...EMMA...
O sábado chegou rapidamente, e eu temia cada momento. Sheila estava se preparando para a chegada da minha madrasta, Sofia, e sua filha, Paola. Eu estava me sentindo tão confortável ao meu redor ultimamente que a ideia de os ver me deixava nervosa.
A única coisa que me distraia dos Wilson foram os pensamentos sobre Roman. Eu me peguei sonhando acordada com ele sempre que ele não estava por perto. Então eu enrubescia e sentia que todos podiam ler meus pensamentos. Deus, eu esperava estar enganada.
Sheila tinha marcado o almoço na casa principal. Ela mandou decorar a sala de chá com lindas flores. Roman tinha negócios importantes pra cuidar, então não tinha como se fazer presente. Sorte a dele. Meu estomago estava se retorcendo em nós o dia todo e isso não passou desapercebido.
- Você está bem, Emma? – A vos de Soledad me distraiu dos meus pensamentos quando me sentei à mesa do café.
- Sim, está tudo bem. – Foi tudo o que eu pude responder. Eu a encarei de volta com uma expressão vazia. Eu poderia dizer que Soledad queria me questionar mais, mas ela estava ocupada fazendo os preparativos do almoço, então ela mudou de assunto.
Eu coloquei um vestido lilás com ombros largos, que descia até logo baixo dos meus joelhos. Meu cabelo estava modelado em ondas caindo volumosamente ao meu redor. Calcei um par de sandálias e parei para me admirar no espelho. Nada mal, Emma.
Fiquei junto de Richard e Sheila do lado de fora da casa principal, olhando para o longo caminho que levava aos portões principais. Avistei o carro da minha madrasta imediatamente quando ele entrou e eu senti náuseas.
- Emma, querida, como você está? – Sofia guinchou, saindo do carro e investindo contra mim. Eu dei a ela um sorriso educado enquanto ela olhava pra mim com um sorriso falso estampado na sua cara de plástico.
Paola saiu do carro, olhando pra mansão diante dela. Ela ergueu a sobrancelha antes de olhar na minha direção.
- Oi, maninha. – Seu tom sarcástico não passou desapercebido por mim.
As duas cumprimentaram meus sogros antes de entrarem na casa. Seus olhos errantes não podiam ficar em um lugar enquanto caminhavam pelo salão. Nós apreciamos o buffet espalhado nas grandes mesas.
Enquanto Sofia bombardeava Sheila com suas perguntas, Paola me encarava não suportando a ideia de me ver num lugar assim. Ela não conseguia nem esconder sua carranca enquanto examinava o comprimento do meu vestido com seus olhos estreitos.
Eu me perguntei onde estava Roman. Ele deve ter se enterrado no trabalho. Uma parte de mim se sentiu aliviada por não ter que lidar com minha família examinadora, enquanto outra parte desejava vê-lo. Outra parte queria que ele me tirasse daqui.
- Emma, porque você não mostra os arredores pra sua mãe e irmã? – Sheila insistiu. Soltei um suspiro silencioso antes de me levantar da mesa, preparando-me para que as máscaras falsas delas caírem.
Quanto mais caminhávamos, mais suas vozes voltavam a ser como eu sempre me lembrava. Estávamos completamente fora do alcance da voz agora, uma vez perto da ponte floral.
- Eu não posso acreditar que ela mora aqui, - Paola zombou, balançando a cabeça e estreitando os olhos pra mim. – Onde está seu marido? Essa é a única pessoa que vim ver. – Seu sorriso cruel cresceu mais amplo quando ela sentiu meu desconforto.
Minha madrasta não falou muito, ela apenas ficou admirando a ponte, imaginando como poderia conseguir uma para si mesma. Paola se aproximou de mim. Sua bolsa Chanel estava pendurada graciosamente em seu braço.
Afastei-me dela em direção à casa. Eu só tinha de suportar suas palavras dolorosas por mais um pouco. Você consegue, Emma. Prendi a respiração quando Paola se aproximou de mim.
