Maria mal conseguia pensar na conversa que teve com JK
quando ele a abordou novamente, desta vez em um lugar mais isolado. Ela estava
sentada em um parque, tentando clarear a mente sobre tudo o que aconteceu. A
última coisa que queria era mais drama, mas JK parecia sempre encontrar um
jeito de se infiltrar em sua vida.
“Oi, Maria”, ele disse, aproximando-se com um semblante
sério. “Posso me sentar?”
Ela hesitou, mas acenou com a cabeça, sentindo o peso da
ansiedade. “O que você quer, JK?”
“Quero falar sobre seus pais”, ele respondeu, a voz mais
grave. Maria sentiu um frio na barriga. “Eu sei onde eles estão.”
As palavras dele a atingiram como um soco no estômago. O
passado que ela havia tentado enterrar havia retornado. “O que você sabe?”, ela
perguntou, a voz quase um sussurro, sentindo que todo o seu corpo estava em
estado de alerta.
JK observou sua reação e sorriu, mas não era um sorriso
amistoso. “Antes de eu te contar, você precisa entender que a verdade pode ser
dolorosa. E você precisa estar pronta para ouvir o que tenho a dizer.”
“Eu não sei se confio em você, JK”, Maria disse, tentando
manter a calma, mas a inquietação era visível em seu rosto.
“Confiança é um luxo que você não pode se dar ao luxo de ter
agora, Maria. Seus pais são uma parte importante da sua vida, e você tem o
direito de saber a verdade sobre eles”, JK insistiu. “Estão vivendo bem longe
daqui. Eu poderia te ajudar a encontrá-los, mas isso depende de você.”
Maria se sentiu paralisada. Por um lado, havia uma
necessidade desesperada de saber o que havia acontecido com seus pais, mas, por
outro lado, sabia que JK não tinha um histórico de honestidade. “Por que você
faria isso? O que você ganha com isso?”, ela perguntou, a desconfiança
transparecendo.
“Porque, no fundo, eu me importo com você, Maria. E sei o
quanto isso significa para você. Olhe, eu não sou um monstro. Eu só quero que
você tenha as respostas que merece. Se você se decidir por Lemuel e essa vida
tranquila, você vai precisar saber quem você realmente é”, ele disse, os olhos
fixos nos dela.
Maria se sentiu perdida. Uma parte dela queria acreditar em
JK, mas ele havia manipulado tanto de sua vida que a confiança parecia
impossível. “Por que você não me disse isso antes, se realmente se importava?”,
ela questionou.
“Porque eu queria ver até onde você iria. Eu queria ver se
você estava disposta a abrir mão do que é confortável para buscar a verdade. E
a verdade pode doer”, JK respondeu, sua expressão sombria.
As palavras dele a deixaram atordoada. Maria começou a
refletir sobre o que isso significaria para sua vida. Será que descobrir sobre
seus pais seria um caminho para o fechamento que tanto precisava? Mas o que
aconteceria se as respostas não fossem o que ela esperava?
“E se eu decidir que quero saber mais?”, perguntou Maria, a
voz tremendo. “Você me levaria até eles?”
JK hesitou por um momento, antes de assentir lentamente.
“Sim, eu posso te ajudar. Mas eu preciso que você se comprometa a não se
afastar de mim depois disso. Você pode não querer me ouvir, mas sou a única
pessoa que sabe o que você precisa saber.”
Maria olhou para o chão, seu coração pesado com a indecisão.
Ela sempre sonhou em ter uma resposta sobre o que aconteceu com seus pais, mas
agora que a possibilidade estava diante dela, o medo a dominava. E o pensamento
de confiar em JK tornava tudo ainda mais complicado.
“Você está disposta a descobrir a verdade sobre seus pais,
mesmo que isso signifique se expor a uma realidade que pode ser dolorosa?” JK
questionou, rompendo seu silêncio.
Maria fechou os olhos por um momento, respirando fundo. Ela
sabia que precisava tomar uma decisão, e a ansiedade a consumia. O que seria
mais doloroso: viver com a incerteza ou enfrentar a verdade?
**Pergunta:** Maria está disposta a descobrir a verdade
sobre seus pais, mesmo sabendo que isso pode mudar tudo?
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Nilce Fernandes
Eita, isso vai dar ruim pra ela.
2024-11-15
0
Cintia Cristina Adriano
vixi
2024-07-09
2
LMCF
Está enganada Maria... não foi mesmo uma despedida
2024-07-05
1