Max estava perdido nos olhos de Alice. O jeito como ela o encarava, determinada e cheia de confiança, o desarmava completamente. A tensão que ele vinha tentando controlar há dias começou a se dissolver naquele momento de silêncio compartilhado à beira do mar.
Alice, percebendo que ele finalmente baixara a guarda, decidiu agir. Com suavidade e um toque de ousadia, ela se aproximou ainda mais, seus lábios agora a poucos centímetros dos dele. Max prendeu a respiração, sentindo seu coração bater mais rápido, mas incapaz de se mover. Era como se estivesse preso naquele instante.
Sem hesitar, Alice tomou a iniciativa, selando os lábios de Max com um beijo suave e, ao mesmo tempo, cheio de intensidade. Max, surpreso no início, ficou imóvel, mas logo cedeu à atração que ele vinha lutando contra por tanto tempo. Seu corpo respondeu antes que sua mente pudesse protestar, e ele correspondeu ao beijo com a mesma paixão contida que vinha tentando reprimir.
Os braços de Max, inicialmente rígidos, aos poucos se soltaram, e ele envolveu Alice em um abraço firme, puxando-a para mais perto, como se naquele momento, o mundo ao redor tivesse desaparecido, e restassem apenas os dois. A suavidade dos lábios dela, o calor do corpo tão próximo ao seu, tudo parecia intensificado sob a luz da lua e o som das ondas quebrando suavemente na praia.
Alice, sentindo a intensidade da conexão, aproveitou o momento e, com um movimento delicado, o incentivou a deitar na areia. Ela o puxou levemente pela camisa, seus corpos ainda colados, enquanto o beijo se aprofundava. Max, hesitante no início, lutava internamente com a razão, que dizia para parar, mas o desejo era forte demais.
— Alice... — murmurou ele entre os beijos, a voz rouca, tentando encontrar o controle. — Nós não deveríamos... não assim...
Mas Alice o silenciou, colocando um dedo sobre os lábios dele.
— Shh, Max... — ela sussurrou, seus olhos brilhando de desejo. — Vamos aproveitar o que temos, só por um momento. Ninguém pode nos encontrar aqui.
Ela o puxou mais uma vez, o beijo retomando a intensidade, e Max se viu sucumbindo àquele sentimento, incapaz de resistir ao que o coração e o corpo ansiavam um pelo outro.
Max estava completamente envolvido no momento, sentindo o calor e a intensidade do beijo de Alice enquanto ela subia em cima dele, suas mãos deslizando pelos ombros e pelo peito dele. O desejo que ele havia reprimido por tanto tempo parecia se libertar com cada toque, cada movimento. Alice, confiante e determinada, intensificava o beijo, e Max podia sentir o quanto ela o queria.
Por um breve instante, ele perdeu o controle. Seu corpo respondia instintivamente, os braços apertando a cintura dela enquanto o beijo se tornava ainda mais quente. Mas, então, algo dentro dele acendeu como um alerta. Em meio ao desejo, a responsabilidade que ele sentia por ela e a natureza da relação que tinham se impuseram como uma barreira em sua mente.
Em um momento de lucidez, Max parou o beijo, respirando fundo, com os lábios ainda próximos dos de Alice. Ele segurou seus ombros com firmeza, mas de maneira gentil, e se afastou lentamente. O olhar dele estava confuso, o desejo claro, mas havia algo mais forte que o detinha.
— Alice... — disse ele, com a voz rouca e carregada de emoção. — Não podemos fazer isso... não agora.
Alice o encarou, ainda ofegante e visivelmente frustrada. Ela não entendeu de imediato por que ele havia parado. Ela o queria, e por tudo que haviam vivido juntos, ela sabia que ele sentia o mesmo.
— Por que não, Max? — Ela perguntou, a voz suave, mas cheia de desejo. — Nós estamos aqui, sozinhos... longe de tudo. Eu sei que você sente o mesmo.
Max fechou os olhos por um momento, tentando se recompor. Era verdade que ele a queria, talvez mais do que ele mesmo estava disposto a admitir. Mas algo dentro dele gritava que não podia deixar que as coisas fossem tão longe, não naquele momento e não daquela forma.
— Eu sinto, Alice — ele admitiu, finalmente abrindo os olhos e encarando-a com seriedade. — Mas não posso te oferecer o que você merece agora. Isso... isso é mais complicado do que parece.
Ele a colocou de lado gentilmente, sentando-se na areia e passando as mãos pelos cabelos, claramente frustrado consigo mesmo.
