No Limite da Sedução

Assim que Nick atende o telefone, seu corpo inteiro fica tenso, um arrepio gelado percorre sua espinha. Do outro lado da linha, ele escuta uma voz que não ouvia há muito tempo.

— Nick, meu filho querido… — diz a voz familiar e suave de sua mãe.

Ele fecha os olhos por um instante, tentando conter a raiva.

— O que você quer? — responde, a voz carregada de frieza.

— Sinto muita falta de você e da Mia — ela continua, com uma doçura que ele sabe ser falsa.

Nick ri, um riso amargo.

— Não vem com essa história pra cima de mim de novo — ele rosna. — Estou farto disso. Não quero saber nem de você, nem desse cara que diz ser meu pai.

Sem esperar resposta, ele desliga o telefone e, em um surto de fúria, desfere um murro contra a parede, sentindo a dor latejante nos nós dos dedos. Ele respira fundo, tentando controlar a raiva que ainda pulsa.

Ao olhar para baixo, ele vê Mia ao lado de Dante. O olhar de Nick se suaviza por um instante, e ele sussurra para si mesmo:

— Não importa o que aconteça, eu vou te proteger.

Momentos depois, Mia deu um passo para trás, afastando-se de Dante. O sorriso dela desapareceu lentamente, e uma expressão mais séria tomou seu lugar. Ela olhou nos olhos dele, sem hesitar.

— Vou te contar tudo o que você queria saber — disse Mia, a voz grave, quase como se estivesse se preparando para abrir um capítulo de sua vida que ela tentava manter fechado.

Dante, no entanto, deu um passo à frente, avançando em direção a ela. A proximidade fazia a tensão entre eles aumentar, mas ele não parecia se importar. A expressão dele era calma, mas cheia de uma confiança silenciosa.

— Que tal deixar isso para outra hora? — ele sugeriu, o tom suave e cheio de paciência. — A gente tem todo o tempo do mundo.

Dante, com um sorriso decidido, não esperou por mais palavras de Mia. Em um movimento rápido e certeiro, ele a pegou no colo, antes que ela pudesse reagir. Mia ficou sem palavras por um momento, o choque visível em seu rosto.

— O que você está fazendo? — ela perguntou, a surpresa e a irritação misturadas em sua voz. Ela tentou se soltar, mas a força de Dante era inabalável.

Dante olhou para ela, com um sorriso calmo e confiável, e, com uma suavidade inesperada, respondeu:

— Vou te levar a um lugar muito especial — disse ele, suas palavras carregadas de mistério.

Mia olhou para ele com uma mistura de confusão e curiosidade. Ela sabia que ele tinha o poder de surpreendê-la, mas aquele gesto era inesperado, até mesmo para alguém como ele.

Ele a colocou com cuidado no banco do carro, fechando a porta suavemente. A tensão entre os dois ainda estava lá, mas agora havia algo mais no ar — uma promessa silenciosa de que algo estava prestes a acontecer.

— Que lugar especial é esse? — Mia perguntou, seus olhos ainda fixos em Dante, a curiosidade misturando-se com uma leve desconfiança.

Dante, com a expressão séria, não se apressou em responder. Seus olhos estavam fixos na estrada, mas sua voz era suave, como se estivesse compartilhando um segredo com ela.

— É um lugar onde eu vou para esquecer os problemas — disse ele, com um tom que misturava a leveza e o mistério, como se não quisesse entregar tudo de uma vez.

Mia arqueou uma sobrancelha, seu olhar avaliando-o com uma provocação que ela não fazia questão de esconder.

— Como alguém com esses músculos poderia ter problemas? — ela disse, com um sorriso irônico, observando o físico imponente de Dante. — Parece que você não tem motivos para se preocupar com nada.

Dante desviou o olhar por um momento, um sorriso brincando nos lábios, mas ele não respondeu de imediato. O carro parecia ter se tornado o cenário de um jogo silencioso entre os dois, onde as palavras eram as armas mais afiadas.

Então, sem mais aviso, Mia se aproximou dele, com um movimento sutil. Ela inclinou-se ligeiramente para frente, seu rosto tão perto do dele que ele pôde sentir o calor da respiração dela em sua pele. Ela sussurrou, suas palavras com um toque de ousadia que mexeu com ele de uma forma inesperada.

— Fiquei surpresa quando me pegou no colo — ela murmurou em seu ouvido, a voz baixa e cheia de um magnetismo que só aumentava a tensão entre eles. — Mas eu admito, eu adorei.

O sussurro de Mia, a proximidade inesperada e o calor de suas palavras fizeram o coração de Dante bater mais rápido. Por um momento, ele teve a sensação de que o tempo tinha desacelerado, como se aquele simples gesto fosse suficiente para fazer tudo ao redor desaparecer.

Quando ela começou a se afastar, ele não conseguiu deixar que a distância entre eles aumentasse. Com um movimento rápido, mas controlado, Dante colocou a mão no pescoço de Mia e a puxou de volta, trazendo-a para mais perto. Ela ficou surpresa, mas algo nos olhos dele indicava que ele estava completamente imerso naquele momento.

Ele se inclinou para o lado, suas palavras sussurradas em seu ouvido eram como uma promessa e um desafio ao mesmo tempo.

— Você não tem ideia do que posso fazer com você, Mia. Quando eu decido que quero algo, não há mais ninguém nem nada que possa me impedir. E eu quero você. Agora. — Aquelas palavras, ditas de forma tão intensa e carregada de desejo, estremeceram Mia. A sensação de ser o foco absoluto de Dante, tão desafiador e possessivo ao mesmo tempo, mexeu com algo dentro dela que ela não sabia que estava tão à flor da pele.

Ela ficou imóvel por um segundo, sem saber o que dizer, o corpo dela respondendo ao magnetismo de Dante, mas a mente ainda tentando compreender a intensidade daquilo tudo.

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