Capítulo Cinco
Yulia
A semana passou rápido e a casa estava brilhando. Realmente a Rosa deixou bastante trabalho todos os dias e consegui fazer tudo bem tranquilamente. Parece que os patrões vão chegar depois de amanhã, então ainda tenho dois dias de tranquilidade.
Como todos os dias, me troquei, e peguei meu celular, coloquei meus fones de ouvido e bem alto comecei a ouvir Frankie Ruiz - La cura. Dançando pela casa fui fazendo minhas tarefas, os minutos foram passando e fui para a sala organizar um dos armários, ele está cheio de coisas estranhas, e Rosa pediu para que eu limpasse.
Comecei a tirar as coisas do armário, e organizei do lado de fora, limpei todos os objetos e fui limpar o armário. Ele é da minha altura, então é mais fácil limpar. Quando comecei a limpar a primeira parte de cima, uma das músicas que eu amo começou a tocar — Por las Buenas — Meus quadris começaram a balançar como se tivessem vida própria. Ainda com o paninho nas mão, fui passando pelo armário, enquanto dançava. A melhor parte da música e meu quadril se mexeu mais ainda, parei de limpar por poucos segundos, e comecei a dançar com o corpo todo. Girei meu corpo e quase infarto, quando vi Rosa parada com um sorriso no rosto.
Tirei os fones e coloquei a mão no peito. — Rosa, Boa tarde, que susto.
— Boa tarde minha menina, senti sua falta, vejo que está animada hoje. — Ela vem até onde estou e me abraça com carinho.
— Também senti sua falta, Rosa. — Abro um sorriso.
— Bom, eu voltei, e agora vamos ficar juntas todos os dias, como mandei pra você, eles vão chegar apenas depois de amanhã, então preciso organizar algumas coisas na cozinha. — Ela diz.
Conversamos mais um pouco e fui terminar o que tinha a fazer, a tarde passou rápido e hoje como era sexta, resolvi ir a danceteria do Papi. Fui para meu quarto e tomei um banho demorado. Assim que sai, coloquei apenas um vestido simples, ia comer antes de sair.
— Está com cara de cansada. — Rosa diz, e já está colocando um prato de comida no balcão para mim.
— Um pouco, mas ainda sim, preciso me divertir, vou sair hoje. — Me sentei animada no banquinho.
— Olha só, vai se divertir então, você é jovem, tem que fazer isso mesmo. — Ela me olha com carinho.
— Você bem que podia vir comigo, vou para a danceteria do meu tio, lá é muito bom, você vai gostar. — Abro um sorriso.
— Estou velha para isso querida. — Ela diz.
— Pode parar com isso, você vai sim, tenho um vestido para você vestir na minha mala, vai ficar perfeito. — Bato palmas animada. — Meu Tio Papi vai adorar a senhora.
— Por Deus, menina. — Ela dá risada, e vejo suas bochechas corarem.
— Vamos Rosa. — Faço um biquinho.
— Tudo bem, Dona Yulia. — Ela diz, e pulo da cadeira e a abraço.
— Então vamos nos trocar e ficar mais lindas ainda. — Me animo e me sento de novo,e começo a comer tudo.
— Calma menina, come devagar. — Ela me acalma, rindo.
Termino de comer e arrasto Rosa para meu quarto, peguei meu vestido vermelho justo, que deixava meu corpo lindo e acentua minhas curvas, na ponta tem um babado parecendo rosas, e eu amo. O vestido que dei a Rosa é um preto solto que vai até o joelho, com um pequeno decote. Ela ficou perfeita. Nos maquiamos e também ajudei ela nesta parte. Como obra do destino, usamos o mesmo tamanho de sapato, então ela pegou um salto meu. Deixei meus cabelos soltos e peguei minha bolsa.
— Meu Deus, Yulia, eu estou linda. — Ela se olha no espelho e cobre a boca.
