O Sabor da Companhia

Dante acorda e percebe que Mia não está ao seu lado. Ele franze o cenho, procurando por sinais dela no quarto, mas então vê o celular dela na mesa ao lado, indicando que ela saiu sem levar o aparelho. Ele começa a ficar preocupado, mas, de repente, a porta se abre e Mia entra no quarto.

Num impulso, ele a puxa para um abraço, sentindo o alívio imediato ao tê-la por perto. Em seguida, ele a olha nos olhos e dá um beijo suave em sua testa. Mia o observa, confusa, e pergunta:

— O que aconteceu?

Dante sorri e responde, tentando disfarçar sua preocupação:

— Nada demais. Só senti saudades.

Ela hesita por um momento, surpresa com a resposta. Antes que pudesse dizer algo, ele muda de assunto, quebrando o clima.

— Já comeu alguma coisa?

Mia balança a cabeça, indicando que não. Dante, então, começa a caminhar em direção à cozinha, e ela o segue curiosa. Com uma sobrancelha arqueada, ela pergunta:

— Não me diga que você também sabe cozinhar?

— O que foi? Nunca viu um homem sexy cozinhando antes?

— Não desse jeito.

Dante sorri enquanto abre a geladeira, e Mia o observa, sentindo que talvez tenha encontrado uma faceta de Dante que nunca imaginou existir. Ele começa a pegar alguns ingredientes, e Mia, intrigada, se aproxima da bancada, observando seus movimentos.

— Alguma preferência? — pergunta ele, enquanto separa ovos, pão e alguns vegetais.

— Surpreenda-me — ela responde, cruzando os braços e apoiando-se no balcão com um meio sorriso.

Dante acena com a cabeça e começa a preparar o café da manhã com uma naturalidade que a surpreende. Enquanto ele cozinha, Mia quebra o silêncio:

— Não sabia que você tinha tantas habilidades escondidas, Dante.

Ele a olha de soslaio, com um leve sorriso.

— Eu também sou cheio de mistérios — diz ele, jogando-lhe um olhar enigmático. — Você não faz ideia de quantas habilidades eu escondo.

Mia levanta uma sobrancelha, desafiadora.

— Pois talvez eu tenha que descobrir uma por uma.

Dante solta uma risada, continuando a preparar a refeição. Quando termina, ele serve dois pratos e os coloca na bancada, se aproximando para que ela se sente ao seu lado. Mia dá uma mordida e o observa, surpresa com o sabor.

— Impressionante, Dante. Não esperava que você fosse tão… talentoso na cozinha.

Ele sorri, satisfeito, inclinando-se em sua direção.

— Que bom que estou te surpreendendo.

Eles compartilham um momento de silêncio confortável, mas a tensão no olhar de Dante sugere algo mais. Ela percebe, pela intensidade de seu olhar, que talvez ele ainda esteja preocupado.

— Está tudo bem? — ela pergunta, quebrando o silêncio.

Dante desvia o olhar por um instante, como se pesasse as palavras antes de responder.

— Só quero ter certeza de que você está segura, Mia. Talvez seja exagero, mas… é como se eu sentisse que preciso te proteger.

Ela sorri, mas seu olhar revela uma mistura de compreensão e algo mais profundo.

— Dante, eu sei me cuidar — diz ela suavemente. — Mas obrigada por se importar.

Ele toca levemente sua mão, e os dois ficam em silêncio por um momento, trocando olhares intensos, cada um sentindo que há mais do que palavras entre eles. Dante a observa enquanto Mia termina o café, seu sorriso suave, mas seus olhos mantêm um mistério. Quando ela termina a última mordida, Dante se aproxima e diz:

— Assim que terminar, vai tomar um banho. Vamos sair.

Mia arqueia a sobrancelha, surpresa com a ideia, mas não protesta. Ela apenas acena e se levanta, caminhando até o banheiro.

Assim que ela entra e fecha a porta, Dante pega o celular e faz uma ligação rápida, sua voz baixa e firme.

— Preciso de roupas para uma mulher. Quero algo elegante, mas confortável também. Traga dentro de dez minutos.

Ele desliga, observando a porta do banheiro com um leve sorriso.

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