Sofia
Nesse fim de semana, eu não tinha nada programado, então apenas tomei banho, dei os remédios para a minha mãe e fiquei deitada na cama mexendo no celular. Acabei pegando no sono.
Mas ao acordar ouvi um buchicho vindo da sala e fui até lá.
— Júlio? — Me espantei com a presença dele.
— Oi meu amor, estava aqui conversando com a minha sogra...
— O que você está fazendo aqui dentro? — Perguntei a minha mãe não gostava dele.
— Fui eu que deixei ele entrar. Você estava dormindo, e eu não queria te acordar, então permiti que ele te esperasse aqui dentro. — A minha mãe respondeu. — Aliás porque não me contou que você tinha brigado com ele?
— Como assim? — Ele não seria idiota de dizer que me bateu.
— Ele me disse, depois que eu perguntei a ele. Porque ele tinha sumido. Ai ele disse que vocês dois tinham brigado, mas que já estava tudo resolvido.
— Vamos amor, não quero atrasar para o cinema...
— Cinema?
— Sim, eu disse que viria, lembra?
— Claro, só vou trocar de roupa...
O que ele tá fazendo aqui? Como a minha mãe deixou ele entrar aqui? Sem ter escolha me arrumei para ir ao cinema com ele.
Terminei de me arrumar, colocando uma calça jeans, uma regata, e tênis.
— Tchau mãe...
— Tchau filha...
— Vou chamar a vizinha para tomar conta de você...
— Filha, não sou criança...
— E se a senhora passar mal? E não tem ninguém aqui, não, isso não está em discussão.
— Tudo bem, né...
Deixei um beijo na sua bochecha e quando eu ia saindo, Júlio tentou colocar a mão sobre a minha, mas eu tirei.
— Não seja malcriada, segura a minha mão.
— Não quero...
— Sua mãe vai perceber. — Sussurrou no meu ouvido, colocando o meu cabelo para trás, isso me causou repulsa, mas segurei na sua mão.
Passei na vizinha e pedi para ela ficar com a mamãe, que assentiu, então entrei no carro do Júlio.
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Eu havia ficado com medo de onde ele me levaria, afinal se ele já me deu uma surra, só Deus sabe o que ele é capaz de fazer.
Porém para a minha surpresa, ele realmente havia me trazido ao shopping.
— Eu disse sério, quando falei que íamos vir ao cinema.
— O que você quer Júlio? Volta para aquela garota, que você estava pegando.
— Eu já pedi desculpa, Sofia. Você me fez fazer aquilo, olha o seu tamanho. Você viu como ela era gostosa?
— Sério, Júlio? Me esquece, estou muito gorda pra você... — Falei saindo na frente dele, mas ele segurou os meus braços.
— Acho bom, você não me dar as costas, não brinca comigo, Sofia. Sabe que eu tenho muitos conhecidos, se você não quiser que nada aconteça a sua mãe, é melhor andar direitinho comigo... — Fechei a cara, mas atendi aos seus comandos.
Andei lado a lado, segurei a sua mão e ainda permiti que ele me desse alguns beijos na bochecha, mas quando ele ia beijar a minha boca eu não permitia.
— Beija a minha boca, e eu saio gritando para todo mundo que você é um espancador de mulher. — Falei muito sério, tirando coragem de onde eu nem sabia que eu tinha.
— Experimenta para você ver... — Ameaçou.
— Me beija e verá, se grito ou não... — Me afastei dele.
E comecei a andar na sua frente, mas então eu vi Vinícius em frente a uma loja, e ele estava um gato, com aquela bermuda jeans e a camisa polo, mostrando seus músculos na medida certa. Antes que ele pudesse me ver, eu me virei mas dei de cara com uma menina.
— Oi. — Ela disse.
— Oi.
— Eu me chamo Sara, qual o seu nome?
— Sofia, cadê a sua mãe?
— Eu tô com o meu pai, ele veio comprar brinquedo pra gente, mas ele está ajudando o Igor a escolher uma bola.. — A menina rolou os olhos.
— Sara... — Ouvi a voz dele e o meu coração acelerou. — Quantas vezes, eu disse para não sair de perto de mim? E conversar com estranhos?
Me virei para ele, e ele me olhou por alguns segundos.
— Oi Sofia...
— Você conhece ela papai?
— Ela é uma amiga do papai. Vamos lá pagar as coisas, pois precisamos comprar alguma coisa para comer, Hugo está com fome...
— Ele sempre tá com fome. — Lá estava a revirada de olhos. — Tchau Sofia. — A menina saiu saltitando até a loja.
— E você como está? Você não me dá notícias...
— É, eu ando um pouco ocupada... Mas obrigada pela preocupação.
— Sofia... — Ouvi Julio me chamar.
— Tenho que ir...
— Não acredito! Você voltou com esse verme?
— Não interessa para você, não é mesmo? Cuida dos seus filhos, deixa que da minha vida, cuido eu... — Me virei para encontrar com o Júlio.
— Quem era o engomadinho? — Júlio perguntou apontando para o Vinícius, e eu fingi desdém, dando pouca importância para ele.
— Não interessa, é alguém sem importância para nós. Vamos logo nesse cinema, antes que eu resolva ir para a casa. — Falei e fui para a fila comprar os ingressos.
Melhor manter o Vinícius longe do Júlio, ou capaz do Júlio o matar.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Divina Rosa
𝚐𝚊𝚛𝚘𝚝𝚊 𝚒𝚍𝚒𝚘𝚝𝚊
2024-07-13
2
Jheymes Oliveira
É uma triste realidade que muitas mulheres enfrenta
2024-07-09
0
Nilza Maria
Demora tanto a atualizar que tenho que voltar ao primeiro capítulo. para entender
2024-06-30
0