Sofia
Eu sei que me comportei feito uma criança birrenta, mas o cheiro da comida estava fazendo o meu estômago doer e protestar de fome, mas eu não posso comer, eu preciso emagrecer a todo custo.
Eu não queria ter gritado com o Vinícius, mas ele é muito insistente. Ele quer saber muito, não posso simplesmente contar para ele, essa minha ânsia de emagrecer, ele não entenderá, na verdade ninguém entende.
Ouço uma batida na porta e dois policiais entram pela porta.
— Boa tarde, sou o Cabo Celso e esse é o meu parceiro Cabo Bruno. Precisamos pegar o seu depoimento. — Ele aperta a minha mão e carrega consigo um caderninho.
— Tudo bem.
— Estamos sabendo do ocorrido que houve com a senhora no dia de ontem. Por favor, queira nos explicar o que aconteceu.
— Eu estava no carro do meu namorado Júlio Hernandes, voltávamos de uma festa, quando eu fui surpreendida com socos.
— Qual foi o motivo da agressão? — Policial Perguntou.— Porque ninguém bate do nada... — O tal policial Bruno perguntou e realmente não consegui entender o que ele queria dizer. Ele estaria me culpando?
Ignorei a sua fala e respondi.
— Traição, ele estava me traindo, quando eu o flagrei e tentei terminar, mas ele não aceitou o término.
Lembrar dessas coisas traz dor no meu peito. Eu o amava tanto.
— Certo, precisamos do endereço da casa dele e de tudo o que sabe sobre ele. O Cabo Bruno irá pegar essas informações com você. Eu vou conversar com o médico que está te atendendo.
O policial Celso sai do quarto e ficamos só eu e o policial Bruno.
— Do que precisa? — Pergunto ao Cabo.
Ele dá passos certeiros em minha direção e fica a centímetros de distância de mim.
— Seguinte, você não irá prestar nenhuma queixa contra o meu amigo, senão Júlio irá atrás da sua mãezinha e com a saúde frágil dela, acidente pode acontecer, você não acha? Foi claro, o suficiente? — Perguntou.
O policial usa um tom ameaçador, que me dá medo e eu temo pela vida da minha mãe, então eu acabo concordando. Lágrimas grossas descem do meu rosto, vejo que não conheço o Júlio de verdade.
A porta é aberta novamente, e o Vinícius entra no quarto.
— Tá tudo bem Sofia? — Ele pergunta olhando para o policial e depois para mim.
— Está, eu só estou abalada com tudo que está acontecendo. — Minto mais uma vez.
A minha vida se tornou mentira, tudo que eu faço é mentir.
— E vocês estão aqui para? — Vinícius perguntou olhando para o policial loiro.
— Pegar o depoimento dela, como manda o protocolo. — O policial Bruno responde medindo Vinícius de cima a baixo.
O outro policial entra e se apresenta para o Vinícius.
— Já peguei tudo, Celso. — O Bruno levanta o bloquinho.
— Ótimo, também já estou com tudo. Tenham uma ótima tarde.
— Obrigado, vocês também.
Os policiais saem e eu fecho os olhos.
Uma moça da limpeza, limpa o quarto, onde eu derrubei a comida.
— E você não comeu mesmo. — Lá vem ele insistindo de novo.
— Não…
— E não tá com fome?
— Já disse que não.
Ficamos calados, já que não temos nenhum assunto em comum.
...----------------...
O dia passou, Vinícius me forçou a tomar um chá, que assim que ele saiu eu coloquei para fora.
Já não estava mais aguentando levar essa vida, mas eu precisava ser forte. Porque ele insiste tanto? Porque quer saber muito?
Ele não tem mais obrigação comigo, ele já me ajudou, ele então poderia seguir a sua vida para que eu possa seguir a minha também. Mesmo eu sendo ríspida, ele não desiste, está sempre em cima.
E mais uma vez, ele preferiu dormir nessa poltrona dura, do que ir para a sua casa, que deve com certeza ser bem aconchegante. Vai entender esse homem.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Sonia
Mais uma história de mulheres fracas... misericórdia.
2024-09-13
1
Claudia
Caramba esse safado fez uma lavagem cerebral e sem contar que ela está grávida e na cabeça dela ela precisa emagrecer e agora tem esse policial 🤬🤬🤬🤬🤬🤬
2024-06-29
2
Mariane Nana 🌺
vixe esse certeza q é corrupto e ainda apoia o traste
2024-06-29
1