Eu quero que você fique

Índia, Capital a Índia.

Pov's Aaliyah. 

O silêncio pairava no ar. O meu coração estava tão acelerado. Eu não sabia o que se passava nos pensamentos dele que estava parado alguns metros de distância. 

Seus olhos  direcionou em direção ao bebê que dormia em meus  braços, o medo me dominava.

— Me deixe ir embora, Ali Nejat.

— Temos que conversar. 

— Conversar o quê?— o encarei com ressentimento.— Que você não foi um homem de palavra.

— Eu me apaixonei por você, Aaliyah. 

— Pare com isso!— gritei, nervosa.— Sou casada com o seu irmão, e você é um homem casado.— deixei claro; e sua aproximação, deixava-me com as pernas bambas. 

— Estou sentindo isso aqui...—  fez a minha mão tocar em seu coração, que batia fortemente. — Diga que também não está sentindo, Aaliyah?

— La. — me afastei, balançada. — Já amo Faruk.

— Não ama.— ouvi o seu tom soando convicto, parei.— É a mim que você ama, Aaliyah.— a sua declaração me deixou mais sem eixo. 

Olhei para trás, com as minhas íris marejadas. 

Estava tão dividida. 

E fiquei ainda mais, quando ele ficou mais próximo de mim. Meu corpo se encostou na parede, e seus olhos me encaravam completamente. 

Quando estávamos prestes a cometer o maior pecado condenado por Alláh, os nossos rostos se desviaram...

— Ali,  abre essa porta!— fomos interrompidos com batidas insistentes.– Abra!— a voz era da sua esposa. 

Estremeci naquele momento. 

— Se esconda! — o próprio mandou.— Yalla, ninguém pode nos ver juntos. Ou quer que meu irmão ache que temos um caso?

— La.— balancei a cabeça negativamente, em pânico. 

Ele abriu a porta e me escondi próximo a estante grande, sem ser vista.

— O que está fazendo aí sozinho?— a estrangeira o questionou.

— Acabei me perdendo, meu amor.— inventou a mentira, e torcia  para o bebê  não  chorasse— Vamos voltar.

Suspirei fundo, começando a chorar baixinho. Sentia a culpa e ao mesmo tempo arrependimento.

O adultério na minha cultura era considerado um crime, e se fôssemos pegar cometendo tal ato, era várias chicotadas em praça pública.

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Faruk dormiria comigo hoje, diferente do que fazíamos na Arábia de dividimos o mesmo quarto apenas, teríamos que dividir a mesma cama.

Me sentia nervosa e confesso que ele estava percebendo o quanto estava estranha pro seu lado.

— Você está bem mesmo, Aaliyah?

— Nahim.— confirmei que sim.

— Parece distante. — me analisou;  

— É porque nunca dormimos juntos, é apenas isso.— o olhei por um mero momento, sem jeito. 

— Se quiser eu posso dormir no chão.— ele sugeriu.— Ou ir dormir com Khadija. 

— Eu quero que você fique.— pedi, e os olhos do meu esposo ficaram surpresos.

— Tem certeza?

— SIM! Acho que já tá na hora... Eu me sinto pronta.— o admitei, emocionada. 

Meu marido abriu um largo sorriso, como se aquela notícia o deixasse tão feliz. Por mais que Ali Nejat tivesse sido o meu primeiro, ele não seria o último. 

Os dedos de Faruk pousou ao redor do meu rosto, levemente. Fechei os olhos ao sentir o toque suave acariciando as minhas bochechas. 

Os nossos rostos foram se aproximando lentamente, em câmera lenta. E  quando seus lábios macios tocaram aos meus pela primeira vez, uma onda de sentimentos me invadiu.

O nosso beijo era calmo, sem pressa. Estávamos conduzindo aquele momento num ritmo delicado, conhecendo um ao outro. Era especial beijá-lo, e dava para sentir o seu amor através daquele beijo. 

Apesar de não ser recíproco, eu poderia me apaixonar pelo meu marido. 

E aquela seria a nossa primeira noite juntos.

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Aaliyah resolveu dar uma chance ao Faruk, o que acharam?

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