Capítulo 17

...ROMAN...

Senti que Emma estava se afastando de mim, tentando ao máximo não me acordar. Eu a agarrei pela cintura e a puxei de volta. Ela gritou quando a coloquei em cima de mim. Suas lindas bochechas ficaram rosadas. Eu amava faze-la corar.

Emma era muito sexy, mesmo sem saber disso. A maneira como ela mordia o lábio quando estava tímida ou nervosa, a maneira como seu corpo reagia ao meu toque era incrível. Cada curva de seu corpo me deixava em choque, mas ela não sabia o quão incrível ela era?

Eu sei que as palavras de Mia a afetaram mais do que ela deixou transparecer. Quando ela escapou de meus braços, me senti impotente. Mia não era nada mais do que uma foda fácil quando eu estava entediado. Ela não é nada, absolutamente nada, comparada à minha princesinha.

Antes de Emma, eu não seria pego sendo carinhoso com nenhuma garota. Elas desenvolviam sentimentos muito rapidamente. Eu estava começando a me perguntar se era o contrario com Emma e eu.

Cada vez que eu a tocava e olhava em seus olhos caramelos, sentia como se estivesse caindo mais fundo. O que está acontecendo comigo?

- Você só vai ficar olhando pra mim? – Emma deixou escapar timidamente, sorrindo pra mim. Ela é tão linda.

- Sim, acho que devo, - eu sorri, esfregando suas coxas, observando-a morder os lábios. – Então, aqueles passos de dança na noite passada... eles eram interessantes.

Emma imediatamente colocou as mãos no rosto. Eu tirei suas mãos, segurando-as ao lado dela. Ela deu uma risadinha.

- Eu estava abastecida com álcool, Roman.

- Este seu corpo, puta merda, - eu gemi, apertando sua cintura com minhas mãos.

- Roman! – Ela gritou enquanto um lindo sorriso se espalhava por seu rosto.

Seus olhos dispararam em meu peito nu e notei outro rubor manchar suas bochechas. Ela faz muito isso. Seus olhos encontraram os meus mais uma vez, exibindo manchas de desejo. Seus lábios se separaram ligeiramente. Ela estava me examinando. O pensamento fez meu membro ganhar vida.

- Gosta do que vê, princesinha?

- Sim, - ela sussurrou, enquanto me lançava um sorriso tímido, acenando com a cabeça.

...****...

...EMMA...

Depois de passar um tempo na academia treinando alguns exercícios que Roman havia me mostrado, senti meu estomago clamar por alimento. Peguei meu telefone e liguei pra Jane.

- Bom dia, Emma!

- Bom dia, Jane. Já se recuperou da noite passada?

- Ahhh, não...

- Então, acho que almoçar deve estar fora de cogitação?

- Almoço? Te pego em meia hora.

Eu ri enquanto desligava a chamada. Almoçar com Jane era exatamente o que eu precisava. Fui tomar um banho e coloquei um vestido rosa soltinho que descia até os meus joelhos. Coloquei um par de rasteirinhas e soltei meu cabelo em ondas.

Desci a escada quando ouvi Jane buzinando na garagem. O sol estava escaldante e eu amei a sensação de seu toque em minha pele. Jane piscou pra mim enquanto eu me aproximava e subia no banco do passageiro.

Ela colocou os óculos de sol no topo da cabeça. Ela usava um short jeans e uma blusa verde soltinha,

- Para onde vamos? – Ela me perguntou.

- A qualquer lugar. O que você gostaria de comer?

- Meu Deus, Emma, não me diga que você é um daqueles demônios indecisos.

Como explicar a ela que eu nunca tinha ido a um restaurante, apenas a eventos sociais com minha família? Eles nunca me autorizaram comer comida da minha própria casa, quem dirá de outro lugar.

- Pode ser um italiano?

Eu concordei com um aceno de cabeça, enquanto aceleramos. Jane não dirigia tão rápido quanto Roman, mas ela adorava ter a capota abaixada e, quanto mais eu ficava sentada em seu carro, mais eu também gostava.

...****...

O restaurante escolhido por Jane era um lugar luxuoso, com iluminação fraca e decoração extravagante. Sentamos numa mesa na outra extremidade e olhamos o menu, que mais pareciam livros pra mim. Jane pediu um pouco de vinho enquanto decidíamos o que comer.

- Vejo que você e meu primo estão brincando um pouco, hein! – Jane sorriu e apontou para o meu pescoço. Tentei controlar o rubor que manchava minhas bochechas.

- Um pouco, - eu sorri. – Adivinhe só, - eu rapidamente mudei de assunto, - consegui o emprego naquela escola que você me falou e eles nem mesmo me entrevistaram.

Os olhos oceânicos de Jane se iluminavam com a noticia e seus lábios se curvaram num sorriso animado.

- Isso é tão bom, Emma, - ela sorriu, - e outra, eles não precisam entrevistar a Sra. Carrero. – Ela zombou enquanto o garçom servia nosso vinho.

- Eu sinto que é trapaça, - eu admiti, mordendo meu lábio e observando o liquido vermelho derramar graciosamente em nossas taças.

- Absurdo! Agarre esta oportunidade, querida. – Jane sorriu enquanto tomava um gole de seu vinho.

Nos distraímos numa conversa animada sobre meu novo trabalho, sobre Mark e o cara com quem Jane estava saindo. Ela dizia ser alguém do trabalho e que não era nada sério.

Eu estava quase terminando meu macarrão, mas minha barriga parecia que estava prestes a explodir. Eu não me arrependi, pois o gosto estava tão bom. Jane pediu licença e foi ao banheiro e eu tomei um gole de vinho.

Meu telefone começou a tocar e eu me repreendi mentalmente. Deveria ser Roman se perguntando onde eu estava. Me esqueci completamente de dizer a ele que iria almoçar com a Jane.

- Alô? - Houve um silêncio do outro lado da linha, mas senti sua respiração. – Olá!

- Você fica bem nesse vestido.

A voz do outro lado da linha enviou um calafrio pela minha espinha. Era a voz que eu tentava esquecer a todo custo, mas que sempre me perseguia em meus pesadelos.

Isso não poderia estar acontecendo.

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