Capítulo 16

Kazuki entrou no escritório luxuoso de seu pai, o Don Mikan, a postura rígida e o rosto sério. O Don estava sentado atrás de uma grande mesa de mogno, cercado por livros e papéis, o ambiente cheirando a tabaco e madeira polida. Ele olhou para Kazuki com expectativa.

— E então? Ele falou? — Perguntou o Don, sua voz grave e autoritária ecoando pela sala.

Kazuki balançou a cabeça, mantendo-se firme.

— Não, pai. James realmente não sabe de nada. Ele suportou todas as torturas sem revelar qualquer informação útil.

O Don franziu a testa, refletindo por um momento antes de responder.

— Então mantenha-o vivo. Solicite que cuidem dele. Não quero um Thompson morto em minha casa se ele não for

realmente culpado.

Kazuki assentiu, já se preparando para sair, mas o Don o interrompeu com um gesto.

— E as buscas em Hong Kong? Alguma notícia de Yumi?

Kazuki suspirou, a frustração evidente em seus olhos.

— Nenhum sucesso, pai. Ainda não há sinal dela. Continuamos investigando, mas até agora, nada.

O Don apertou os lábios, o olhar duro e determinado. Ele respirou fundo e tomou uma decisão.

— Então vamos para o plano B.

Don pegou o telefone e discou para Rayan Thompson e aguardou sua chamada ser atendida.

— Don Dragão de Tóquio.. — Ouviu a voz de Rayan Thompson.

— Don Thompson.. temos umas pendências a serem resolvidas não é mesmo?

— O que deseja discutir? — Rayan manteve a postura.

— Um dos seus filhos, James, está conosco. Encontramos ele ferido entre os escombros, e temos tratado ele como nosso convidado. — A voz do Don Dragão era fria e calculista.

— E o que você quer em troca da segurança dele? — Rayan sentiu um aperto no peito, mas não demonstrou.

— Quero minha filha Yumi. Ela está com seu primogênito.

Rayan franziu a testa, a mente trabalhando rapidamente.

—Não sabemos onde eles estão, mas posso garantir que não temos interesse em machucar sua filha.

O Don Dragão permaneceu em silêncio por um momento, ponderando.

— Vamos fazer um acordo. Nós continuamos cuidando de James, garantindo sua segurança, enquanto você e sua

organização fazem todo o possível para localizar minha filha e trazê-la de volta para casa.

Rayan sabia que não tinha muita escolha. A vida de seu filho dependia dessa cooperação.

— Concordo com o acordo. Vamos fazer tudo ao nosso alcance para encontrar Yumi e garantir sua segurança.

— Excelente. Espero ver resultados em breve, Don Thompson. E lembre-se, a vida de James está em suas mãos agora. — disse o Don Dragão, antes de desligar a chamada.

Rayan colocou o telefone no gancho enquanto olhava para os demais da sala. O soldado confirmou que a chamada realmente era de Tóquio. Então James deve está na mansão do Don, então invasão não estava no seu plano.

— Tem certeza de que James realmente está sendo mantido prisioneiro? Deveríamos ter pedido uma prova. —

Informa Rebecca

— Nunca confronte um Don duvidando dele, regra número 1 Rebecca, e ele não falaria que sua filha estaria conosco se realmente não tivesse certeza disso. Essa foi a última cartada dele.

Navarro concordou silenciosamente com um aceno de cabeça.

Passaram o final da tarde monitorando a cidade discretamente, ainda sem sucesso. Os soldados da inteligência estavam mapeando as matas ao redor do porto em busca de locais que poderiam servir como esconderijos. No entanto, a chegada da noite e a chuva torrencial forçaram-nos a recuar e a planejar o reinício das buscas pela manhã.

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