capítulo 18

Eu não consegui conter a minha fúria e soquei a cara do desgraçado! Eu o peguei pelo pescoço, e o joguei no chão dando chutes em sua barriga.

O mesmo cuspiu sangue e gargalhou parecendo não se importar.

- pode fazer o que quiser comigo, mas eu não vou contar quem são - ele negou com a cabeça e fechou os olhos.

- vamos ver se você não vai falar - tirei uma pequena faca que carrego em minha cintura, e ameacei furar os olhos dele - eu juro por Deus que arranco os seus olhos! Te matar seria fácil demais, mas sem os seus malditos olhos, não poderá jogar, e andará se rastejando por aí! - peguei o seu cabelo e joguei sua cabeça para trás - você decidi, e eu não tenho tempo para esperar uma resposta sua - pressionei a faca contra o seu olho o fazendo gritar, eu não parei até ver o sangue sair.

Ele gritou e logo depois pediu que eu parasse, eu o joguei no chão, e limpei a faca em um papel toalha que estava na mesa ao meu lado.

Ele levou a mão até o olho e me xingou.

- você é um infeliz! - ele chorou desesperado - eu vou falar, eu vou contar quem eles são - ele foi se arrastando até se encostar na parede - o nome dela, é Lorena, ela é uma mulher rica, é uma das famílias mais ricas da Itália, talvez você já tenha os visto antes, não sei! - ele deu de ombros - o infeliz se chama Fernando, a família dele também era tão rica quanto a dela, o desgraçado é um mafioso, e eu posso dizer que deve ser um dos piores, se ele não foi capaz de encontrar a própria filha até hoje, não sei se chegará aqui a tempo de salvar a sua vida.

Eu quis matá-lo, quis estourar os seus miolos, mas ela precisa falar com ele quando estiver melhor, e para ele não fugir, eu vou mantê-lo preso no galpão.

Eu chamei os meus homens e pedi que o levassem embora, depois liguei para o pessoal da Itália, e pedi para que procurasse pela família Brown Miller.

Sim, eu os conheço, já estive com eles várias e várias vezes quando estava tentando expandir os meus negócios para Itália, nunca focamos em assuntos pessoais, sempre foi tudo relacionado ao trabalho.

Nesse momento eu estou na UTI, ao lado dela, segurando a sua mão, e pedindo pela primeira vez a Deus, que a deixe aqui comigo.

Eu amo essa mulher mais que tudo nesse mundo! E seja quem for que tenha feito isso, vai pagar caro, e será com a própria vida.

- não pode ficar aqui por mais de cinco minutos - uma enfermeira está ao meu lado me orientando em tudo que não devo fazer aqui.

Eu estou com uma roupa higiênizada e hospitalar, estou com tocas, luvas e máscaras. Ela não pode correr o risco de pegar nenhum tipo de bactéria, seu rosto está pálido, sua mão fria, eu posso sentir mesmo estando com Luvas, a sua cor parece ter sumido.

Ela esta toda machucada, tem arranhões pelo seu corpo, pelo seu rosto, e foi impossível segurar as lágrimas.

Dor, raiva, tristeza! Todo tipo de sentimento ruim tomou conta de mim nesse momento, eu queria tirar ela daqui e sair correndo.

- por favor, devemos sair agora - a enfermeira tocou o meu ombro e eu suspirei.

- sim, eu já vou sair - enxuguei minhas lágrimas e acariciei o rosto dela - eu te amo, minha vida, e eu juro que quem fez isso com você, vai pagar caro.

Eu saí da sala e soltei todo o ar preso em meus pulmões, respirei fundo e fechei os olhos, eu preciso me recompor, preciso ser forte por ela.

Eu joguei as roupas que estava vestindo no lixo, e segui pelos corredores até chegar na sala de espera.

- como ela está? - Sebastian me olhou preocupado e eu suspirei.

- ela está muito mal - sentei no banco - eu quero pedir uma coisa - ele sentou ao meu lado e pediu que eu falasse - me ajude a encontrar quem fez isso com elas, garanto que seja quem for, não sairá vivo e não escapará da minha vingança.

- não precisava nem pedir - ele suspirou pesado - se for o Luís ou a Marisa, o que vamos fazer? - Marisa, eu tenho altas suspeitas contra ela, é uma vagabunda! Eu sei que ela não vai nos deixar em paz, mas estou a custar acreditar que tenha tido essa coragem.

E o Luiz? Ele nos viu crescer, mas sempre com ambição, sempre querendo mais e mais! Nunca se contentou com o que o nosso pai deixou para ele, e quando ele a viu, sei que sentiu algo diferente, não sei se foi paixão, mas qualquer pessoa via que ele não teve boas intenções com a minha esposa, não teve nenhum pingo de consideração por mim quando quis que eu a jogasse na boate, então ele também está na lista.

- seja quem for, Sebastian, não sairá vivo - não vou perdoar, as três pessoas mais importantes das nossas vidas quase se foram por culpa deles, e eu não vou excitar em mandá-los para o inferno se for preciso.

(...)

Foram longas horas de espera, até finalmente eles chegarem acompanhados de outras pessoas, eu levantei da cadeira, e os observei atentamente.

A mulher está chorosa, com os olhos vermelhos e inchados, e ele está da mesma forma, nunca o vi dessa maneira antes.

De uma forma inesperada, eles vieram até mim e me abraçaram, eu não estava esperando, mas isso foi reconfortante.

Eu correspondi ao abraço mesmo sem jeito, e logo depois se afastaram.

- obrigada por encontrar a nossa filha, não sabe o quanto procuramos por ela, não sabe o quanto sofremos sentindo sua falta.

- não tem o porquê agradecer, Lorena, eu amo a sua filha, e devemos correr contra o tempo se não quisermos perdê-la definitivamente.

- sim, vamos fazer o que for preciso para salvá-la, não vou perdê-la novamente depois de todos esses anos.

( Lorena )

(Fernando )

Eu chamei os médicos que estão cuidando dela para poderem explicar tudo que vamos fazer agora.

Nunca me senti tão nervoso e ansioso, eles levaram os dois para fazerem exames e ver se são compatíveis.

- William, conseguimos as imagens das câmeras de segurança - Sebastian tocou o meu ombro e eu olhei para ele ansiosa.

- quem foi, Sebastian?

- foram os homens da Marisa, ela é a responsável por tudo que está acontecendo agora, ela quase matou as meninas.

Eu apertei os punhos e senti a fúria tomar conta de mim

Aquela vagabunda vai pagar caro por isso, quando a Jai sair daqui, ela vai se arrepender em ter cruzado o meu caminho.

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