Capítulo 14

...ROMAN...

Eu tive de acalmar Emma antes que ela se machucasse. A raiva crescendo dentro de mim foi posta de lado por um momento enquanto eu a prendia contra a parede e segurava seus braços ao lado do corpo.

Seus gritos e gemidos pararam repentinamente e seus olhos revestidos de mel encontraram os meus. Agora que ela havia se acalmado, eu poderia me concentrar em tentar entender o que estava acontecendo com ela. O que diabos a fez agir dessa maneira?

Bati minhas mãos contra a parede. Emma parecia derrotada quando senti seu hálito doce contra meu rosto. Por um momento, as manchas douradas em seus olhos brilharam algo que eu nunca tinha visto antes, seus lábios se separaram e seus olhos se estreitaram ligeiramente. Ela era linda pra caralho.

Deslizei uma mecha do seu cabelo para o lado e passei meu polegar contra seu lábio inferior perfeito e macio. Seus olhos eram hipnotizantes enquanto me encaravam. Eu fiquei incrédulo quando sua língua escorregou e lambeu a ponta do meu dedo.

Meus dedos se emaranharam em seus cabelos, inclinando sua cabeça para trás, expondo o seu pescoço liso. Meus lábios se moveram por conta própria indo ao encontro de sua pele quente e macia. Deus, eu a queria. Muito.

Nenhuma outra mulher teve esse efeito em mim, mas algo sobre Emma estava me deixando louco. Eu tive de me conter para não tomá-la aqui mesmo. A inocência em seus olhos ainda brilhava com cada movimento. Tinha de ter cuidado com ela.

Senti suas pequenas mãos envolverem minha nuca e suas pernas se montavam em minha cintura. Meus braços, automaticamente, caíram sobre suas costas prendendo-lhe no lugar. Ela realmente pulou em cima de mim? Tentei estudar sua expressão. O que se passava em sua mente?

Estava duro só de tentar entender o que ela estava fazendo. Foi então que eu ouvi um som que guardaria eternamente em minha memória: o som doce de sua risada, que me fez perder o controle.

- Você, Emma, é louca pra caralho, - eu soltei, jogando meus lábios nos dela.

Seus lábios pareciam ser feitos da mais pura seda. Ela retribuiu a mesma paixão em seu próprio jeito gentil. Ela gemeu enquanto eu aprofundava o beijo, com seus dedos deslizando suavemente pelo meu cabelo.

Usei de toda a minha força pra me afastar dela e olhar em seus olhos de mel, tentando me certificar de ela estava bem. Ela sorriu suavemente, seus olhos tremulando com inocência quando ela mordeu o lábio, ficando com um tom profundo de vermelho. Meus lábios pairaram diante dos dela e não pude deixar de sorrir quando ela me beijou suavemente.

Ela era tao frágil e tao delicada. Eu temia quebra-la, se não fosse cuidadoso. Eu não conseguia parar de olhar pra ela. Eu poderia dizer que seus olhos estavam ficando mais pesados a cada segundo. Ela bocejou antes de sua cabeça cair para o meu ombro e eu pude sentir o cansaço emanando dela. Minha princesinha estava com sono.

Eu a carreguei de volta para o quarto e a coloquei gentilmente sobre a cama. Emma agarrou e puxou meu braço antes que eu pudesse me afastar. Olhei para a beleza deitada sob meu corpo. Seus olhos estavam lutando contra o sono enquanto ela ainda se segurava em mim, quase que implorando para que eu não a deixasse.

Sem dizer nada, deitei ao seu lado. Ela aninhou a cabeça em meu peito e sua mão caiu em meu ombro, agarrando minha camisa rasgada. Ela me segurou com tanta força, que era como se estivesse com medo de que eu pudesse escapar.

- Shhh... durma princesinha. Eu não vou a lugar nenhum. Estarei sempre ao seu lado. – Beijei sua testa e me acomodei.

- Roman? – Ela sussurrou.

- Sim? - Parecia que eu estava esperando uma eternidade por sua resposta, mas quando olhei para seu rosto, o sono já havia a consumido.

Emma estava quebrada.

Ela era linda, louca pra caralho e era minha. Toda minha.

...****...

...EMMA...

Meus olhos se abriram quando a luz do sol invadiu o quarto, caindo graciosamente no meu rosto. Levantei minha cabeça e olhei para o homem divino abaixo de mim. Sua respiração era superficial e ele dormia pacificamente.

Senti meu rosto ficar vermelho enquanto meus olhos percorriam seus lábios carnudos, lembrando como era senti-los nos meus. Soltei um pequeno suspiro quando percebi que estava me apegando a ele, usando-o para proteger os meus medos. Roman me fazia sentir segura e trouxe à tona um lado meu que eu nem sabia que existia.

