Capitulo 8

Tóquio/Japão

— O que você quer dizer com "perdemos as meninas"? — rugiu o Don, segurando o telefone com força. Sua voz reverberava pelas paredes, carregada de raiva e frustração. — Como isso pode ter acontecido?

Do outro lado da linha, o segurança tentava explicar-se, sua voz trêmula e ansiosa.

— Senhor, elas conseguiram despistar a segurança no clube. Havia uma confusão, e...

— Eu não quero ouvir desculpas! — interrompeu o Don, sua paciência esgotada. — Sua única tarefa era mantê-las seguras e sob vigilância. Agora, graças à sua incompetência, estão desaparecidas!

O segurança permaneceu em silêncio, sabendo que qualquer palavra poderia piorar a situação.

— Quero todos os meus homens na rua agora! — continuou o Don, sua voz cortante. — Procurem por elas em todos os cantos da cidade. Não importa o custo, tragam-nas de volta! E se falharem novamente, não haverá

misericórdia para vocês.

Ele desligou o telefone com um estrondo, jogando-o sobre a mesa. Seus olhos estavam fixos em um ponto distante, a mente fervilhando com possibilidades.

Kazuki entrou na sala rapidamente, atraído pelo som da voz furiosa de seu pai. Observando o ambiente carregado de tensão, ele percebeu imediatamente a gravidade da situação.

— Pai, o que está acontecendo? — perguntou Kazuki, seu olhar fixo no Don Mikan, que parecia uma tempestade prestes a eclodir.

O Don Mikan, ainda com a raiva evidente em seu rosto, virou-se para o filho. — As meninas desapareceram. — Envie nossos melhores soldados para Osaka imediatamente — ordenou o Don, sua voz cortante e cheia de

autoridade. — Traga sua irmã e as amigas dela de volta. Não vou permitir falhas.

Kazuki não hesitou. — Sim, senhor. Vou coordenar a operação pessoalmente.

Ele se virou e começou a sair da sala, pronto para agir. Mas o Don o chamou de volta com um gesto.

— Kazuki.

O filho se virou, esperando as instruções finais.

— Não subestime a situação. Seja meticuloso.

Kazuki inclinou a cabeça em sinal de compreensão.

Horas depois, Ryu entrou no escritório do Don Mikan, carregando uma expressão de preocupação e um ar de urgência.

— Pai — começou Ryu, sua voz respeitosa, mas com um tom de urgência —, sei que não é o melhor momento, mas recebemos um contato dos Thompsons. Eles estão em Hong Kong e gostariam de uma reunião com o senhor.

Dizem que é sobre um assunto de seu interesse.

O Don Mikan se virou lentamente, seus olhos fixos em Ryu. A menção dos Thompsons atraiu sua atenção imediata. Ele estava familiarizado com a influência e o poder da família Thompson e sabia que qualquer contato deles era significativo.

— Os Thompsons, você diz? — perguntou o Don, sua voz carregada de curiosidade e cautela. — O que eles querem?

— Não forneceram muitos detalhes — respondeu Ryu, sacando um pequeno dispositivo de comunicação do bolso. — Apenas mencionaram que a reunião seria sobre algo importante relacionado aos nossos interesses. Não deram mais informações.

O Don Mikan ponderou por um momento, seus pensamentos se voltando para os negócios e alianças. A presença dos Thompsons em Hong Kong não era por acaso, e a oferta de uma reunião parecia ter um propósito específico.

— Agende a reunião — ordenou o Don, sua voz firme e decisiva. — Mas faça isso com cuidado. Quero saber exatamente o que eles estão propondo antes de qualquer encontro. E informe a equipe de segurança para preparar todas as medidas necessárias.

— Sim, senhor — respondeu Ryu, fazendo uma leve reverência antes de se dirigir para sair do escritório. — Irei providenciar isso imediatamente.

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