Índia, Sexta-feira
Casamento.
A cultura indiana era um pouco diferente da cultura árabe. O idioma oficial era hinduísmo e alguns indianos falavam inglês. A religião deles era muito diferente, eles não adoravam somente um Deus, eles acreditavam em vários deuses e a vaca era vista como um animal sagrado.
Faruk quis vim para prestigiar o irmão. Não fomos os únicos, apesar da sogra se recusar, acabou comparecendo.
Americana era a que mais parecia feliz com a viagem para Índia, quis até se vestir igual as mulheres indianas. Escolheu um sari bem bonito.
Logo atrás, onde o casal seguia na frente; estava eu, Faruk e do seu lado esquerdo Khadija, que parecia descontente.
Fomos cumprimentar os noivos. Sogra virou a cara e ignorou completamente ambos, somente eu e Faruk fomos os únicos educados.
— Essa é minha esposa, Aaliyah!— meu marido me apresentou, acabei captando em seu tom um certo orgulho.— E esse é o meu filho.— mostrou também Muhammad que estava sobre seus braços.
Os noivos sorriram e mexeram na mãozinha do neném que estava com os olhinhos acesos.
— Parabéns, Faruk!
—Obrigado, Zayn! — os dois se cumprimentaram.
— Que os deuses abençoe o seu bebê.— a indiana proferiu as palavras, simpaticamente;— Ele é muito lindo.
— Shukran.— agradeci sem jeito.
Sogra nem disfarçava a cara de insatisfação, Khadija era outra, que havia vindo contra a vontade.
— Felicidades!— foi a vez da americana saudá-los. Ela tocou na mão do casal, Ali Nejat odiou.
— Não faça mais isso, babe, você pode se contaminar com essa gente.— ele soltou aquele comentário em árabe, todo arrogante.
— O que você quis dizer com isso, Ali Nejat?— o outro se irritou e Faruk se meteu no meio.
— Que você está jogando o nome da nossa família ao vento. Está desviando daquilo que o profeta deixou no Alcorão, está envergonhando a nossa religião ao se casar com uma idólatra. — a maneira de como menosprezou, gerou um desconforto a todos.
Avistei a mulher indiana se encolher toda, quase chorando.
— Não vou admitir que você humilhe a minha noiva.
— Como pode defender uma criatura que vê a vaca como Alláh?— seus olhos escuros enfrentaram o seu irmão;
— Você está sendo estúpido, Ali Nejat.— sua esposa o repreendeu.— Pare com isso.— o cutucou.
— Não deixe que essa hortaliça grite com você, meu filho.— sogra se intrometeu.— As mulheres têm que saber os seus devidos lugares, o homem é que manda.
Suspirei fundo, abaixando a cabeça.
— No meu país, não há distinção de gênero, o homem não é melhor do que a mulher. — a loira rebateu.
— Então volte pro seu país.— Khadija respondeu, com ironia.— Porque você não é bem-vinda. Nem muçulmana de verdade você é.
— Não preciso está coberta inteira...— os olhos claros da outra a analisaram— Para acreditar em Deus. Eu posso ser muito melhor do que aquela que se esconde atrás de um véu.
— Chega!— sogra se zangou. — Ali Nejat mande sua esposa se calar, não vou tolerar esse tipo de ofensa.
— Babe, mama tem razão.
Arregalaramos os olhos quando ela o deu costas, o ignorando. Era como se Ali Nejat fosse um nada.
**************************************************
Alguns minutos...
O clima ficou pesado, embora a cerimônia prosseguiu normalmente. Era um ritual diferente do que acontecia no islã, mas o casal parecia muito apaixonado.
Faruk e eu sorríamos um pro outro em alguns momentos, estávamos emocionados ao assistir.
As palmas soaram ao término da cerimônia; logo os convidados começaram a festejar, dançado e os noivos entraram na roda.
— Eu vou amamentar o bebê.— arrumei à desculpa e me levantei do assento.
A mão interrompeu os meus passos e parei, olhando-o:
— Você quer que eu vá com você, Aaliyah?
— Lá.— neguei.— Vou sozinha, eu já volto.
Sai às pressas e fiquei mais apreensiva ao mentir para Faruk, que ficou desconfiado por conta do meu comportamento estranho. Notei também que Khadija me perseguiu com seus olhos até o final no corredor, onde desviei, a distraindo.
Eu queria fugir dali, mas eu sabia que aquela decisão poderia causar graves consequências.
Uma mulher sem marido, não era nada.
— Não grite!— ouvi o tom rouco cochichando próximo ao meu ouvido.— Vem comigo.— saiu me arrastando.
Me debrucei ao ver que era Ali Nejat. Ele estava me perseguindo e meu olhar estava tão agoniado.
Ele trancou a porta do quarto, guardando às chaves.
— Finalmente estamos a sós, Aaliyah.
*************************************************
O que será que ele vai fazer hein?
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 90
Comments
Noidinha lima
essa garota é bem burrinha e imatura e esse cara bem cretino usa a mulher difama e ainda vai atrás pra prejudicar a coitada boba.
2024-10-26
1
Marcia Gomes
não quero Nei imaginar🤔
2024-10-24
0
Gil Vania
não e possível que vai fugir ,e outra vai tentar agarrar
2024-10-23
1