Jamais imaginei me sentir assim por qualquer homem. Eu esperava que ele me machucasse, mas seus toques eram sempre suaves e gentis. Eu nunca poderia imaginar ele me machucando. Tudo sobre este homem enviava uma onda profunda para as minhas partes mais íntimas.

Não percebi que, com o desejo, vinha outra coisa: uma necessidade, uma dor, uma pulsação lá em baixo. Sabia que era completamente inexperiente em comparação com as mulheres que Roman estava costumado. Impossível estar à altura.

Por que tentar? Eu jamais serei capaz de agradá-lo.

Os olhos de Roman se abriram, me pegando em flagrante. Ele lambeu os lábios e sorriu. Eu soltei um gritinho quando senti suas mais envolverem meu corpo e me levantarem para sentar em cima dele. Nós ainda estávamos vestidos com as mesmas roupas do dia anterior.

Senti o rubor chegar às minhas bochechas sob seu olhar lascivo, mas não conseguia desviar desse olhar. suas grandes mais pousaram em minhas coxas, fazendo meu ponto sensível latejar.

- Sabe, essa era minha camisa preferida. – Sua voz era grave e sexy. Ele gentilmente colocou as mãos nos meus ombros enquanto seus polegares estregavam círculos em volta da minha clavícula.

- Desculpa, foi sem querer, - um som agressivo de rasgo prendeu minha respiração. Meu vestido estava rasgado do decote até a bainha.

Roman sorriu enquanto meu peito era exposto. Meus braços voaram para cobrir meus seios enquanto ficava em tom ainda mais profundo de vermelho. Ele me olhou como se eu fosse sua próxima refeição. Por que ele me deixava tão nervosa? Ele me soltou e se levantou da cama. Seus olhos verdes ficaram presos nos meus enquanto ele tirava a camisa rasgada, seguida pelas calças.

Vendo-o apenas em sua cueca boxer, meus olhos percorreram cada curva e arco de sua forma muscular. UAL. Meus olhos se moveram para a grande protuberância dentro de sua cueca e me senti fisicamente engolir em seco. Estava extremamente quente aqui de repente.

- Você confia em mim, princesinha?

Se eu confio nele? Eu mal o conhecia. Sim, estávamos casados há um mês e eu sabia que me sentia segura perto dele como jamais me senti. Ele não colocou a mão em mim e nenhuma vez me machucou. Ele não me forçou a fazer nada que eu não quisesse.

- Sim, eu confio, - sussurrei.

- Boa. – Seus olhos olharam pra mim, estudando minha expressão. – Do que você tem tanto medo o tempo todo? Desta vez eu quero uma resposta, Emma.

Eu me enrolei pra encontrar as palavras. O que eu iria dizer? Que tenho medo do meu primo, que me agrediu? Eu sabia que não havia nenhuma maneira de eu poder dizer a ele a verdade sem arrastar ambas as famílias nesta confusão. Eu estava longe de Gabriel agora, não havia nenhuma maneira dele chegar até a mim.

- Nada, eu... so sofri muito bullying na escola. E, pelo jeito, teve um impacto maior do que eu mesmo imaginei, - expliquei, tentando parecer casual. Eu não estava mentindo. Estava apenas deixando de lado alguns – na verdade, muitos – dos detalhes.

Roman se inclinou para frente e agarrou meus braços, puxando-os ao redor de seus ombros. Com um grito baixo, minhas pernas enrolaram em sua cintura. Senti uma eletricidade disparar pelo meu corpo enquanto os lábios de Roman acariciavam meu pescoço.

- Porra, você está me deixando maluco, princesinha, - ele sussurrou, mordendo o lábio, olhando do meu rosto ao meu peito. Ele gentilmente me colocou em pé e suas maos permaneceram em minha cintura.

- Estou atrasado para minha reunião matinal, - ele respirou, relutantemente se afastando de mim e caminhando em direção ao banheiro.

Esperei ele fechar a porta e corri de volta para a cama, aconchegando-me nos lençóis de seda. Meu coração estava batendo fora do meu peito, tamanha era minha excitação. Fechei os olhos e tudo o que eu pude ver era Roman. Eu ri para mim mesma e adormeci novamente.

...****...

Acordei com uma leve batida na porta do quarto. Soledad passou a cabeça pela fresta da porta e me disse que Jane estava me esperando na cozinha para tomar o café da manhã. Jane passou a maior parte do dia comigo. Me contou que amanhã seria seu aniversario e que estava convidando a mim e a Roman para comparecer na pequena reunião que iria dar na sua casa em comemoração.

