Capítulo 7

Arthur e James Thompson estavam em Hong Kong há três dias. Haviam voado diretamente de Nova York, deixando a segurança do império Thompson.

Os irmãos Thompson estavam em uma suíte no luxuoso The Península Hong Kong, um dos hotéis mais icônicos da cidade. De lá, planejavam os próximos passos. Com a fachada imponente e a vista deslumbrante do porto, o

hotel oferecia o refúgio ideal para suas atividades.

Na terceira noite, aguardavam ansiosamente a chegada de Navarro, um velho amigo da família e informante de confiança. A ligação de Navarro com a família Thompson remontava a anos de cooperação e lealdade mútua.

— Ele está atrasado — comentou James, impaciente, olhando para o relógio.

— Navarro nunca nos decepcionou antes. Ele virá — respondeu Arthur, mantendo a calma.

Pouco depois, uma batida firme na porta indicou a chegada de Navarro. James abriu a porta e deu as boas-vindas ao homem de meia-idade com um abraço.

— É bom ver vocês, rapazes — disse Navarro, entrando na suíte. Sua expressão era séria, refletindo a gravidade da situação.

Arthur ofereceu uma bebida a Navarro, que aceitou com um aceno. Todos se sentaram em torno da mesa central, onde mapas e documento estavam espalhados, prontos para a reunião.

— Vamos direto ao ponto — começou Navarro, tomando um gole de seu drink. — Os containers de armas estão sendo desviados por uma facção dentro do porto de Hong Kong. Descobri que alguns membros da máfia japonesa

estão envolvidos, mas não é um movimento oficial deles. Parece ser uma operação independente.

Arthur franziu a testa, absorvendo as informações. — A máfia japonesa geralmente mantém a palavra. Por que iriam arriscar uma guerra conosco?

— Essa é a questão — continuou Navarro. — A facção que está por trás disso está agindo por conta própria, ainda não consegui ter certeza, mas acredito que é sem o conhecimento ou a autorização do Don. Talvez estejam tentando aumentar seu poder e suas finanças.

James inclinou-se para frente, o olhar fixo em Navarro. — Precisamos de um plano para acabar com isso. E rápido.

Navarro assentiu, puxando um mapa detalhado do porto de sua pasta e colocando-o sobre a mesa. — Aqui estão os horários de patrulha e os pontos fracos na segurança. Tenho contatos que podem ajudar.

Arthur pegou o mapa e estudou-o com atenção. — Vamos precisar de mais homens. E de armas.

— Isso pode ser arranjado — disse Navarro. — Precisamos ter certeza com o que estamos lidando, se o Don Mikan estiver envolvido será um banho de sangue. Lutaremos pelo porto.

— Podemos primeiro fazer uma reunião com o Don. Sugeriu James pensativo.

— É uma alternativa. — Concordou Arthur, ponderando a ideia. — Mas temos que ter cuidado. Uma abordagem direta pode ser vista como uma afronta.

Navarro olhou para os irmãos Thompson, sua expressão séria.

— Se decidirem falar com o Don, precisam estar preparados para qualquer coisa. Se ele não estiver envolvido, pode ser nosso aliado. Mas se estiver, vocês estarão em território inimigo.

Arthur assentiu. — Vamos nos preparar para ambos os cenários. Navarro, continue reunindo informações e fortaleça nossos contatos locais. James, coordene com nossos homens para garantir que estamos prontos para uma ação rápida.

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