Conexões Quebradas

Mia desce do carro, o vento agitando seus cabelos enquanto se aproxima de Dante, que a observa com um misto de admiração e desejo. A eletricidade entre eles é palpável. Ela chega perto, o olhar ardente e provocador, e sussurra em seu ouvido, com um tom sedutor:

— Você está sempre um passo atrás, não só na corrida, mas também na capacidade de controlar o próprio desejo por mim.

Dante sente um choque percorrer seu corpo, cada palavra dela o atingindo como um golpe direto. Ele tenta manter a compostura, mas a proximidade dela é inebriante. O calor de seu corpo o atrai irresistivelmente.

— E se eu estiver apenas esperando o momento certo para me aproximar? — ele responde, sua voz baixa e carregada de intensidade, enquanto se inclina mais perto, fazendo com que seus lábios quase se toquem.

Mia sorri, um sorriso que exala confiança e sedução.

— Talvez você nunca encontre esse momento. Eu sempre estarei um passo à frente. — Ela o desafia, seus olhos queimando de desejo, e Dante pode sentir a atração entre eles como uma chama prestes a se acender.

A tensão no ar é quase insuportável, e Dante se vê lutando contra o impulso de puxá-la para mais perto.

Mia olha para Dante com um sorriso provocante, a tensão da corrida ainda pairando entre eles.

— Que tal uma conversa em um lugar mais privado? — sugere, sua voz suave, mas carregada de intensidade. — Um lounge secreto que eu conheço. A vista da cidade é de tirar o fôlego.

Intrigado e atraído, Dante concorda e a acompanha. Eles entram em um prédio elegante, onde Mia usa um cartão de acesso especial. O elevador privado os leva até o último andar, e as portas se abrem para um espaço luxuoso, decorado com luz suave e móveis confortáveis.

Enquanto caminham até a janela, a vista da cidade iluminada os envolve.

— Aqui é onde consigo ser eu mesma — diz ela, olhando para as luzes da cidade. — Um lugar onde não preciso usar minha armadura.

Dante a observa, percebendo a fragilidade em sua voz, embora ela tente esconder. Ele se aproxima, sentindo a atração crescer entre eles, prestes a puxá-la para mais perto. Mas, antes que possa fazê-lo, seu celular toca, rompendo o momento. Ele hesita, perdido nos olhos de Mia, mas o toque insistentemente chama sua atenção.

Mia se vira para ele, um olhar curioso no rosto.

— Não vai atender? — pergunta, a voz cheia de uma mistura de provocação e expectativa.

Relutante, Dante pega o celular do bolso e vê que é Hellen. A expressão no rosto dele muda ligeiramente, mas ele hesita em atender, ainda absorvendo a presença de Mia.

— É a Hellen — diz, um toque de frustração na voz.

— Você vai atender? — ela provoca, um sorriso travesso nos lábios.

Dante olha para ela, a conexão que estava prestes a se intensificar agora interrompida. Finalmente, ele atende a chamada, sua expressão se tornando séria.

— O que houve, Hellen?

A voz de Hellen vem do outro lado, desesperada e chorando.

— Dante, onde você está? Não estou te encontrando em casa! Estou aqui na frente da sua porta!

Ele sente um nó na garganta.

— Aconteceu algo? Estou indo aí — responde, tentando manter a calma, mas a urgência em sua voz é evidente.

Mia, observando a troca, pergunta, um pouco apreensiva:

— Você já vai?

Nesse momento, Hellen escuta a voz de mia e começa a gritar de raiva, as emoções se misturando com o choro.

— Como você pode estar com essa cadela, Dante?

— Hellen, calma. Eu já estou indo — ele responde, tentando acalmá-la, mas a preocupação se intensifica

Desligando o celular, ele percebe a tensão no ambiente. Mia o observa com um olhar confuso, a curiosidade misturada à preocupação.

— O que aconteceu? — ela pergunta, a voz suave, mas com uma pitada de inquietação.

— Eu... não sei — admite, a mente girando com a intensidade da conversa. Ele nunca tinha visto Hellen daquele jeito, tão desesperada. E, com a urgência crescendo dentro dele, sente que precisa sair dali imediatamente.

— Você precisa se acalmar! — Mia diz, tentando manter a situação sob controle.

Mas a pressão se acumula e, em um momento de frustração, Dante levanta a voz.

— Eu não tenho tempo para isso! — ele grita, a raiva e a ansiedade transbordando

O ar fica pesado entre eles, e Mia recua um passo, surpresa com a explosão de Dante. A conexão que estava prestes a se intensificar agora se desfaz, deixando uma sensação de incompletude e desespero no ar.

Dante, percebendo o que acabou de fazer, sente um nó na garganta e se vira para Mia, tentando pedir desculpas.

— Desculpe, eu não queria gritar...

Mas a resposta dela é cortante.

— Sai da minha casa agora.

A intensidade nas palavras dela ressoa como um golpe, e Dante se sente paralisado por um momento. O olhar de Mia é firme, e ele sabe que não há como contornar a situação. Com o coração pesado, ele dá um passo para trás, saindo da sala, sentindo o peso da decisão.

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