Vinícius
Algumas semanas depois...
Se eu pudesse mataria aquele cara, como ela ainda pode continuar com ele, depois do que aconteceu? Eu decifro códigos sem fim, acesso vários programas com criptografia de ponta e ainda sim não consigo entender o que se passa com Sofia.
Códigos, scripts, programas são bem mais fáceis de lidar.
Eu já tentei de tudo, mas ela não quer a minha ajuda, não há nada que eu possa fazer. Eu preciso aceitar isso.
Ouvi o telefone na minha mesa tocar e atendi.
— Fala Fábia...
— Senhor Vinícius, o senhor Hunter está aqui, quer falar com o senhor...
Eu devia cortar os laços com esse cliente.
— Pode liberar, Fábia.
Foi o tempo de eu colocar o telefone no gancho para ele abrir a minha porta.
— Hunter, que eu lembrei não temos nada marcado para hoje.
— Eu sei, passei aqui para ver como está o desenvolvimento daquele aplicativo, afinal investi um bom dinheiro naquilo.
Porque eu ainda cismo de fazer parceria com outros? O aplicativo que ele pediu para eu criar, é fraco, quem vai querer perder tempo usando um aplicativo que te diz o horário que precisa tomar água? É uma ideia genial, mas fraco.
Mas aqui fazemos o gosto do cliente, pediu, criamos.
— Ele já tá pronto! Fale com o Natan lá em baixo que ele irá passar as informações.
— Obrigado.
— E Hunter. Fechamos a nossa parceria aqui. Quando precisar de um programador, procure outro.
— Como assim Vinícius? Eu sou uma peça fundamental para essa empresa funcionar.
— Hunter, digo e repito. Você é apenas mais um cliente entre outros clientes. Não está com essa bola toda não. Fale com o Natan, agora se você me dá licença, tenho assuntos para resolver. — Pedi mexendo no notebook.
Ele saiu pisando duro, mas Hunter virou uma pedra no meu sapato. É melhor afasta-lo de vez.
...----------------...
Havia ido almoçar, e assim que sai do elevador vi Sofia sentada no banco da recepção do andar presidencial.
— Sofia… — Estranhei a sua presença, e ela havia emagrecido mais, o seu rosto está chupado e os ossos estão bem aparentes.
— Desculpa senhor, ela insistiu em esperar aqui... — Fábia disse nervosa. Nem sou um péssimo patrão para ter medo de mim.
— Está tudo bem, Fábia. Não se preocupe. — Ela respirou um pouco mais aliviada e eu me virei para a Sofia. — Então, o que faz aqui?
— Oi Vinícius, será que eu posso falar com você?
— Claro, me acompanhe até a minha sala. Fábia, se alguém quiser falar comigo, estou ocupado, e não atenderei ninguém, se for urgente você marca o recado.
— Sim, senhor.
— Vamos... — Indiquei o caminho para a Sofia, ela andou na minha frente, e pude notar seu quadril magro, que corta o coração, nunca havia visto uma mulher tão magra.
Abri a porta, ela entrou cabisbaixa e apertando a mão uma na outra.
— Aceita um chá, uma água, um café, um suco? — Apontei a cadeira para ela sentar.
— Não, obrigada.
— Por favor Sofia, tome alguma coisa...
— Tudo bem, um suco de laranja então...
— Certo. — Peguei o telefone, discando no ramal da Fábia.
— Senhor?
— Fábia, providencie para mim um suco de laranja...
— Sim, senhor.
Coloco o telefone no gancho e me sento na sua frente.
— Vinícius, você disse que se eu precisasse, eu poderia vir falar com você.
— Sim, mas pensei que me ligaria...
— Eu perdi o seu cartão, achei a sua empresa na internet, não poderia vir aqui?
— Claro que poderia, só fiquei surpreso com a sua presença. Mas me conte no que eu posso te ajudar?
— Júlio e eu voltamos há três semanas... — Ouvir o nome dele embrulha o meu estômago. — Mas eu não aguento mais ficar perto dele, eu quero distância daquele homem, que só sabe me lembrar como eu estou feia, cabelo ressecado e gorda.
Ah então é esse verme que mexe com o psicológico dela, ele está fodendo com a mente dela.
— Sofia...
— Deixa eu terminar. Enfim, eu quero me livrar dele, mas toda vez ele ameaça a mim ou a minha mãe.
— Já pensou em ir a polícia?
— Já, mas Júlio conhece metade das pessoas aqui e conhece muitos policiais, seu pai é advogado, não irá dar em nada para ele, só fará ele ter mais raiva de mim e me espancar outra vez. Eu preciso da sua ajuda para me livrar daquele embuste de uma vez por todas...
Antes que pudéssemos continuar, seu suco havia chegado.
— Obrigado, Fábia. — Agradeci e vi Sofia tomar com uma certa careta. — Está tudo bem?
— Está sim, então como eu dizia, eu sei que te tratei mal por esses meses, mas é que não sei a quem recorrer para me ajudar.
— Tudo bem, Sofia. Não se preocupe, eu te ajudarei, eu tenho um conhecido que é dono de uma rede de seguranças, ele vai nos ajudar. Vou acertar tudo com ele, hoje mesmo e assim que tiver tudo pronto, eu te aviso.
— Obrigada, Vinícius. Prometo te retribuir quando eu puder.
— Você pode me retribuir, marcando uma consulta com o médico. O que acha? Uma mão pela outra.
— Ah Vinícius... — Ela estalou a língua.
— Por favor, Sofia. Só uma consulta.
— Tudo bem, uma consulta. Embora seja perda de tempo e dinheiro..
Sofia foi embora logo após ela terminar o suco, quer dizer tomar parte dele, já que metade ficou no copo.
Liguei para o Harry, ele era um dos donos da 3irmãos security. Conheci ele quando eu precisei contratar seguranças para a minha empresa. Todos os meus seguranças são de lá.
— Harry... — Ele atende.
— Harry, aqui é o Vinícius da vinitech...
— E ai Vinícius, precisando de algo?
— Eu poderia te encontrar, se pudesse hoje mesmo.
— Claro, consegue me encontrar na cafeteria da Vila prudência?
— Consigo sim, que horas?
— Daqui à meia hora.
— Tudo bem, te vejo lá.
Espero que ele me ajude com o que eu preciso, ainda mais ele que é um ex policial. Ele pode me dar uma luz.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Mariane Nana 🌺
querida vc nao esta gorda é o embuste q precisa de óculos pois acredito q ele nao deve se enxerga direito e menos ainda vc e outra ele só ofende vc pq vc permite e tbm pra ele se sentir melhor
2024-07-01
2
Mariane Nana 🌺
sim pois é ele fodeu a mente dela todinha, tadinha nem consegue se enxerga no espelho
2024-07-01
1
Mariane Nana 🌺
posta maisssss
2024-07-01
0