...EMMA...
As portas se abriram e revelaram os tetos altos de cair o queixo. Grandes pilares erguiam-se orgulhosamente ao longo das paredes desta igreja deslumbrante. Meu corpo tremia quando dei um passo para dentro, tentando controlar minha respiração.
Uma doce melodia acústica ecoou por todo o local quando dei mais um passo à frente. Eu podia ver algumas figuras de pé do outro lado do corredor floral através do meu véu. Respirando fundo, forcei meu corpo a se mover novamente, só percebendo, então, que meu pai estava ao meu lado.
Meus olhos se fecharam enquanto eu pensava na minha mãe caminhando ao meu lado, me confortando e me dizendo que tudo ficaria bem. Eu vi o rosto caloroso de Henriqueta quando senti seu toque gentil em minha bochecha. Parecia tão vívido quanto as lágrimas que rolaram pelo meu rosto.
A melodia parou lentamente e eu abri meus olhos. Eu estava parada a apenas alguns centímetros de uma figura alta e imponente. Não ousei olhar para o homem diante de mim. Seu cheiro forte e agradável me atingiu instantaneamente enquanto eu olhava para suas mãos enormes.
Comecei a tremer mais agora que estava parada e tinha certeza de que ele notaria. Um calor irradiou por todo o meu corpo quando senti seu olhar queimando em mim. Eu estremeci quando a voz do padre ecoou através de toda a igreja.
- Ronan Lee Carrero, você aceita Emily Charlote Wilson para ser sua esposa e viverem juntos em matrimônio? Você promete amá-la, confortá-la, honrá-la e mantê-la para o bem ou para o mal, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, ser fiel apenas a ela, enquanto vocês dois viverem?
- Eu aceito! – Uma voz rouca e baixa ecoou e eu respirei fundo, instável.
- Emily Charlote Wilson, você aceita Ronan Lee Carrero para ser seu marido e viverem juntos em matrimônio? Você promete amá-lo, confortá-lo, honrá-lo e mantê-lo para o bem ou para o mal, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, ser fiel apenas a ele, enquanto vocês dois viverem?
- Eu aceito, - eu finalmente falei, me surpreendendo com o quão estável minha voz soava, dado o pânico que girava dentro de mim.
Roman pegou minha mão e seu toque foi gentil, mas firme. Tentei parar de tremer, mas se provou ser impossível. Ele colocou um anel de esmeralda oval de tirar o folego em meu dedo antes de soltar minha mão.
Peguei o anel de Paola que era para Roman e esperei que ele apresentasse a mão, tímida demais para estende-la sozinha. Roman hesitou antes de levantar a mão diante de mim e eu cuidadosamente deslizei a aliança de ouro simples em seu dedo. Minha mão parecia pequena em comparação à dele, mas sua pele era macia e quente na minha.
Chegou a hora de ele levantar meu véu e meu coração, se é que fosse possível, estava ficando cada vez mais louco. Tentei me acalmar, mas vacilei quando Roman se aproximou, levantando os braços.
Minha respiração parou quando ele segurou meu véu e parou por um momento longo antes de deixa-lo cair para trás. Finalmente, reuni toda a minha coragem para encontrar seu olhar.
Os olhos de Roman eram de um verde da cor de uma floresta encantada que floresce no verão. Seu cabelo escuro e macio estava encantadoramente desgrenhado acima de sua cabeça. Seus lábios eram carnudos e sua mandíbula expunha uma leve camada de barba por fazer.
Ele era o homem mais bonito em quem eu já tinha posto os olhos.
Sua expressão não revelou muito quando ele olhou para mim. Senti minhas bochechas corarem quando seus olhos percorreram meus lábios por um momento e depois voltaram aos meus olhos. O que ele estava pensando?
O som de palmas de aprovação ressoou por todo o lugar, fazendo com que Roman e eu nos virássemos para os convidados. Eu vi os rostos encantados do Sr. e da Sra. Carrero na primeira fila, enquanto do lado oposto, os lábios de minha madrasta se curvaram em um meio sorriso.
Meu coração cessou quando Roman pegou minha mão. Ele desapareceu em seu grande aperto enquanto eu o seguia ao longo do corredor para fora do prédio. Ele não tinha meios de se despedir de ninguém enquanto rapidamente me arrastava em direção a um carro esporte preto fosco, estacionado na frente da igreja.
Roman abriu a porta do passageiro e me conduziu ao assento, fechando-a ao entrar. Ele correu ao redor do carro e pulou no banco do motorista, enchendo o carro com seu agradável perfume.
Ele não perdeu tempo antes de acelerar o motor e sair em disparada. Roman dobrou bruscamente uma esquina e parou o carro no final de uma estrada tranquila. Quando ele se virou pra mim, sua expressão era fria e cheia de raiva. As manchas douradas em seus olhos frondosos ficaram escuras enquanto ele me olhava em silêncio.
- Eu pensei que você tinha fugido, - ele finalmente falou, com sua voz rouca vibrando. – Por que você apareceu? Eu deveria sair daquela igreja como um homem livre e não casado com você!
Eu estremeci quando suas mais bateram no volante em frustração. Eu podia sentir que ele estava me observando enquanto murmurava baixinho. Meu coração frenético doeu com suas palavras, mas o que eu poderia dizer? Roman soltou um suspiro de derrota antes de ligar o carro de novo.
- Você não fala? – Ele questionou. Eu podia sentir sua irritação.
- Sim, - respondi baixinho, esperando ser ouvida acima do rugido do motor.
- Eu aceito, - ele zombou sarcasticamente. – Isso é tudo que você pode dizer? - Ele balançou a cabeça em descrença.
Excelente, meu marido era um idiota.
O resto da viagem correu num silencio não tão confortável. Olhei pela janela para a visão das árvores girando. Eu nunca havia saído da minha cidade natal antes, mas estávamos a pelo menos uma hora de distância, em direção ao outro lado da cidade.
Afundei ainda mais no assento de couro e eu podia sentir meus olhos ficando mais pesados. O frio do ar condicionado encontrou minha pele, fazendo com que um arrepio percorresse meu corpo.
Roman pigarreou e me virei para encará-lo. Percebi que ele deveria estar me observando enquanto sua mão se estendia para pressionar um dos botões elegantes diante de nós. O frio gelado desapareceu imediatamente.
Fixei meus olhos na estrada, mas por algum motivo continuei sentindo o olhar do Roman em mim. Eu gostaria de não ser tão tímida. Tirei meu véu e o coloquei no colo. Olhamos um para o outro por um momento, mas rapidamente virei para o outro lado.
Seus olhos eram tão intensos. Era demais para aguentar.
...****...
O som de uma porta de carro batendo me acordou. Eu não tinha certeza de por quanto tempo havia dormido. Olhei para o banco do motorista vazio antes de sair do carro. Roman tinha desaparecido quando um bando de criadas e mordomos enxamearam ao meu redor.
- Bem-vinda ao lar, Sra. Carrero!
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Atualizado até capítulo 37
Comments
🌹
Ela tem de deixar de ser ingênua e ser mais esperta já sofreu muito.
2024-06-29
13
Solange Araujo
Pensei que ele fosse ficar feliz ☺ é enganei, que pena......
2024-06-28
1
NotLiam
Ansiosa pelo que vem!
2024-06-25
1