— Você é linda todos os dias. — Abro um sorriso e abraço ela.
— Vou na cozinha e já volto, obrigada minha menina. — Ela abre um sorriso e sai.
Pego meu celular e ligo para o Marcel.
— Tudo bem, Yulia? — Ele pergunta.
— Sim, estou ligando para avisar que vou até a danceteria do Papi, vou sair daqui cinco minutos.
— Ok, vou esperar você sair e a sigo.
Desliguei o telefone e dei mais uma olhada no espelho. Por um minuto parei e fiquei pensando que daqui a uns meses, minha vida não seria assim, livre e tranquila. Poderia vim visitar o papi, mas com todo cuidado e segurança redobrada. Por enquanto ninguém dos negócios do meu pai sabe quem eu sou, ele tratou bem de me esconder, e agora todos acreditam que eu estou apenas me preparando para assumir.
Saio dos meus pensamentos e termino de verificar se tudo está na minha bolsa, desligo a luz do quarto e quando chego a cozinha a Rosa não está. Ouço o barulho dos saltos dela na sala e vou animada até ela.
— Rosa, vamos, preciso muito balançar meu corpo a noite toda. — Passo pela porta, e quando olho pra frente, meu sorriso morre.
— Minha menina, esses são Nikolai e Francesco. — Ela abre um sorriso e me apresenta os dois.
Olho para os homens à minha frente e fico quase sem fôlego com o quão bonito eles são. Um deles de pele branca, barba feita, olhos negros e brilhantes, seus braços fortes ficam em destaque na blusa social preta que ele usa. O outro, é um homem negro alto tambem, ele tem tatuagens pelos braços que estão expostos pela blusa que está dobrada até os cotovelos. Eles dois parecem homens bem sérios, mas no momento, os dois estão me olhando fixamente, e vejo até eles engolirem a saliva.
Refaço minha postura e encaro os dois — Boa noite, senhores, é um prazer enfim conhecê-los. — Abro um sorriso e entendo minha mão.
O primeiro a sair do que parece um devaneio, pega minha mão e eu sinto um arrepio. — Prazer Yulia, sou Nikolai. — Sua voz grossa me deixa quase bamba, engulo a seco e apenas balancei a cabeça.
Ele solta minha mão e o outro homem a pega, me causando o mesmo arrepio, quando achei que ele falaria algo, o mesmo se inclinou e seus lábios carnudos tocaram minha pele, ele me deu um leve beijo, sem tirar os olhos dos meus, oque me deixa totalmente arrepiada. — Prazer Yulia, eu sou o Francesco. — Ele volta a sua postura reta, e solta minha mão lentamente.
— Bom meninos, vou sair com a Yulia, graças a Deus eu fiz comida, então se estiverem com fome, tem tudo oque precisam. — Ela coloca a mão no ombro do Nikolai e sorri.
— Você não acha que está linda demais, dona Rosa. — Francesco cruza os braços e arqueou a sobrancelha.
— Verdade, dona Rosa. — Nikolai faz a mesma coisa que Francesco, e abro um sorriso ao ver como eles tratam bem ela.
— Parem com isso, só me arrumei um pouquinho, Yulia me ajudou. — Vejo suas bochechas corarem. — Vamos na danceteria do tio dela.
— Ta toda linda assim e ainda vai dançar. — Eles balançam a cabeça.
— Pode parar os dois, vão descansar, vejo vocês amanhã. — Ela dá um sorriso e vem até onde eu estou.
Ela me pega pelo braço e saímos, mas antes de ela fechar a porta vejo os dois homens parados na sala me olhando como se eu fosse uma peça rara de um museu.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Maria Aparecida de Carvalho
não vi a foto
2024-11-23
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Maria Daguia
Também cm uma Yulia dessas na vida...quem não ficaria????????
2024-11-17
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Maria Daguia
Os amigos já ficaram fascinados...😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍
2024-11-17
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