Capítulo 12

Arthur dirigia freneticamente, lançando olhadas ansiosas pelos retrovisores, procurando qualquer sinal de perseguição. No banco de trás, Yumi estava deitada, pálida e visivelmente debilitada. O rosto de Arthur estava

carregado de preocupação, sua mente correndo em turbilhão.

— Céus... que merda! — ele murmurou, batendo o punho no volante com frustração.

O pensamento de seu irmão James e a necessidade urgente de contatar seu pai o atormentavam. Ele sabia que precisava encontrar uma forma de ajudar aquela menina e descobrir o paradeiro de James.

Após uma longa e angustiante jornada, Arthur finalmente entrou na reserva natural de Aberdeen. As áreas verdes e a densa mata surgiam à sua frente, proporcionando um leve alívio da tensão e do caos que abandonara. Ele mergulhou mais fundo na vegetação, buscando um local seguro e escondido onde pudessem se abrigar e se recuperar. Arthur avançava pela trilha sinuosa, os pneus do carro cortando o terreno irregular. Depois de

alguns minutos de navegação pela mata densa, Arthur avistou um ponto de luz entre as árvores. A expectativa fez seu coração acelerar enquanto ele dirigia em direção ao brilho. Quando chegou mais perto, a visão de uma pequena cabana de madeira surgia através da folhagem.

Ele estacionou o carro com cuidado, garantindo que estivesse bem escondido entre as árvores. Arthur saiu do veículo e, ao abrir a porta traseira, cuidadosamente retirou Yumi, que estava ainda inconsciente e estava sendo apoiada em seus braços. Ele a carregou até a cabana e, ao entrar, encontrou o interior surpreendentemente em boas condições.

O lugar era modesto, com uma cama simples, uma mesa de madeira e alguns móveis rústicos. Havia uma lareira no canto e algumas janelas cobertas por cortinas de tecido grosso, oferecendo um bom abrigo e proteção. Arthur

cuidadosamente deitou Yumi na cama e começou a examinar os ferimentos dela com mais atenção, constatando que as balas saíram.

Ele procurou por qualquer material médico ou suprimentos que pudesse usar para tratar seus ferimentos e, enquanto fazia isso, tentava acalmar a mente agitada. O som de animais e o farfalhar das folhas eram os

únicos sons que podiam ser ouvidos.

— Você vai ficar bem — murmurou Arthur, mesmo sabendo que ela não podia ouvir ou entender no momento. — Só precisamos nos manter seguros aqui.

Depois de improvisar um curativo mais seguro para os ferimentos de Yumi com o que encontrou na cabana. Arthur, voltou ao carro e tentou encontrar um celular, e achou um no porta luvas.

— Sem bateria... merda! —  Arthur praguejou jogando o aparelho dentro do veículo e retornou para a cabana.

Ao entrar novamente na cabana, abriu e fechou com cuidado a porta e se dirigiu à lareira, onde conseguiu acendê-la. Verificou os armários e conseguiu encontrar alguns enlatados que poderia servir de alimentos para a menina. Fez o que pode, então levou até a cama. Sentou-se com cuidado e a chamou.

— Menina? Vamos, acorde... —enquanto passava a mão de leve em seu rosto— Ótimo...com febre ela não está. Aproximou a água em seus lábios e ela bebeu devagar. Ouviu ela balbuciar algo em japonês que não pode entender e dormiu novamente.

— Por nada, bonequinha... — Arthur sussurrou com um sorriso, passando o indicador pela testa de Yumi e afastando uma mecha de cabelo liso do rosto dela. Ele observava seu rosto sereno, um visível alívio de ver que ela

estava um pouco melhor.

Arthur ajustou o cobertor ao redor de Yumi, se levantou e arrastou uma cadeira para a frente da cama e se acomodou ali.

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