Já era dez horas da manhã e Lita ainda aguardava o homem chamado Samuel que conheceu ontem. Mas o homem esperado não chegava. Indah, de vez em quando, espiava na direção do caixa, achando que Sam já tinha chegado para comprar algum material ou apenas um lanche. Indah já estava decidida a pedir o número de celular dele para poder conhecê-lo melhor, já que ele era extremamente bonito. Era a primeira vez que elas encontravam um homem atraente, que ainda tinha um certo ar de fofura, uma combinação perfeita. Finalmente, seu ídolo apareceu, sorrindo docemente para Lita, que o recebeu de forma calorosa.
"Oi, já almoçou?" Sam perguntou, sorrindo.
"Não, depois eu como." Lita respondeu, igualmente simpática.
Indah fez um sinal para Lita pedir o número do celular dele, mas Lita não compreendeu o código que Indah havia lhe dado. Além disso, Lita não queria mais correr atrás de homens, uma vez que, mesmo sendo amigáveis, isso não garantia nada. Um exemplo era Azka, que era super amigável com todos, até com a irmã Lia, mostrando sempre um grande cuidado quando a encontrava. Mas, no fim das contas, o viúvo não tinha sentimentos por nenhuma das duas irmãs, pois estava apaixonado por uma jovem viúva. Essa experiência fez Lita ficar desencorajada, decidida a não repetir os mesmos erros em sua vida.
"Posso pegar seu número?" Indah avançou sozinha, já que Lita não se movia.
"Desculpe, eu não tenho celular." respondeu Sam.
"O quê!"
Tanto Lita quanto Indah não podiam acreditar que Sam realmente não tinha celular. Quem, nos dias de hoje, não possui um? Até mesmo crianças têm smartphones caros. Além disso, Sam não parecia ser uma pessoa que enfrentasse dificuldades financeiras. Assim, Indah acreditou que Sam simplesmente não queria dar seu número. Ainda bem que não foi Lita quem pediu, porque se fosse, ela certamente se sentiria rejeitada mais uma vez.
"Obrigada, e não esquece de comer, viu?" Sam disse a Lita.
"De nada, seja bem-vindo de volta." Lita sorriu docemente.
"O que foi? Parece que ele tá interessado em você." comentou Indah.
"Como eu vou saber? De onde você tirou que ele tá afim de mim?" Lita riu ao ver Indah fazendo beicinho.
Ela não zombou de Indah porque Lita sabia como era se sentir rejeitada por um homem. Sam acenou enquanto se afastava da loja. Seu sorriso era tão doce que poderia derreter o coração de qualquer mulher; quem sabe até alguém com uma alma homossexual também se apaixonaria por Samuel.
"Por isso, a gente não deve demonstrar tanto nosso carinho por homens. A dor da rejeição é muito intensa." aconselhou Lita.
"Você já foi rejeitada?" Indah olhou Lita, sinceramente desapontada com a situação.
"Sim, e a dor é imensa." Lita respondeu enquanto arrumava os cigarros.
"Eu nunca tive namorado antes, achei que seria fácil conquistar um cara bonito." Indah lamentou.
Lita riu porque Indah ainda era uma menina. Ela trabalhava em meio período ali. Mas era compreensível, pois poderia ser considerada uma paixão infantil; diferente do amor maduro, que realmente envolve o coração. As crianças apenas têm uma atração superficial, enquanto os adultos envolvem emoções mais profundas.
"Vai trabalhar, para de pensar em menino." ordenou Lita.
"Eu realmente quero namorar alguém mais velho que eu." Indah murmurou.
"Sugar Daddy, então." brincou Lita.
"Então sou como a Ani Ani." Indah reclamou, emburrada.
Lita voltou a rir ao ver a criança se irritando sozinha, mas logo voltou a trabalhar, com medo de ser repreendida pelo chefe. Através das câmeras de segurança, ele podia ver o comportamento da equipe, então todos se esforçavam ao máximo, mesmo sem a presença do chefe.
Lukas ficou de pé, sentindo que alguém o seguia. Já eram onze da noite e o lugar estava extremamente silencioso. Não havia medo em seu coração, pois o ex-aluno do vale de estudos tinha um pouco de conhecimento que aprendera com o fundador da escola. Ele sabia alguma coisa sobre o sobrenatural. O importante era ter temor a Deus. Na verdade, se pudesse, ele gostaria de capturar aquele demônio. No segundo andar estava seu quarto. Era diferente de Tama, que morava no andar de baixo; Lukas sentia que os passos estavam cada vez mais próximos.
"Mostre sua forma, não me atormente apenas!" gritou Lukas, com raiva.
"Hihihiiiiii.....
Uma voz sem forma riu, e a sombra tornou-se cada vez mais clara, flutuando de um lado para o outro. Lukas recitou o encantamento que aprendera enquanto era aluno da escola. Ele lançou-o ao ar, uma faixa de luz densa visando a figura que voava. No entanto, a luz atingiu apenas o vazio, e Lukas ficou extremamente irritado, pois aquele demônio estava apenas brincando com ele.
Vendo o maligno desaparecer em direção à parte de trás do alojamento feminino, Lukas correu, não queria perder a oportunidade novamente. Ele sabia que não havia apenas um demônio naquele lugar.
"Para onde ele foi?" Lukas olhava freneticamente ao redor.
Só havia arbustos e restos de oferendas murchas, eram muitas. Talvez as bandejas usadas para as oferendas não fossem reaproveitadas, sendo usadas apenas uma vez, pois havia um número grande de bandejas ali agora.
"Esse demônio ficou mais forte por causa das ações dos humanos," pensou Lukas enquanto se aventurava mais profundamente.
Ele avistou um poço que estava completamente abandonado e muito sujo. Lukas continuou a recitar orações em seu coração, preparado para qualquer coisa que pudesse aparecer à sua frente. No entanto, ao chegar ao final da casa, ele não encontrou nada.
"Desgraçado! Ele está se escondendo agora," resmungou Lukas.
O que chegava a seu nariz era o fedor de um cadáver, que fazia seu estômago se revirar. Lukas olhou para a casa de vários andares. Em um relance, ele viu uma sombra negra intensa parada perto da janela, e o jovem conseguiu apenas prender a respiração ao observar os muitos demônios vagando pela área.
"O que, na verdade, Bu Melati está praticando? Parece que isso não é uma riqueza espiritual," murmurou Lukas, desviando o olhar em todas as direções.
Seus pés o levaram em direção à casa onde Lita morava. O quintal estava repleto de sepulturas muito antigas, e as lápides estavam cobertas com um pano preto. A árvore seca rangia ao ser acariciada pelo vento noturno.
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Atualizado até capítulo 134
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