- Ele já te fodeu? – Ela sussurrou e meus olhos se arregalaram em choque.
De repente, ouvi meu telefone tocando na minha bolsa. Eu o achei e segurei no meu ouvido. Era Roman. Não pude evitar o sorriso que se espalhou pelo meu rosto ao som da sua voz.
Paola fez uma careta para o meu rosto sorridente e cruzou os braços contra o peito. Eu estava tendo um pouco de prazer com seu comportamento ciumento. Desliguei e mexo no meu cabeço como uma garotinha.
Voltamos para a casa onde minha madrasta continuou sua louca obsessão por Sheila. Sentamos em torno dos bancos acolhedores no jardim enquanto o sol de verão começou a se pôr.
Agradeci a Deus quando Sofia recusou o convite de Sheila para passarem a noite. Depois do que pareceu uma eternidade, ela se levantou e disse “adeus”. Fiz uma pequena dança mental enquanto as víamos partir.
Meu corpo enrijeceu quando minha madrasta me abraçou de forma exagerada antes de entrar no carro. Eu sorri internamente, animada para ver as costas deles. Paola saltou em minha direção, jogou os braços em volta de mim antes de se inclinar em meu ouvido.
Suas palavras seguintes limparam o sorriso do meu rosto. Um calafrio percorrei minha espinha.
- Gabriel manda lembranças. Disse que está sentindo sua falta.
Seu rosto mudou quando ela olhou pra mim. Eu mal pude reconhece-la. Ela me lançou um olhar astuto, seus lábios se curvando num sorriso de escárnio sinistro. Ela sabia.
O choque percorreu meu corpo quando ela me deixou com os olhos arregalados e a observei entrar no carro. Sempre soube que Paola era uma vadia, mas não sabia que ela era má. Ela sabia o que Gabriel fazia comigo, mas parecia usar isso para me atingir.
Meus joelhos ficaram mais fracos a cada passo que eu dava de volta pro quarto. Eu desabei na cama e minhas lágrimas me acolheram como um velho amigo. Ficou escuro ao meu redor enquanto eu ainda estava lá. Apenas o som das minhas fungadas suaves ecoavam pelo quarto.
Sentando-me lentamente, meus olhos dispararam em direção à porta à esquerda, o único lugar que não me lembro de ter explorado. Deixei minha curiosidade mostrar o caminho enquanto puxava a maçaneta. Desci a escada atrás da porta e encontrei um pequeno corredor que levava a outra porta. Atrás da segunda porta havia uma enorme sala cheia de equipamentos de ginástica.
Tudo parecia novo e brilhante. O cheiro almiscarado de Roman estava por toda a parte. Meus olhos dispararam em direção ao saco de pancadas preto pendurado no meio da sala. O aroma de couro atingiu meu nariz enquanto eu o circulava, arrastando os meus dedos ao longo dele.
Empurrei minhas mãos contra o couro, esperando que balançasse, mas nada aconteceu. Empurrei novamente com todas as minhas forças e bufei o cabelo do meu rosto com irritação quando ele ainda não se mexeu. Eu formei um punho duro antes de empurrá-lo contra o couro preto, deixando escapar um suspiro áspero quando a satisfação ecoou por mim.
- O que você está fazendo aqui, princesinha?
Eu engasguei quando me virei pra encarar Roman. Ele parecia bem em uma camisa de botão preta com as mangas arregaçadas até os cotovelos, expondo seus antebraços musculosos. Seus lábios carnudos estavam ligeiramente franzidos enquanto ele me olhava.
- Nada... eu... eu estava apenas explorando o local... eu já estou indo. Desculpa. – Corri por ele em direção da porta, mas minha respiração cessou quando a mão de Roman encontrou a minha, me puxando de volta pra ele.
Ele ficou atrás de mim enquanto caminhávamos de volta ao saco de pancadas. Seu hálito quente soprou contra meu pescoço, com suas mãos pressionando firmemente em volta da minha cintura.
