Vinícius
Eu queria poder forçar ela a se alimentar, se eu pudesse a amarrava na cama e descia comida abaixo.
Mas não posso, eu infelizmente preciso ver ela se privando de ser saudável, de ter uma boa alimentação.
Segunda feira chegou, Cláudio já veio ver ela, e deu alta para ela, passando uma boa dieta, remédios, e encaminhamento para a nutricionista.
Eu disse que bancaria tudo, mas ela brigou comigo e aceitou apenas o remédio para dor e a compra de alimentos, o que eu fiquei muito feliz, pois ela se alimentaria direito.
Mas ela não quis a consulta com a nutricionista, disse que não ia passar, então acabei cedendo, mais uma vez.
Deixei ela em sua casa.
— Sofia, é você filha? — Ouço uma senhora.
— Sou eu, mamãe, estou entrando com um amigo. — Sofia avisa entrando devagar.
— Estou aqui na sala filha.
A casa é bem simples, mas ajeitada, é uma casa de fundos, para entrar precisa passar por um extenso corredor.
— Minha nossa senhora! o que aconteceu com você filha? — Com certeza se assusta com os hematomas no rosto da filha.
— Eu tive um acidente, mas já estou bem mãe. — Que mentira! — Mãe, esse é um amigo meu, Vinícius. Foi ele quem me ajudou.
— Muito prazer, Vinícius. — A senhora me estende a mão.
— Igualmente, senhora. — Deixo um beijo em sua mão.
— Olha filha, que cavaleiro. Bem diferente que aquele verme do Júlio.
— Mãe! — Sofia briga com a mãe.
— Só falo verdades. — A senhora diz.
— Sofia, onde posso colocar as coisas? — Perguntei levantando as sacolas.
— Pode deixar na mesa, depois eu guardo tudo. — Responde tirando os sapatos.
— Tem certeza? não quer que eu guarde?
— Não precisa, já fez muito. Eu consigo guardar depois. — Sofia diz, ela está praticamente me expulsando da casa. Com certeza, com medo de eu dedurar sobre o verme do Júlio.
— Tá bom então. — Coloco as coisas em cima da mesa. — Então, é isso. Aqui o meu cartão com o meu número para falarmos sobre.. — Aponto para sua barriga. — Realmente espero sua ligação de volta. — Falo sincero. Quero mesmo que ela me telefone e não mude de ideia quanto ao bebê.
— Ok, entrarei em contato. — Ela me acompanha até a porta. — Tchau Vinícius, obrigada por tudo.
— Não tem de quê… — Deixo um beijo na sua testa e pego as chaves do carro.
Agora é enfrentar os negócios da empresa.
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A Vinitech é uma empresa onde desenvolvemos jogos, aplicativos, programas e tudo que envolva a tecnologia, ultimamente eu não crio mais, porque eu já tenho funcionários para isso, mas se vem uma ideia, eu tiro do papel com certeza.
Trabalho no prédio que atualmente é a sede, que fica aqui na cidade de Campos, depois tenho alguns polos espalhados pelo Brasil, e recentemente consegui abrir um polo lá nos Estados Unidos e no Japão.
— Bom dia chefe! — Cumprimento o porteiro.
— Senhor Vinícius, já falei que não fica legal você ficar me chamando de chefe. — Seu Nadir resmunga.
— E eu disse que isso não é nada demais. Tenha um bom dia, chefe. — Sorri e entrei no prédio.
— Bom dia! Senhor Vinícius… — A recepcionista da entrada me cumprimenta.
— Bom dia! Melissa.. — Entro no elevador. E aperto o décimo quinto andar, onde fica a sala presidencial.
— Por favor, segura para mim…. — Ouço Katherine pedir.
Katherine trabalha comigo há anos, ela é uma das diretoras responsáveis pelo financeiro.
— Bom dia, Katherine…
— Bom dia, Vinícius…
Ela é uma moça bem bonita, cabelo preto, olhos azuis, um corpo na medida certa, me interessaria se eu pegasse pessoas do trabalho.
— Como foi o fim de semana? — Perguntou jogando o cabelo para trás, só para se olhar no espelho do elevador.
— Bem, na medida do possível e o seu?
— Bem, peguei um boy na balada, que delícia. Já quero mais…— Disse passando um batom vermelho.
— E o que aconteceu de pega e não se apega? — Perguntei rindo.
— Fazer o quê? O cara tem o molho. — Ela desce no seu andar. — Bom trabalho, Vinícius.
— Igualmente. — As portas se fecham.
E sigo até o meu andar.
— Bom dia! Senhor Vinícius, o senhor Valmir ligou e pediu urgência para falar com o senhor. — Minha assistente pessoal, vai me atualizando, enquanto caminho até a sala. — O senhor Hunter também não para de reclamar sobre a falha no script, precisa que mande alguém para ontem resolver o problema.
Hunter é um dos meus clientes mais exigentes, mas ultimamente nada tá bom para ele. No começo ele não era assim.
— Esse cara tá se tornando um saco. Só isso, Fábia? — Coloquei a minha pasta na mesa.
— Sim, senhor.
— Obrigado, estarei na minha sala, para qualquer coisa. — Cumprimento a minha secretária.
Pego um café, só ele para me deixar acordado. E vamos para mais um dia.
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Atualizado até capítulo 101
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