Capítulo 18

Gislene…

Hoje será o primeiro dia de trabalho com Nicholas...

E essa foi a primeira noite que sonhei com aquele homem gostoso da porr@.

Acordei toda suada, com minha intimidade pulsando.

Sentei na cama, passei as mãos por meus cabelos e respirei fundo.

— Preciso tirar esse homem da minha cabeça! Só de pensar que vou estar trabalhando ao seu lado… aí, meu pai! Um arrepio percorre todo o meu corpo! — digo, passando as mãos por meus braços, para aquecer os arrepios.

Levanto, faço a minha higiene matinal, me arrumo e vou até a cozinha preparar o café da manhã.

Logo que termino de passar o café, despejo um pouco numa xícara e levo até o quarto do meu irmão.

Bato na porta, assim que permiti eu entro.

— Bom dia, mano! — digo entrando no quarto. — Trouxe café!

— Bom dia!

Ele senta-se na cama, pega a xícara e dá um gole no café.

— Raul, precisa sair desse quarto! Não aguento mais te ver nessa situação…

Sei que parece impossível se levantar depois de tudo, mas é a pessoa mais forte que eu já conheci em toda a minha vida! Tem que lutar…

— Gi, eu não tenho forças!

— Sei que passou por tantas perdas, assim como eu, mas da mesma forma que se levantou uma vez, sei que vai se levantar novamente!

Sento-me ao seu lado e seguro uma das suas mãos.

— Agora é diferente… antes era uma criança que precisava de mim!

— Ainda preciso, Raul! Preciso muito, me sinto tão sozinha… — digo com lágrimas nos olhos.

Não suporto ver o meu irmão nesse estado.

— Eu te imploro, Raul! Se não for por você, que seja por mim…

Coloca a xícara sobre o criado-mudo e me puxa para um abraço apertado.

— Me perdoa, Gi… me perdoa!

— Não tenho nada para te perdoar, meu irmão… só quero que saia dessa!

— Prometo que vou tentar!

Se afasta e seca as lágrimas que rolavam por meu rosto.

— Precisa fazer a barba e cortar esse cabelo! Está parecendo um homem das cavernas! — digo tentando ser divertida e ele força um sorriso.

Ele deixa um beijo no alto da minha cabeça, sorrio fraco e o deixo sozinho.

Tomo um café rápido, termino de me arrumar, pego a minha bolsa, me despeço de Raul e sigo para o trabalho de ônibus.

Logo na entrada, encontro com a minha amiga e o gostoso do seu pai.

… É tão estranho falar isso!…

Entramos na faculdade e tento não ficar olhando muito para ele, tenho que ser o mais profissional possível.

Minha amiga vai para o seu trabalho e eu subo com o seu pai para a diretoria.

Acomodo em minha mesa e ele entra em sua sala.

Estava distraída passando a ata da última reunião para o sistema, quando me dou conta de que ele está na porta de sua sala de pé, encostado no portal de braços cruzados me olhando.

— Se… senhor Bennett… precisa de algo?

— Por favor, Gislene! Me chame de Nicholas!

— Sim, se… digo Nicholas! Precisa de algo?

— Não estou conseguindo acessar o sistema pelo meu computador, será que pode me ajudar?

— Claro que sim!

O acompanho até a sua sala, ele faz sinal para que eu me sentar na sua cadeira.

Só de ficar a sós com ele, fico de pernas bambas.

Assim que acesso o seu computador e começo a explicar-lhe como tudo funciona, ele se abaixa ficando com o rosto muito próximo do meu. Seu cheiro invade as minhas narinas, minha pele se arrepia, meu coração bate freneticamente e engulo em seco.

Não resisto e a todo momento olho de canto de olho para ele, que está com o olhar fixo na tela.

Em determinado momento, seu olhar vem em minha direção e meu coração quase salta pela boca.

Estávamos tão próximos, sua respiração quente em meu rosto fez a minha intimidade pulsar. Apertei uma perna na outra e voltei minha atenção para a tela do computador.

— Então é isso, ele havia mudado a senha, por isso não conseguiu acessar!

— Sim!

— Obrigado, Gislene!

Me levanto rapidamente de sua cadeira.

— Disponha... Precisa de mais alguma coisa?

— Não!… Ah, Gislene, se organize para ir almoçar comigo hoje!

… Oi?…

— Tá!

Esse homem tem muita influencia sobre mim, que acabo apenas concordando.

Saio de sua sala e solto todo o ar que segurava em meus pulmões.

Volto ao trabalho e mando mensagem para Ana Paula a convidando para o almoço e para a minha sorte, ela aceita.

Levo alguns documentos no departamento administrativo e acabo demorando mais do que deveria.

Olho no meu celular e tem uma mensagem.

— Onde você está? Estou a sua espera para almoçarmos!

… Eu não acredito que ele tenha o meu número!…

Apresso os passos e ele está sentado em minha cadeira.

Olha no seu relógio de pulso…

— Me desculpe, fui até o departamento administrativo levar os documentos que pediu e acabou demorando!

— Vamos?

Ana Paula entra na recepção.

— Cheguei a tempo! — diz ela.

Seu pai arqueia uma das sobrancelhas, olhando atentamente para mim.

— Eu convidei a Ana para almoçar também!

— Claro!

Ana Paula, segura em seu braço e seguimos os três para o restaurante.

O almoço foi muito agradável, mas ele pareceu não ter gostado muito de eu convidar Ana Paula.

O restante do dia foi tranquilo, ele ficou trancado em sua sala e na hora de ir embora, apenas se despediu e nem olhou para mim.

Fui para casa, ao chegar, tive uma grande surpresa, Raul preparava o jantar.

Tal cena, aqueceu o meu coração, fazia tempo que não presenciava isso.

O abraço fortemente e ele pede para que eu faça a sua barba e corte o seu cabelo.

Assim faço, vamos até o banheiro, corto o seu cabelo e depois faço a sua barba.

— Um novo homem!

— Amanhã vou atrás de um emprego!

— Fico muito feliz, mano!

O nosso jantar foi muito divertido, conversando e relembrando as coisas boas da nossa infância.

Depois do jantar, eu lavo a louça e ele seca.

Após assistirmos um filme, vou para o meu quarto e tento dormir, mas não consigo tirar Nicholas dos meus pensamentos.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***