- Do que você tem tanto medo? – Ele perguntou. Sua voz áspera vibrando contra meu ouvido fez meu coração disparar. Fiquei em silencio, olhando fixamente para o saco de pancadas pendurado à minha frente. – Dê um soco. – Roman exigiu. Eu fechei o punho e bati o mais forte que pude. – De novo, - ele rugiu, conseguindo um pequeno suspiro de mim. – Feche os olhos. – Roman ordenou em meu ouvido.
Instantaneamente, meus olhos se fecharam enquanto continuei meu ataque ao couro áspero. meu coração disparou e eu ouvi a risada sádica. o sorriso sinistro de Paola brilhou diante de mim, com suas palavras queimando minha pele: Gabriel manda lembranças.
A gargalhada sádica do Gabriel uivou em minha mente, enviando uma onda de raiva pelo meu corpo. Senti que golpeava com mais força ao ouvir os gritos de Henriqueta e a vi assustada, com o rosto frágil. Senti as lágrimas rolarem enquanto gritava por ela.
- NÃO! – Eu gritei, socando com todas as minhas forças.
Eu sei que você me quer, Emma. A voz de Gabriel perfurou minha alma quando seu rosto invadiu minha mente. Seu sorriso malicioso se transformou em uma risadinha. Há muito tempo havia perdido o controle do que estava fazendo e senti uma onda animalesca crescer dentro de mim enquanto batia para me defender. abra esses lindos lábios, Emma.
- NÃO! – eu gritei, rasgando a bolsa pesada com minhas unhas. – SAI DE CIMA DE MIM! – Eu rugi quando senti os braços musculosos de Roman me arrastando para longe do meu alvo. – SAI. DE. MIM! – Eu chorei, batendo meus punhos contra o corpo duro diante de mim.
- EMMA! – Roman gritou e meu olhos se abriram para encontrar seu olhar de preocupação. Sua camisa estava rasgada e ele me prendeu contra a parede. O que eu fiz? Seu rosto estava a poucos centímetros do meu e minha respiração ofegante combinava com a sua, tornando-se mais pesada e mais lenta com a exaustão.
Roman bateu as mãos contra a parede e manchas de fúria queimava de seus olhos. Eu fiquei entre seus braços, pronta pra enfrentar a punição que ele daria. Fiquei surpresa por não ter vindo antes. Muito antes.
Seu cheiro almiscarado permaneceu no ar e eu olhava profundamente seus olhos. Eu ansiava por tocá-lo, correr meus dedos por seus cabelos. Eu não tinha certeza do que estava acontecendo comigo.
Ele ergueu a mão e afastou uma mecha de cabelo do meu rosto, seu polegar áspero roçou lentamente meu lábio inferior. Eu olhei em seus olhos quando minha língua encontrou seu polegar, me surpreendendo com minhas próprias ações.
Ele cerrou os dentes com o contato antes de, rudemente, enredar seus dedos em meu cabelo e puxar. Meus olhos se fecharam quando seus lábios roçaram meu pescoço exposto. Mordi meu lábio com antecipação, saboreando essa nova sensação. Meu coração batia furiosamente enquanto meus braços se encontravam em volta do pescoço de Roman.
Dei um pulo e envolvi minhas pernas em torno de sua cintura e ele me pegou sem esforço, me segurando no lugar. Ele foi definitivamente pego de surpresa, seus lábios separando ligeiramente, enquanto sua testa franzia com curiosidade.
Eu não pude evitar, mas soltei uma risadinha com sua expressão, mordendo meu lábio para tentar me conter. Roman me olhou. Agora estávamos cara a cara e eu podia muito bem ver a luxuria em seus olhos.
- Você, Emma, é louca pra caralho, - Ele respirou.
Seus lábios encontraram os meus e ele me beijou. Eu podia sentir o gosto de sua fome. Suas mãos viajaram mais para baixo na minha bunda e ele a apertou levemente. Sua língua quente encontrou a minha e eu me derreti sobre ele.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Solange Araujo
Começaram os jogos....tô dentro
2024-06-28
8