Sayup-sayup, Andrea yang akan terpejam melihat a figura de alguém com a cabeça aparecendo entre as roupas penduradas. A garota tinha dificuldade em acreditar no que via. No entanto, a figura tornava-se cada vez mais nítida, acompanhada de risadas, cujo tom era alegre, como se tivesse encontrado o brinquedo mais interessante do mundo. Andrea se sentou, observando o quarto silencioso, onde suas duas amigas ainda dormiam profundamente, aconchegadas uma à outra. O olhar de Andrea voltou para as roupas penduradas perto da janela, que estavam abertas intencionalmente para deixar entrar a brisa e acelerar a secagem, de modo que pudesse usá-las no dia seguinte.
Infelizmente, a figura que tanto temiam apareceu, e agora não era mais apenas uma sombra. A velha estava sorrindo de forma sinistra entre as roupas, lambendo suas mãos magras, que eram quase apenas pele sobre os ossos. Seus olhos vermelhos fixaram-se em Andrea, que estava paralisada de medo. A mulher se aproximou lentamente, curvada, com longos cabelos brancos que se arrastavam pelo chão. Andrea queria gritar para acordar suas amigas e pedir ajuda para expulsar aquele espírito maligno, mas seu corpo estava tão rígido quanto um tronco de árvore, enquanto a criatura se aproximava mais e mais.
“Eheeee, Eheeeee…”
Era como se a velha estivesse zombando do terror de Andrea. Agora, a figura estava sobre o corpo da garota. Andrea prendia a respiração, sentindo uma dor aguda no abdômen devido ao peso aterrorizante da velha, que, apesar de sua aparência magra, demonstrava um peso assustador. As mãos de Andrea se agarravam fortemente ao cobertor ao seu lado, embora desejasse alcançar Laura, que estava logo ao seu lado. Contudo, nada disso era possível devido à rigidez que dominava seu corpo.
“Você é tão linda... Deve ser delicioso seu coração.” A velha estendeu a língua.
“Não... não me incomode.” Andrea soluçou, lágrimas escorrendo de medo.
“Dê-me seu coração... Quero seu coração.” Seu dedo magro apontava para o coração de Andrea.
Felizmente, a garota conseguiu murmurar algumas palavras de Allah e recitar alguns versículos curtos que memorizara. A velha foi se afastando lentamente, parecendo sentir calor pelas palavras que Andrea pronunciava. Gradualmente, Andrea pôde respirar aliviada, pois o espírito maligno havia se afastado, embora suas lágrimas continuassem a cair, pois a jovem lamentava sua triste sorte de ser pobre e ter que viver em um lugar tão barato e assombrado. Sua vida estava constantemente ameaçada, pois parecia que os espíritos ali tinham uma predileção por sacrifícios, mas ninguém sabia se isso era um pacto demoníaco ou algum tipo de feitiçaria.
O que Andrea não sabia era que, na verdade, Laura também estava em um sono inquieto. Ela se sentia presa entre dois fantasmas com olhos ocos. Tremendo de medo, Laura não conseguia emitir um som, nem se mover. Apenas lágrimas deslizavam pelo seu rosto, enquanto os espíritos começavam a se erguer. Laura queria gritar, mas sua voz parecia inexistente, como se estivesse presa em sua mente. A atmosfera do quarto havia mudado, transformando-se em um cemitério obscuro.
“Estou sonhando que estou no meio de um cemitério na frente da casa da Lita?” pensou Laura.
A sensação era de que já não estava mais em seu quarto, mas em um antigo cemitério em frente à casa de Lita. Um a um, os espíritos começavam a emergir de seus túmulos, como em um filme de zumbis, saindo da terra, muitos com o corpo reduzido a ossos. O fedor de carniça penetrava as narinas de Laura, que desejava gritar desesperadamente, mas sua voz não saía. Apenas um grito interno ecoava em sua mente, enquanto os espíritos a cercavam, revelando seus rostos deformados.
“Venha ser nossa amiga...
“Venha ser nosso banquete...
“Venha conosco...
As palavras de encorajamento continuavam a ser ditas a Laura, que estava prestes a desmaiar devido ao medo intenso que a agredia. No entanto, desmaiar não era algo simples. No meio de sua desesperança, enfrentando tantos demônios, um feixe de luz intensa atingiu as criaturas, fazendo com que todas fossem arremessadas de volta para suas sepulturas. Laura, suando de terror, olhou para a pessoa que a acabara de salvar; Lukas rapidamente ajudou Laura a se levantar, que ainda estava fraca.
“Eu realmente fui puxada por um demônio?” Laura perguntou, incrédula.
“Não se esqueça de rezar antes de dormir,” disse Lukas, estendendo a mão.
“Foi por não ter rezado? Mas eu acho que os demônios aqui são muito cruéis.” Laura limpou suas lágrimas.
“Devemos ter fé. Não desista apenas por causa das perturbações deles,” orientou Lukas.
Laura se levantou e limpou o rosto sujo de terra do antigo cemitério, seguindo os passos de Lukas que já havia deixado a casa no fim da rua. Naquela noite, Lukas não conseguiu dormir, curioso sobre os demônios que a haviam incomodado, além de vigiar a casa de Lita, a mais distante.
Mas ele já havia visto algo sendo arrastado por alguma força. Lukas correu atrás e ficou chocado ao descobrir que era Laura sendo puxada pelo demônio travesso. Aquilo não poderia ficar assim; pelo menos um deles deveria ser eliminado, mesmo que não todos. Um só já seria extremamente difícil, quanto mais todos. Lukas estava confiante de que conseguia enfrentar isso, contanto que Allah estivesse ao seu lado. Tudo era possível se Allah o aprovasse e o protegesse.
“Entre, vou te observar daqui,” disse Lukas.
“Meu quarto é no terceiro andar, eu não consigo passar pela escada,” murmurou Laura, aterrorizada ao imaginar o quarto vazio.
“Não há nada lá. Eu vou esperar! Como posso te acompanhar até lá em cima? As pessoas podem pensar errado,” explicou Lukas.
“Certo, obrigada por me ajudar,” disse Laura, aliviada.
Lukas acenou com a cabeça e convidou Laura a entrar, enquanto observava a entrada para que ela não ficasse assustada. Laura correu rapidamente para dentro, aterrorizada ao imaginar o quarto vazio, apesar de seus músculos estarem cansados após o encontro com o demônio.
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Atualizado até capítulo 134
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