Dante saiu do local com o coração pesado, as palavras de Mia reverberando em sua mente. Cada frase, cada olhar distante dela pareciam como lâminas cortando seu peito. Ele entrou no carro, mas sua mente estava longe, perdida nos pensamentos confusos sobre Mia, Hellen, e tudo que havia desmoronado naquela noite.
Os faróis passavam em flashes na estrada, mas Dante mal os via. Suas mãos apertavam o volante com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. Pensamentos conflitantes ecoavam como um turbilhão, e ele mal percebeu a velocidade aumentar.
De repente, uma curva fechada apareceu à frente, mas Dante estava tão distraído que reagiu tarde demais. Tentou virar o volante, mas o carro derrapou, os pneus gritando contra o asfalto molhado. Em segundos, o veículo perdeu o controle, girando e colidindo violentamente contra uma barreira.
O som do metal retorcendo foi a última coisa que Dante ouviu antes que tudo se apagasse.
No hospital, Max, pálido e ansioso, apertou o celular com força, discando o número que sabia de cor.
– Mia... é o Dante. Ele sofreu um acidente.
Houve uma pausa do outro lado, seguida pelo silêncio quebrado apenas por uma respiração tensa. Então, sem dizer nada, Mia desligou e correu para o hospital, o coração disparado e a mente nublada.
Ao chegar, ela viu Dante inconsciente, tubos e aparelhos rodeando o corpo dele, frágil e vulnerável. Sentiu uma dor esmagadora, e as lágrimas começaram a rolar descontroladas.
– Não... por favor, Dante – sussurrou ela, segurando a mão dele, a voz embargada. – Eu não posso te perder de novo... não assim...
O quarto estava preenchido pelo som suave dos aparelhos, e Mia permaneceu ali, perdida na dor, segurando a mão de Dante como se sua vida dependesse disso. Ela não percebeu a porta se abrindo atrás de si.
Hellen entrou e parou abruptamente ao ver a cena. O choque e a raiva explodiram em seu rosto ao ver Mia ao lado de Dante, em uma proximidade íntima que ela jamais imaginou presenciar. Sentiu o coração acelerar, e, em um misto de ciúme e fúria, quase gritou.
– O que você está fazendo aqui? – disparou, a voz carregada de desprezo. – Saia do quarto do Dante. Você não tem direito de estar aqui.
Mia não se moveu, encarando Hellen com o olhar cheio de dor.
– Eu não vou embora, Hellen. Eu tenho o direito de estar aqui tanto quanto você.
Hellen estreitou os olhos e, sem perder mais tempo, acenou para os seguranças que aguardavam no corredor.
– Tirem ela daqui.
Os seguranças avançaram, e Mia tentou resistir, mas estava fraca, esgotada pela dor que sentia ao ver Dante naquele estado. De repente, seu corpo cedeu, e ela desmaiou, caindo nos braços de um dos homens.
Max, que vinha pelo corredor, viu a cena e, confuso, gritou:
– Mia! O que aconteceu?
Antes que alguém pudesse responder, um homem alto e elegante, vestindo um terno impecável, apareceu no corredor. Ele olhou para Mia, desmaiada, e calmamente a pegou nos braços, como se fosse a coisa mais natural a fazer.
– O que você está fazendo? – perguntou Max, assustado.
– Mia não ficará neste hospital.
Sem esperar resposta, ele caminhou com Mia nos braços, desaparecendo no corredor, deixando Hellen, Max e os seguranças paralisados pela surpresa.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 33
Comments