Ciúmes em Chamas

Hellen entrou no banheiro e se deparou com Dante e Mia tão próximos, a expressão de Dante confusa e a de Mia assustada. A raiva tomou conta dela, e ela disparou:

— Mas que porra está acontecendo aqui, Dante? Você deixou a presidente esperando por causa de uma mulherzinha?

Dante tentou se explicar, afastando-se um pouco.

— Por favor, não comece, Hellen.

Mia, com um olhar desafiador, interveio:

— Mulherzinha não, eu tenho um nome. É Mia.

— Eu não quero saber qual é o seu nome ou quem você é, desde que fique longe do meu Dante. —Diz Hellen.

— Seu Dante? Eu não sabia que ele tinha uma dona.

Dante tenta intervir.

— Mia, espera, não é bem assim...—

Mas Hellen o interrompe, com a voz firme.

—Você está muito mal informada então, querida.

Mia sorri. —Se vocês têm algo tão intenso assim, por que ele te deixou lá esperando e veio atrás de mim?.

Hellen fica visivelmente irritada, seus olhos faiscando de raiva. Dante, percebendo a tensão crescente, fala, tentando acalmar as duas.

— Chega. — Hellen, volta e faz companhia para a presidente.

Hellen o encara, incredulidade estampada no rosto — E você não vai também?

— Vai na frente. Eu já vou.

Hellen, furiosa, dispara um olhar cortante para Mia, seu ciúme transparecendo — Você acha que pode simplesmente aparecer e ficar perto dele?

— Ah, o que foi? Está com ciúmes? — Diz Mia com deboche

— Sua piranha safada! — Hellen explode de raiva.

— Eu disse, já chega, Hellen.

Ela tenta protestar — Mas Dante—

Mas ele a interrompe, sua paciência se esgotando — Sai daqui e vá fazer companhia para a presidente agora. Quando eu terminar aqui, eu vou.

Hellen, com a fúria pulsando em seu olhar, hesita por um momento, mas a determinação de Dante a força a se afastar. O ambiente fica carregado de tensão, enquanto Mia observa a cena, sua expressão desafiadora contrastando com a fragilidade de Hellen.

Então Hellen sai do banheiro, deixando um silêncio pesado no ar. Dante se vira para Mia, respirando fundo antes de falar.

— Por favor, Mia, eu sei que você sabe de algo, então me diz: o que é tudo isso? Me diz que eu não estou louco.

Mia vê o sofrimento nos olhos de Dante e responde.

— Está bem, mas esse não é o local apropriado para isso.

— Certo, me espera. Preciso terminar de resolver uns negócios, é um jantar muito importante.

— Pra você ou para Hellen?

Dante não hesita. — Para mim.

Ela cruza os braços, um ar de desdém em seu olhar.

— Está bem, não demora.

— Tá bom, obrigado. Se quiser algo para beber ou comer, é por minha conta. — Diz ele, aliviado.

Mia ri, um riso curto e ácido.

— Quem você acha que eu sou, Dante? Eu não preciso de homem nenhum pagando minhas contas.

Dante sorri levemente.

— Me desculpe, madame.

— Você está tentando me conquistar com essa cortesia, Dante?

— Só tentando mostrar um pouco de respeito.

Mia, com um olhar determinado, responde.

— Tá, só sai daqui logo.

— Certo, só me dá um tempo, tá?

Ela acena com a cabeça, um gesto impaciente. Assim que Dante sai, Mia respira fundo, a pressão da situação ainda a envolvendo.

— O que foi tudo isso? Que loucura, — diz para si mesma, a mente fervilhando com as emoções conflitantes que acabaram de surgir.

Ela se apoia na pia, tentando processar o que aconteceu, enquanto a tensão entre eles ainda paira no ar, deixando seu coração acelerado e sua mente em frangalhos.

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