Maria caminhou pelo parque com o coração leve, decidida a
confrontar Lemuel e se abrir sobre seus sentimentos. Enquanto pensava em como
explicaria a ele a confusão que sentia, uma mensagem chegou ao seu celular,
interrompendo seus pensamentos. Era uma notificação de um número desconhecido.
Curiosa e um tanto apreensiva, ela abriu a mensagem.
“Maria, sou eu, sua mãe. Eu preciso conversar com você. Não estou longe. Por
favor, me dê uma chance para explicar.”
O mundo ao seu redor pareceu parar. Maria ficou paralisada,
olhando fixamente para a tela, suas mãos tremendo levemente. A mente dela
girava em uma mistura de emoções: confusão, raiva, esperança e dor. “Mas como
assim? Eu pensei que ela me abandonou!”
Ela se sentou em um banco, o coração acelerado. As memórias
de sua infância, todas as noites passadas esperando por um sinal dela,
inundaram sua mente. “Por que ela não voltou antes? O que aconteceu para que
ela sumisse?” Cada pergunta se transformou em um furacão de sentimentos não
resolvidos.
Maria não sabia o que fazer. Ela havia passado toda a sua
vida sonhando em reencontrar sua mãe, mas também havia construído uma vida ao
lado de sua avó e, mais recentemente, de Lemuel. “Será que sou forte o
suficiente para lidar com isso? E se ela não for quem eu espero que seja?”
Com o coração em conflito, decidiu que precisava saber mais.
Maria imediatamente respondeu à mensagem, pedindo mais informações e um local
para se encontrar. Após alguns minutos de espera que pareceram uma eternidade,
sua mãe respondeu. “Eu estou na antiga casa onde morávamos. Posso te esperar
lá.”
A ideia de voltar à casa onde havia vivido como criança a
assustava, mas ao mesmo tempo a atraía. Era um lugar repleto de lembranças,
algumas boas e outras dolorosas. Ela ponderou sobre o que significava para ela,
e o peso da decisão começou a se instalar em seu peito.
“E se essa for a chance que sempre esperei? E se ela me
contar a verdade? Não posso deixar essa oportunidade escapar”, pensou Maria,
decidida.
Ela rapidamente mandou uma mensagem a Lemuel, explicando que
precisava fazer algo importante e que eles poderiam conversar mais tarde. O
receio de como ele reagiria a essa nova informação não a abandonava, mas sua
prioridade agora era descobrir a verdade sobre sua mãe.
Quando chegou à antiga casa, Maria hesitou na porta. O lugar
estava coberto de folhas e parecia ter sido abandonado por muito tempo, mas ao
mesmo tempo, cada parede tinha uma história para contar. “Estou pronta para
enfrentar isso,” disse a si mesma, respirando fundo antes de abrir a porta.
Dentro, o cheiro de mofo e poeira a envolveu. Cada passo
parecia carregado de nostalgia. E então, no fundo da sala, ela viu uma figura
familiar, a mulher que havia perdido há tanto tempo.
**“Maria...”** a mãe sussurrou\, com os olhos brilhando de
lágrimas. “Eu nunca quis te deixar. Houveram circunstâncias que me forçaram a
me afastar de você.”
Maria ficou em silêncio, seu coração pulsando
descontroladamente. **“Por que você não voltou? Por que me deixou sozinha?”** a
dor em sua voz era evidente.
A mãe de Maria tentou se aproximar, mas Maria recuou, ainda
cheia de desconfiança. “Eu não sei se posso confiar em você. Eu passei a vida
toda sem você. O que me faz acreditar que agora você realmente quer estar
aqui?”
A mulher engoliu em seco, sua expressão cheia de remorso.
“Eu sei que as palavras não são suficientes. Eu estou aqui porque eu quero
corrigir os erros do passado. Mas antes, preciso que você saiba a verdade. Eu
nunca quis te abandonar, e eu lutei todos os dias para voltar.”
A conversa que se seguiu foi repleta de revelações dolorosas
e verdades não ditas. Maria aprendeu sobre os desafios que sua mãe enfrentou e
o porquê de seu afastamento. Cada palavra parecia pesá-la, mas ao mesmo tempo,
havia uma parte dela que queria acreditar na sinceridade daquela mulher à sua
frente.
“Eu não sei se posso te perdoar, mas quero entender. Eu
quero entender o que aconteceu”, Maria disse, seus olhos se enchendo de
lágrimas.
A mãe dela sorriu tristemente, cheia de esperança. “Por
favor, me dê uma chance. Podemos começar a reconstruir o que foi perdido. Mas
isso leva tempo.”
Enquanto as duas conversavam, Maria se lembrou de Lemuel.
Ele sempre havia sido seu apoio, alguém que esteve ao seu lado durante os
momentos difíceis. Mas agora, com a revelação de sua mãe, o futuro parecia
incerto.
A pergunta pairava no ar como um fantasma. “Eu aceito o
retorno dela e arrisco tudo o que construí ou me protejo e deixo essa chance
escapar?”
**Pergunta:** Maria aceitará o retorno de sua mãe ou será
tarde demais para a reconciliação?
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Bárbara Aparecida Dos Santos
🥰🥰🥰🥰🥰🥰
2024-08-27
1
Priscila andrade
Ai que lindo 🤩
2024-07-24
2
Marcia Mota
Que estória linda!!
2024-07-09
1