Lukas saiu de seu quarto às sete da manhã. Ele estava no turno da manhã. Trabalha como segurança na casa da família Alexander e voltará por volta das quatro da tarde. Seu rosto bonito faz com que muitas garotas o queiram. Ainda mais na pensão da Dona Melati, que pela manhã fica muito movimentada, pois todos começam suas atividades. Alguns estão indo trabalhar, como Lukas. Outros vão para a faculdade. De qualquer forma, todos começam a sair de seus quartos pela manhã. Com tantas pessoas assim, a agitação do dia desaparece à noite, pois todos têm medo de sair. A pensão da Dona Melati tem cerca de cinquenta quartos.
Todos estão dispostos como um prédio de apartamentos, mas já estão muito desgastados, pois são muito antigos. Lukas apenas cumprimenta aqueles com quem já é próximo; os outros apenas sorriem como um sinal de amizade entre os moradores. Quanto às mulheres que estão na pensão da frente, Lukas apenas sorri e acena. Na verdade, muitas o almejam, pois ele é muito bonito e parece muito másculo ao vestir o terno de segurança. Mesmo assim, Lukas nunca responde aos chamados das garotas que tentam flertar com ele. No passado, ele já gostou de uma garota em sua vila, mas ela escolheu outro homem. Por agora, Lukas não quer se preocupar com assuntos de amor.
"Mas Lukas, vai trabalhar?" cumprimenta uma garota vestindo roupas um pouco reveladoras.
"Sim." Lukas responde com uma palavra sem olhar para quem perguntou.
"Vamos juntos, posso pegar carona até lá?" A garota o convida para ir junto em sua moto.
Imaginar estar na garupa de um homem tão bonito e calmo faz Diva se alegrar. No entanto, seu desejo não se concretizaria; Lukas tinha mil maneiras de recusá-la. Não foi apenas Diva que foi rejeitada por Lukas; muitas garotas tentaram se aproximar dele, mas nenhuma teve sucesso. Todas tiveram que engolir o sentimento de vergonha pela recusa.
"Eu vou buscar uma amiga, moça. Desculpe, mas não posso ir junto." recusa Lukas.
"Ah, tudo bem." Diva engole seu desapontamento.
Lukas coloca o capacete e logo liga sua moto, que era tão imponente quanto ele. Diva só consegue olhar para suas costas, que se afastam cada vez mais. A figura dele é sólida e ampla; seria muito confortável se recostar ali e conversar com o dono daquele suporte.
"Coitada, já foi rejeitada pela manhã." zomba Andrea.
"Ah, não tem problema. O importante é continuar tentando." responde Diva.
"Ele é louco, aqui tem tantas garotas e ele não dá bola nenhuma." Andrea observa com espanto.
"Disseram que ele era santri antes, por isso cuida do olhar." diz Diva.
"Já sabe que ele é santri, por que você ainda tenta se aproximar dele?" pergunta Andrea, confusa.
"E daí? Tem alguma proibição?" Diva pergunta, confusa.
"Você é cristã e tá vestida assim, a Muralha da China não é tão grossa quanto os obstáculos entre vocês." retruca Andrea.
Diva apenas ri diante das palavras da amiga, pois acredita que qualquer coisa pode acontecer se for o destino dela ficar com o bonito segurança, que tem um jeito muito legal e uma forma de falar bastante firme.
Enquanto conversavam sobre Lukas, Caca correu de uma casa no final da rua com um rosto apavorado. Andrea já suspeitava que algo estranho havia acontecido, especialmente porque Caca já tinha sido assediada por uma velha moradora de seu quarto. Talvez a intuição dela estivesse aflorada e ela conseguisse ver fantasmas. Caca se sentou em uma cadeira, onde geralmente os moradores da pensão se reúnem.
"O que você viu?" Andrea se aproxima de Caca.
"Eu acho que vou me mudar, não consigo aguentar esse medo." murmura Caca.
"Ah, que isso, Ca! Fantasmas são só alucinações, não existe isso." exclama Diva, incrédula quanto a fantasmas.
"Fala isso, Va! Espera até você voltar hoje à noite e ver um fantasma." responde Andrea.
"Ah, o fantasma deve ter medo de mim." Diva diz isso, mas logo se despede porque já é hora de ir para a faculdade.
Andrea continua acompanhando Caca, que está muito pálida. Antes mesmo de contar a história, já deixa Andrea preocupada e assustada. Com paciência, ela espera para ouvir o que Caca tem a dizer.
"Toda noite tem falta de luz e eu acabei sendo acompanhada para ir ao banheiro por um fantasma. E hoje de manhã encontrei a Lita toda assustada porque, segundo ela, viu uma criatura com a cara desfigurada." Disse Caca.
"Viu! Essa casa é realmente muito assustadora, não sei como a Lita consegue ficar lá." Exclamou Andrea.
"Sei lá, hoje ela ainda estava distante por causa do medo." Respondeu Caca.
"Pelo menos ela deveria arranjar rapidamente um amigo que queira acompanhar ela para morar lá, afinal, por que as casas da Dona Melati são todas tão sombrias?" Perguntou Andrea, intrigada.
Caca ficou em silêncio, pois também não sabia o que estava acontecendo. Foi para seu quarto e se preparou para a aula. No final do mês, ela iria se mudar dali, não se importava em pagar um aluguel um pouco mais caro, contanto que pudesse dormir tranquila, pois não conseguia nem fechar os olhos de medo.
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Lita estava em silêncio no seu quarto, com um sentimento de grande angústia. A imagem do fantasma com o rosto desfigurado como se estivesse derretendo continuava a assombrá-la. Até os olhos do fantasma, que pareciam prestes a cair, a fixavam com um olhar penetrante, e sua cabeça parecia extremamente pesada após ter recuperado a consciência.
"Oi."
"E aí, Ta? Já conseguiu um lugar para morar?" Sari perguntou à irmã pelo telefone.
"Consegui, irmã! Agora é só esperar a ligação do emprego." Respondeu Lita.
"Então tá bom, espero que você seja aceita logo." Disse Sari aliviada.
"Sim, eu também mandei meu currículo para um supermercado. O importante é que quem me chamar primeiro é o que eu vou escolher." Disse Lita.
"Não esquece de comer e não deixa de rezar, viu? A irmã tá indo para o trabalho agora." Sari lembrou a irmã.
A ligação acabou porque Sari precisou ir trabalhar. Na verdade, Lita queria convidar a irmã para morar com ela, mas isso seria apenas jogar dinheiro fora. Afinal, Sari também trabalhava na cidade natal e tinha sua própria casa. Lita tinha ido para a cidade apenas para escapar de seus sentimentos. Achava que não era justo sacrificar a irmã para vir para cá. Além disso, ela ainda não tinha conseguido um emprego, e Lita começou a pensar em como seria quando conseguisse um turno que a fizesse voltar para casa à noite. Com certeza, seria muito assustador.
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Atualizado até capítulo 134
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