— Você merece alguém que possa estar completamente com você, sem medos, sem complicações — ele continuou. — E eu... eu não estou nesse lugar agora.
Alice ficou em silêncio por um momento, sentindo o peso das palavras de Max. Ela sabia que ele estava sendo sincero, e isso apenas reforçava o quanto ele se importava. Mesmo assim, era difícil aceitar.
— Eu só queria que você não fugisse de mim — disse ela, baixinho. — Eu sei que isso é complicado, mas a única coisa que eu sei é que eu te quero, Max.
Max suspirou profundamente, tocando o rosto dela com ternura.
— Eu também te quero, Alice. Mais do que você imagina. Mas eu preciso que você confie em mim... isso não é apenas desejo. É mais do que isso.
Alice assentiu lentamente, entendendo, ainda que a frustração a consumisse. Ela sabia que ele estava certo, e que forçar algo naquele momento poderia complicar tudo entre eles. Max estava tentando protegê-la de si mesmo, e isso, de certa forma, mostrava o quanto ele se importava.
Max e Alice ficaram em silêncio por um momento, apenas ouvindo o som das ondas quebrando suavemente na praia. A lua refletia no mar, criando uma atmosfera tranquila, em contraste com a confusão de sentimentos entre os dois.
Alice, ainda sentada ao lado de Max, sentiu a brisa suave do mar tocar sua pele. Ela olhou para ele, tentando entender o que realmente se passava em sua mente. O coração dela estava acelerado, mas ao mesmo tempo, ela podia ver que Max estava lutando contra algo maior do que apenas o desejo. Ele estava tentando protegê-la, e isso a fez respeitá-lo ainda mais.
— Max — ela começou, com a voz calma, embora ainda carregada de emoção. — Eu entendo que você está tentando fazer o que acha certo. E, de certa forma, eu admiro isso em você. Mas... o que a gente sente, o que estamos vivendo agora, não vai desaparecer
Max olhou para ela, os olhos escuros e intensos, mas também cheios de preocupação. Ele sabia que Alice estava certa. O que sentiam um pelo outro era real, mas ele também sabia das responsabilidades que carregava e de como isso poderia complicar as coisas.
— Eu sei, Alice. — Ele falou baixinho, olhando para o horizonte. — Eu sinto isso todos os dias. Estar perto de você, te proteger... é mais do que um trabalho. Mas eu não quero te colocar em uma situação complicada. E eu... — Ele fez uma pausa, escolhendo as palavras com cuidado. — Eu tenho coisas que ainda preciso resolver dentro de mim.
Alice suspirou, entendendo a profundidade das palavras dele, mas ainda assim não querendo desistir.
— Talvez... — ela sugeriu, com um sorriso suave nos lábios. — Talvez a gente possa enfrentar isso juntos. Eu não espero que você tenha todas as respostas, Max. Eu só quero estar com você. E quem sabe, a gente descobre o resto no caminho.
Max sorriu, um sorriso raro e suave, que Alice raramente via. Ele a olhou, com um brilho nos olhos, e por um momento, pareceu que todo o peso que ele carregava diminuiu.
— Eu nunca quis tanto algo na minha vida quanto eu quero você, Alice. — Ele disse, com a voz sincera. — Mas eu preciso que você saiba... não será fácil. Eu não sou o homem perfeito, e essa vida que eu levo... ela não é segura.
Alice sorriu, sentindo uma onda de emoção passar por ela. Ela segurou a mão de Max, entrelaçando os dedos com os dele.
— Eu não quero o homem perfeito. Eu quero você, com todos os seus defeitos e complicações. E se a vida que você leva é perigosa, então eu estou disposta a encarar isso ao seu lado. Porque eu sei que você sempre vai me proteger, assim como eu vou estar ao seu lado, não importa o que aconteça.
Max olhou para Alice, sentindo o peso da sinceridade em suas palavras. Ele sabia que, com ela, tudo parecia possível, até mesmo enfrentar seus próprios demônios.
Ele apertou suavemente a mão dela e, com um suspiro, disse:
— Então vamos descobrir juntos, Alice. Um passo de cada vez. Mas prometo que, não importa o que aconteça, eu estarei sempre ao seu lado.
Alice sorriu, satisfeita com aquela resposta. Eles ficaram ali, lado a lado, observando o mar, sabendo que, a partir daquele momento, estavam dispostos a enfrentar qualquer coisa juntos.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Ligiane Souza Ruas
Estou encantada com a história /Rose/
2024-11-05
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