Ela me ajudou a escolher um vestido para eu usar em sua festa de aniversário. Mencionou que uma escola local, fora da cidade, estava procurando por professores para contratar. Meu diploma era de professora, o que aumentou a minha vontade de me candidatar à vaga.

Grace e Soledad já haviam partido quando subi para tomar banho. Vesti uma camisola, prendi meu cabelo em um coque bagunçado e fui para a biblioteca. A casa estava quieta, mas eu gostava da paz. Eu não sabia que horas Roman estaria em casa. Pensei em mandar mensagem pra ele, mas me contive.

A ultima coisa que ele gostaria era uma mensagem da sua esposa. Não queria importuná-lo. Escolhi um livro e o levei para a cozinha. Tirei uma barra de chocolate do armário e sentei-me numa poltrona no canto oposto.

Tinha perdido a noção de quanto tempo estava ali, antes de meus olhos olharem para cima e encontrar Roman parado a alguns metros de distância. Ele estava me olhando encostado no balcão.

Sua camisa azul estava enrolada até os cotovelos e os poucos botões superiores, abertos. Seu cabelo estava um pouco bagunçado, o que só me fez querer corres meus dedos por ele. Como alguém podia ser tão bonito?

- Oi! Como foi o trabalho? – Eu sorri enquanto fechava o livro.

- Bom, - ele respondeu, aproximando-se de onde eu estava. Levantei-me rapidamente e passei por ele, colocando o resto da minha barra de chocolate na geladeira.

Meu coração acelerou enquanto ele se aproximava, uma sugestão de um sorriso aparecendo em seu rosto como se ele soubesse que eu estava propositalmente me afastando dele.

- Está com fome? Posso preparar alguma coisa pra você comer, se quiser, - perguntei, embora soubesse que ele já havia comido com um cliente.

Fingindo estar ocupada, circulei a mesa do café, mas o grande braço de Roman alcançou a frente do meu mando e pude sentir seu torso rígido pressionando minhas costas. Ele abriu meu hobby e o assistiu cair no chão. Mordi o lábio, antecipando seu próximo movimento.

Roman estava atrás de mim, com as maos em minha cintura. Seus lábios beliscaram ao longo do meu pescoço. Suas maos viajaram mais alto, subindo pela minha camisola. Oh, Deus!

Minhas maos apertaram seus braços e minha cabeça caiu para trás, saboreando o prazer de seus lábios e seu toque hipnotizante. Uma de suas maos segurou meu seio enquanto a outra vagava mais para baixo até que eu a senti entre minhas pernas, com seu dedo esfregando suavemente em minha entrada.

- Bem molhada, Emma.

Soltei um gemido ofegante ao som de sua voz áspera, com sua mao ainda me provocando suavemente. Ele puxou minha calcinha para o lado, deslizando o dedo para cima e para baixo nas minhas dobras. Tentei reprimir outro gemido, mas falhei miseravelmente.

- Isso é bom, Emma?

- Mmm, sim.

Roman me virou e eu encontrei seu olhar lascivo. Seus lábios caíram nos meus. Ele me levantou em cima do balcão e espalhou minhas pernas em volta de sua cintura, com meu rosto corando diante dele.

Senti seu dedo na entrada do meu ponto sensível. Meu corpo já estava à beira da combustão. Suavemente, ele entrou em mim. Fechei meus olhos, cedendo a ele. A dor aguda logo se transformou em um prazer arrepiante.

- Roman! – Eu gemi, meus lábios se separando em admiração.

- Olhe pra mim, Emma, - Roman soltou. Abri meus olhos e encontrei as manchas escuras de desejo.

Ele enfiou seu dedo dentro e fora de mim, seus lábios roçando os meus. Seus olhos escuros observaram o prazer que ele estava me alimentando.

- Está. Tão. Apertada. – Sua voz áspera acendeu um fogo dentro de mim enquanto seu polegar começou a esfregar círculos contra meu clitóris.

- Oh, meu Deus.

- Você fica tão sexy quando está excitada, princesinha.

Deixei minha cabeça cair para trás enquanto meus gemidos iam ficando mais altos. Eu não me sentia mais envergonhada. Ele estava me fazendo sentir muito bem. Eu estava perto. Mas perto de que? Eu não sabia, mas algo estava se formando.

A risada profunda de Roman me causou ainda mais emoção. Tudo sobre ele estava me deixando louca de prazer.

- Venha pra mim, princesinha!

Suas palavras foram minha ruína. Minhas costas arquearam para fora da bancada quando explodi em torno do seu dedo. Seu nome deixou meus lábios como um gemido suave. Minhas mãos voaram ao redor de seus ombros enquanto ele esfregava círculos contra minha umidade, me deixando sair do meu primeiro orgasmo.

Roman tinha o poder de me deixar selvagem e ele era meu. Todo meu.

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