O Mistério Definitivo do Alojamento
Lita deixou sua cidade natal, onde viveu desde criança. Ela viveu momentos bons e ruins aqui. Como ela escondeu sua dor e sua felicidade. Tudo aconteceu nesta cidade, a tristeza parecia gostar de se instalar em sua vida. Hoje, Lita decidiu deixar todas as lembranças que ocorreram neste lugar, que tudo ficasse apenas na memória. Ela queria recomeçar sua vida com algo novo, esquecendo o homem que amava. O homem que indiretamente a feriu, mas Lita não podia reclamar, pois o viúvo realmente não gostava dela.
"E então, com quem você vai ficar na cidade?" Sari perguntou, angustiada.
"Vamos viver nossas vidas separadamente por um tempo, e quando meu coração estiver curado, eu voltarei. Você também deve viver sozinha por um tempo." Respondeu Lita.
Sari não conseguiu mais impedir que a irmã ficasse na cidade. Além disso, Lita realmente precisava se acalmar após a dor do coração. Sari também sabia como era ter o coração partido, então não podia chamar sua irmã de exagerada. Talvez Lita realmente precisasse de cura ao deixar essa cidade; quem sabe na cidade ela encontraria alguém novo.
As costas de Lita se afastavam do olhar de Sari. Com sua moto, ela partiu para a cidade em busca de trabalho. Com o pouco dinheiro que tinha economizado, Lita decidiu ir em frente e começar sua nova vida. Neste lugar, ela sempre foi ferida por aqueles que amava, até mesmo sua própria mãe a descartou como se fosse lixo.
"Se minha própria mãe não consegue valorizar minha vida, como os outros vão valorizar?" Lita chorou durante o trajeto.
O vento que a atingia parecia zombar de seu sofrimento, como se eles cantassem por ela estar tão fraca em sua vida. Talvez Lita não estivesse tão ferida se Azka a tivesse rejeitado diretamente; o que ele lhe deu foi entregue a outra mulher. Se ao menos Azka tivesse dito que gostava de Nessa, talvez Lita pudesse aceitar isso de coração aberto. Mas o viúvo parecia rejeitá-la de uma maneira humilhante, e Lita sentia seu coração despencar.
"Não tem problema, eu com certeza conseguirei esquecê-lo! E além disso, estou acostumada a ser negligenciada, ele é só mais uma pessoa. A dor não será tão intensa quanto a de ser ignorada pela minha mãe." Pensou Lita, tentando se manter firme.
Finalmente, ela chegou ao local dos apartamentos que Nadia havia lhe passado o endereço. Era muito movimentado, havia estudantes e também pessoas que já trabalhavam, além de quem estudava enquanto trabalhava. Este era o alugue mais barato, assim, pelo menos, Lita poderia economizar enquanto aguardava uma resposta de uma proposta de trabalho. Ela se dirigiu à casa da proprietária do maior apartamento, e viu uma mulher com um enorme coque, vestida de uma maneira que lembrava a velha cultura javanesa, usando um kebaya e uma sarongue.
"Eu vim procurar um apartamento, senhora." Disse Lita.
"Aqui já está lotado, acabei de receber novos moradores." Respondeu a Sra. Melati.
"Não tem nenhum outro quarto vago, senhora?" Lita perguntou educadamente, sentando-se na frente da mulher bonita.
"Tem, mas não é só um quarto. Há uma casa, e a localização é na parte mais ao fundo." A Sra. Melati apontou com o polegar.
"Mas toda casa deve ser cara, senhora." Respondeu Lita, sabendo que não conseguiria arcar com o aluguel de uma casa.
A Dona Melati sorriu, exibindo seus dentes de ouro brilhantes. Lita ficou um pouco enjoada ao olhar para essa mulher de batom vermelho intenso. Seu jeito de falar parecia calmo e suave, mas Lita podia sentir que essa mulher escondia um mistério. Porém, era apenas a sua pensão que era famosa por ser barata, além de haver muitos estudantes e trabalhadores de classe baixa que alugavam aqui.
“O preço pode ser negociado. Eu te dou um desconto se você quiser,” disse Dona Melati.
“Posso ver primeiro, Dona? Aproveitamos para discutir o preço lá,” pediu Lita.
“Vamos lá.”
Dona Melati se levantou e convidou Lita a ir até a casa mais ao fundo, passando por um caminho estreito que não estava muito longe daquela pensão tão movimentada. Em frente à casa havia um denso bambuzal, e também uma árvore morta de tamanho bastante grande. Lita ficou paralisada ao ver que o quintal da casa era um cemitério, com uma quantidade razoável de túmulos, cerca de vinte. Não é à toa que era chamada de barata, considerando que o local era tão assustador; ninguém teria coragem de alugar ali. Assim que saísse de casa, acabaria de cara com a vista dos antigos túmulos. E ao voltar do trabalho à noite, passaria pelo cemitério sob aquela árvore seca.
“Esses são os túmulos dos nossos antepassados, você não precisa ter medo,” Dona Melati percebeu o medo de Lita.
“Mas isso é muito assustador, Dona,” Lita olhou ao redor.
“Apenas quem tem fé fraca tem medo de fantasmas. Além disso, a dignidade do ser humano é superior à dos espíritos,” Dona Melati lançou um olhar penetrante para Lita.
Lita ficou um pouco ofendida por ter sido chamada de fé fraca; ela nunca havia deixado de rezar. Precisava acreditar que Allah a protegeria, e mais ainda, já havia tido uma experiência com um espírito que atormentou sua irmã no passado, quando moravam na aldeia.
“Eu vou te oferecer três milhões por ano,” disse Dona Melati.
“Três milhões? Esta casa tem algo de muito errado, Dona,” Lita ficou surpresa.
“As pessoas têm medo por causa dos túmulos, mas aqui dentro não há nada de mais,” Dona Melati abriu a porta da casa.
“Só pelo estado da casa, é compreensível que tenham medo,” Lita reclamou.
O cheiro de mofo e umidade preenchia a casa. Tudo parecia muito velho por dentro. Na verdade, os utensílios eram todos completos, até mesmo havia uma geladeira que podia ser utilizada.
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Atualizado até capítulo 134
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