Um Dia de Liberdade

Dante estacionou o carro próximo à entrada do parque e saiu, dando a volta para abrir a porta para Mia. Ela saiu devagar, analisando o ambiente com um olhar atento, como se estivesse mapeando o lugar.

— Um parque? — ela perguntou, com a sobrancelha arqueada, enquanto seus olhos percorriam os brinquedos e as barracas. — Você tem certeza que não está confundindo a gente com algum casal normal?

Ele riu, apoiando-se na lateral do carro.

— Não, só achei que seria bom sair da sua zona de conforto. Dá uma chance.

Ela suspirou, cruzando os braços.

— Tô me sentindo uma adolescente agora.

— Só tenta relaxar por hoje — ele respondeu, começando a andar.

Relutante, Mia o seguiu. Quando chegaram a uma barraca de tiro ao alvo, Dante parou e sorriu.

— Vamos ver do que você é capaz.

Ela o encarou com um sorriso desafiador.

— Eu sou a melhor nisso.

Mia pegou a espingarda oferecida pelo atendente com um movimento casual, mas havia uma precisão calculada em cada gesto dela. O atendente sorriu como se estivesse lidando com mais uma iniciante, mas o sorriso dele sumiu no momento em que Mia disparou os primeiros tiros. Um após o outro, os alvos caíram, e o som dos impactos atraiu a atenção de quem passava.

Dante sorriu, cruzando os braços.

— Eu não esperava menos.

Mia colocou a arma de volta no balcão com um movimento suave e virou-se para ele, com um brilho de triunfo nos olhos.

— Se você queria me impressionar, vai ter que se esforçar mais.

Eles continuaram explorando o parque, mas a competitividade de Mia se mostrou em cada atração. No jogo de arremesso de bolas, ela derrubou todas as latas na primeira tentativa. No carro de bate-bate, ela manobrou como se estivesse em uma perseguição real, deixando Dante rindo enquanto era “atacado” por ela.

Quando chegaram à roda-gigante, Dante a convenceu a subir. Durante a subida, ela manteve a postura rígida, mas, no topo, com a cidade espalhada sob eles e o sol começando a se pôr, Mia relaxou por um momento.

— Eu tinha esquecido como é — ela disse, quase num sussurro.

— Como é o quê? — Dante perguntou, observando-a.

— Fazer algo tão… simples. Sem pensar no próximo passo, sem planejar uma saída. Só… aproveitar.

Dante sorriu de lado, inclinando-se contra a grade do assento.

— Você deveria fazer isso mais vezes.

Ela riu de leve, mas havia uma melancolia no som.

— Não sei se o meu mundo permite isso.

Dante se aproximou ligeiramente, tocando a mão dela.

— Talvez o problema seja o mundo que você escolheu, Mia.

Ela o encarou por um longo momento, mas não respondeu. Quando a roda-gigante começou a descer, ela se levantou, como se aquele momento vulnerável já tivesse durado demais.

Mais tarde, enquanto caminhavam de volta para o carro, Mia parou subitamente e apontou para uma barraca de brinquedos de pelúcia.

— Quero aquele — disse ela, com um leve sorriso.

Dante franziu a testa.

— Um urso de pelúcia?

— Não, aquele tigre — ela corrigiu.

Dante riu.

— Tudo bem, mas você vai ter que ganhá-lo.

Mia lançou-lhe um olhar confiante.

— Relaxe, já está no papo.

E, claro, estava. Ela saiu segurando o tigre com um ar de satisfação.

— Isso sim é diversão — ela admitiu, finalmente soltando um riso genuíno.

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