Capítulo 4

Como ficaram conversando por muito tempo com seus novos amigos, Lita e Caca voltaram para a pensão até o maghrib. Essa é a diferença entre a pensão e a casa da Sra. Melati: durante o dia, ela é muito cheia e, à noite, é muito silenciosa. Todos os residentes só ficam dentro de casa, ninguém se atreve a sair do quarto, a menos que seja forçado a fazê-lo por causa de um trabalho que não pode mais ser interrompido. A motocicleta de Lita indicava a direção do caminho, os lados direito e esquerdo estavam cheios de túmulos que só tinham lápides de madeira preta, não havia nomes nas lápides.

"O cheiro de carniça, Ta." A voz de Caca começou a se arrepiar.

"Apenas leia o verso da cadeira ou outro verso, nós vamos entrar na casa." Lita desceu da motocicleta.

Ao abrir a porta da casa para colocar sua motocicleta dentro, Caca estava esperando ansiosamente porque queria entrar na casa imediatamente. Não conseguindo ficar do lado de fora por muito tempo, era como se houvesse muitos olhos observando-a da grande árvore morta. Além disso, o cheiro de carniça estava ficando mais forte, como se eles quisessem sentir o cheiro. Caca esfregou os braços, que estavam muito frios contra seu corpo pequeno, e Lita imediatamente disse a ela para entrar e trancar a porta.

"Graças a Deus conseguimos entrar, espero que estejamos seguros em breve." Lita suspirou de alívio.

"Eu quero rezar, você tem uma mukena, certo?" Caca se esqueceu de abrir sua mukena.

"Pronto, você pode orar primeiro". Eu disse a Lita porque só havia uma mukena.

Caca foi para o banheiro fazer suas abluções, enquanto Lita ficou sentada no sofá olhando ao redor da casa, que parecia muito velha. O nariz de Lita ainda sentia um cheiro de carcaça muito podre, e isso já estava dentro da casa. Lita ficou desconfiada de que poderia haver animais mortos nessa casa, quem sabe no andar de cima houvesse animais mortos. Mas Lita estava muito relutante em olhar para cima, ela também não tinha coragem. Então Lita decidiu esperar até que Caca terminasse de rezar e então eles subiriam para ver.

Ao contrário de Lita, que ainda estava concentrada em sentir o cheiro de carniça, Caca sentiu que alguém estava em pé na frente dela com as pernas penduradas. Mas quando ela terminou, não havia absolutamente nada nesse banheiro, a atmosfera do banheiro estava muito abafada porque não havia nenhuma abertura de ar que entrasse aqui, Caca molhou os pés e imediatamente saiu do banheiro após a ablução.

Geleduuuk, Geleduuuk.

Quando a mão de Caca estava prestes a tocar a maçaneta da porta do banheiro, de repente ouviu-se um barulho vindo do banheiro ao lado para defecar. Caca achou que talvez fosse Lita que estava com pressa porque estava muito pressionada, então ignorou e saiu imediatamente do banheiro.

"Você se atrapalhou, Ta? Está tão sujo que está respingado assim". Caca olhou para as gotas de sangue que haviam entrado no banheiro.

"Sakiiit." Houve um som de choramingo vindo do banheiro.

"É apenas o primeiro dia de viagem, não é?" Caca achou que talvez Lita estivesse apenas em seu primeiro dia de viagem.

"Está doendo muito." Mesmo agora, isso estava misturado com soluços.

"O que você costuma beber para fazer a dor passar? Vou rezar primeiro, depois vou comprar um remédio para você". Caca gritou um pouco.

Silêncio, não há mais nenhum som vindo do banheiro. Caca ficou preocupada com a possibilidade de algo ter acontecido com Lita, então bateu na porta do banheiro, porque a voz dela desapareceu de repente e ficou em silêncio.

"Litaaa! Você não desmaiou, não é?" Caca bateu nela com mais força ainda.

"Por que, Ca?!"

Lita correu pela frente porque ouviu Caca que estava fazendo barulho por trás, Caca ficou chocado porque Lita veio pela frente. Então, quem estava com dor no banheiro, nessa casa só há dois deles. As mãos de Caca estavam tremendo e ela estava muito pálida, Lita estava confusa com o comportamento de Caca.

"O que há de errado? Vamos conversar, Ca." Lita sacudiu o ombro de Caca.

"Você é da frente, Ta? Não foi ao banheiro?" perguntou Caca, nervoso.

"Sim, eu lhe disse que estou esperando na frente, o que há de errado com você?" Lita levou Caca um pouco para longe do banheiro.

"Ta-tadi tinha alguém chorando de dor no banheiro! Eu pensei que era você que estava indisposta, porque tinha sangue espalhado aqui." Caca apontou para o chão e ficou surpresa ao ver que o chão já estava limpo.

Não havia sequer uma mancha, nem uma gota de sangue. Caca tinha certeza de que viu muito sangue derramado no chão. Então, por que agora não havia nada e tudo estava limpo? Não tinha nem mesmo uma gota de água, Lita ficou realmente confusa com a atitude de Caca.

"Vai lá e pega seu wudhu, assim não precisamos voltar atrás." Caca ordenou.

"Tá bom, espera aí." Lita apressou-se a entrar no banheiro.

Depois de fazer o wudhu, elas imediatamente fecharam a porta que separa a cozinha da parte do banheiro. Elas se sentiram mais seguras com a porta fechada, Caca começou a rezar enquanto Lita a aguardava na cama, pensando no que realmente havia naquela casa no fim do corredor.

Agora Lita também entendeu, não era apenas aquela casa no fim que estava assombrada. Na verdade, o alojamento da Dona Melati estava completamente assombrado, ela só podia rezar a Allah para se proteger das investidas desses demônios malignos.

"Reza aí, vou esperar aqui." Caca tirou seu mukena.

Lita vestiu o mukena e logo começou a rezar o maghrib, lentamente Caca percebeu que o cheiro de carniça estava desaparecendo depois que elas rezaram. Talvez os demônios tivessem medo de quem acredita em Allah, Caca já estava pensando em dividir o alojamento com Lita. Ela se sentiria mais confortável ao dormir com companhia, não aguentava mais a ideia de ficar sozinha em seu quarto.

A imagem daquela velha assustadora fazia com que ela não conseguisse fechar os olhos, sempre que tentava adormecer, sentia que a velha voltava com suas garras longas prontas para atacar.

"Espero que eu não aconteça nada, estou me sentindo tão ansiosa." pensou Caca.

Após a oração, Lita ainda queria recitar o Alcorão, pois talvez aquela casa estivesse há muito tempo sem ser agraciada com os versos sagrados, o que atraiu muitos demônios.