Capítulo 5

Quando Ana entrou no carro de Bruno sentiu um mixto de excitação por ter dado seu primeiro beijo, e estar vivendo algo novo, mas ao mesmo tempo Bruno a deixava ligeiramente acuada, intimidada. Estava assustada com a pressa dele de chegar no carro, a puxando pela mão sem perceber a dificuldade dela pelos saltos. Ficou em silêncio mas deu um gritinho de susto quando Bruno travou as portas assim que entrou e a pegou de uma vez só, com as duas mãos e colocou- a no seu colo de forma brusca. Tapou-lhe a boca com um beijo cheio de desejo e muita intensidade. Os braços de Bruno circulavam a cintura de Ana a mantendo presa no colo dele. Até que ele parou de beija-la ao perceber que ela estava inquieta no colo dele tentando se soltar do seu agarro, o que seria impossível com a força dele e a fragilidade do corpo dela, e isso fascinava Bruno.

Ele já estava duro embaixo dela que remexia em seu colo nervosa, ainda sob seu domínio.

Ana: Por favor, me solta. Eu não quero fazer isso. Eu morava num orfanato com a Júlia, saí há dois meses, hoje foi meu primeiro beijo com você. Eu quero ir embora agora, por favor, me leve para casa.

Bruno a soltou e ela sentou de volta no seu banco. Ele socou o volante com força assustando-a novamente.

Bruno: Desculpa, eu não queria te assustar. Eu percebi que era inexperiente, pensei que fosse também pela sua timidez, mas não sabia que nunca tinha feito nada dessas coisas. É tão normal para mim. Eu vou te levar para casa, mas quero recomeçar com você. Quero uma chance. Te achei linda quando te vi lá na pista e me senti atraído como nunca.

Ana: Eu também te achei bonito e fiquei feliz quando foi falar comigo.

Bruno: Vai me falando onde você mora e a gente vai conversando até lá. Eu queria jantar com você essa semana, pode ser? Salva seu número no meu celular, tome. E eu vou te falar o meu para que você salve também. Vamos nos falando e quero conhecer você de verdade.

Ana: Tudo bem.

Bruno: Estou falando demais , eu não costumo ser assim.

Ana: Percebi que você é bem sério e só sorriu uma vez a noite toda.

Bruno permaneceu sério mesmo após o comentário de Ana.

Bruno: Sua amiga disse que vocês vão trabalhar amanhã? No sábado? Onde você trabalha?

Ana: Eu trabalho no supermercado Central na parte da tarde até o fechamento. Quero começar uma faculdade de manhã. É um dos meus sonhos.

Bruno: Chegamos.

Bruno se aproximou, deu um selinho suave em Ana e foi abrir a porta para ela.

Bruno: Nos falamos pelo celular para marcarmos nosso encontro. Eu quero que tenha uma noite especial dessa vez. Boa noite. Até breve.

Ana assentiu com a cabeça e deu boa noite. Subiu correndo as escadas do velho prédio. Abriu o apartamento e entrou esbaforida. Tomou um banho, foi pro único quarto do apartamento, que tinha duas camas de solteiro, beijou a bochecha de Júlia que estava dormindo e deitou. Pegou logo no sono.

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