurrava com velocidade, mas, como Max tinha previsto, seria difícil para os homens rastreá-los ali os gritos dos perseguidores começaram a diminuir enquanto a água os levava mais longe do ponto inicial de perseguição.

Max olhou para Alice, conferindo se ela estava bem, e viu que ela lutava para acompanhar, mas conseguia se manter firme ele sabia que o treinamento dela tinha sido difícil, mas agora ela estava provando que era capaz de lidar com o desafio,e que apesar de ter sido criada no luxo ela estava se saindo muito bem.

Depois de alguns minutos nadando contra a corrente, Max indicou com um gesto para que saíssem em um ponto mais raso do rio eles rastejaram para fora da água, ambos molhados e exaustos, mas ainda alertas o vento frio cortava suas roupas encharcadas, mas a adrenalina ainda corria forte.

— Estamos quase lá ( Max disse em um tom baixo, tentando tranquilizá-la. ) Mais alguns quilômetros e chegamos ao ponto de extração alternativo,o helicóptero vai nos pegar lá, aguenta só mais um pouco Alice.

Alice assentiu, tentando controlar sua respiração irregular o frio era quase insuportável, mas ela manteve o foco.

Eles seguiram pela floresta, agora em um ritmo mais rápido, sabendo que os homens ainda estavam em seu encalço, mas com menos chances de localizá-los de imediato Max não parava de olhar ao redor, atento a qualquer movimento suspeito.

Depois de mais alguns minutos correndo pela mata, o som familiar de um helicóptero começou a invadir o silêncio da noite.

Max sorriu levemente era o som da salvação.

— Ali está — ele apontou para um ponto no horizonte onde o helicóptero se aproximava.

Mas o sorriso durou pouco de repente, o som de tiros ecoou atrás deles os homens os haviam encontrado, e agora, atiravam à distância, tentando acertar o helicóptero.

— CORRE! — Max gritou, agarrando o braço de Alice e puxando-a com força.

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