Os dois seguiram o caminho em silêncio. Eliza fez sua primeira caça, alimentou-se, e depois foi para a festa com Deimon. No entanto, algo estranho estava acontecendo por lá. Uma mulher, toda ensanguentada, gritava desesperada. Deimon, percebendo a estranheza da situação, transformou-se rapidamente, mas logo voltou ao normal. Arthur estava à espera deles, segurando as roupas dos dois.
"Beta, pode virar para o outro lado?" pediu Deimon seriamente, enquanto se virava também. Eliza, um pouco envergonhada, demorou um instante antes de voltar ao normal e vestir-se rapidamente. Assim que estavam prontos, seguiram para a festa.
"Filha, que bom que você chegou! Você demorou, querida, mas estava linda, com pelos brancos como os da sua avó," disse a mãe de Eliza ao vê-la. No entanto, ao notar que Eliza e Deimon estavam de mãos dadas, ficou surpresa. Os dois soltaram-se rapidamente, cada um indo em uma direção diferente. Eliza aproximou-se da mãe para entender o que estava acontecendo.
"Mãe, foi ótimo, mas o que está acontecendo aqui? Essa mulher... acho que a conheço. Ela usa os cabos vermelhos... parece a Shey..."
Ao se aproximar da mulher, Eliza ficou aterrorizada. Era Sheyla, completamente nua, machucada e sem vida, com a mensagem "Irei pegar você" escrita na testa.
"Irei pegar vocês? Quem fez isso é um monstro! Coitada dela... Isso só pode ter sido obra dos vampiros, está cheia de chupões!" exclamou Eliza, sentindo uma raiva intensa. Deimon, percebendo a situação, ordenou a Arthur que levasse Eliza para casa, dizendo que falaria com seus pais mais tarde.
[COM ELIZABET]
"Eu não vou a lugar nenhum! Quem você pensa que é?" disse Eliza, com os olhos vermelhos de raiva, lutando para se controlar. Seu corpo começou a tremer visivelmente.
"Senhorita, você não está bem. Foi o Rei que mandou que eu a levasse até a casa dele. Ele disse que falaria com seus pais. Você precisa se cuidar, não está conseguindo se controlar," respondeu Arthur, com calma e paciência.
"Está bem, mas diga a ele para vir logo! Preciso falar com ele urgentemente," disse Eliza, ainda nervosa, enquanto se dirigia à casa de Deimon.
[COM DEMON]
"Quem a viu entrando pelo portal? Quero saber por qual direção ela veio e como entrou aqui! Havia quatro guardas... QUATRO! Se fosse uma invasão, já estariam todos mortos, pegos de surpresa!" Deimon vociferou na sala de reunião, sua voz carregada de raiva.
"Ela veio pelo sul, meu rei. Eu a avistei e pedi que esperasse aqui enquanto eu o chamava. Mas quando me aproximei da festa, ela correu direto para a surpresa. Não tive como reagir... me desculpe," disse Max, com seriedade.
Deimon olhou para os outros guardas, seus olhos estreitos e penetrantes. Percebeu um deles tremendo, evitando seu olhar. Sem hesitar, Deimon agarrou uma faca que estava à mão e a lançou diretamente na garganta do guarda, que caiu morto. Todos na sala ficaram em choque.
"Mais alguém quer se entregar agora? Melhor uma morte rápida do que lenta, não acham?" disse Deimon, com uma voz que gotejava desprezo. Arthur entrou na sala e informou que Eliza já estava na residência. Deimon relaxou um pouco, mas ficou tenso novamente ao ouvir o que Arthur tinha a dizer.
"Ela não está nada bem, senhor. Não consegue controlar as emoções. É como se sua transformação não tivesse se completado... algo parece estar bloqueando-a," disse Arthur, relembrando como Eliza estava até ser deixada na casa de Deimon.
Deimon afastou-se um pouco, refletindo, e então falou: "A parte interior dela está bloqueada. É por isso que ela está assim. Não sei como ela aguentou até agora. Você viu como ela liderou todos na transformação? Há algo nela... e é grande. Vou falar com os pais dela amanhã. Foi por isso que mandei ela para casa. Agora vamos... Tiago ainda está no Canadá?"
"Sim, ele volta amanhã. Pegou todos os passos do homem daquele dia. Não descansou até reunir todas as informações sobre o suspeito que desrespeitou o senhor," respondeu Arthur. Os dois então partiram juntos, como sempre. O trio – Deimon, Tiago e Arthur – nunca se separou desde que se conheceram. Fizeram uma promessa de nunca abandonar um ao outro, e um dia, formar uma família juntos.
Deimon havia ordenado a Arthur que se dirigisse aos pais de Eliza, e então retornou à sua morada. Ao adentrar, encontrou-a sentada no sofá, com o olhar perdido no vazio. "Elizabet," ele disse, a voz profunda e grave reverberando pelo ambiente. Ao ouvir seu nome, Eliza sobressaltou-se. "Ah, desculpai-me, meu senh...," começou ela, mas foi prontamente interrompida. "Não necessitas de formalidades comigo. Somos companheiros, agora," replicou Deimon, com uma firmeza que não admitia contestação.
"Assim sendo, gostaria de compreender o porquê de eu estar aqui," perguntou Eliza, sem rodeios. Havia algo em seu comportamento que parecia perturbado, o que não passou despercebido por Deimon, que se aproximou lentamente dela. "Chamei-te para que tratássemos de ti mesma com teus pais. Eles devem revelar toda a verdade a nós, e isso será feito de bom grado ou à força," ele declarou, suas palavras carregadas de uma ameaça implícita, enquanto continuava a avançar em direção a ela, que, por sua vez, recuava.
"O que queres dizer com ‘falar sobre mim’? O que têm eles a revelar? E por que os obrigarias a tal? Não ouse tocar neles, se não..." Eliza tentou adverti-lo, mas foi interrompida por uma risada fria. "E se não o quê, minha deusa? Eu sou o REI aqui. Se eu desejar que sejas submissa a mim neste instante, assim será, meu amor," disse ele, empurrando-a contra a parede e inalando profundamente o aroma de seu pescoço. No entanto, foi rapidamente repelido, pois Eliza o empurrou com força, o que o surpreendeu.
Ela mal podia acreditar nas palavras que saíam de sua própria boca, a raiva fervilhando dentro dela. "Não me importa qual seja o teu poder ou posição, jamais me submeterei a um homem como tu, seu ogro. Quem pensas que és? Só porque sou tua companheira não significa que me tornarei tua cadela de estimação," declarou ela, a fúria explodindo em sua voz.
Por um instante, Deimon ficou perplexo, pois há décadas ninguém ousava desafiá-lo assim. Mas sua confusão logo deu lugar à fúria, e ele avançou sobre ela, agarrando-a pelo pescoço e pressionando-a contra a parede novamente. "Quem pensas que eu sou? Eu sou teu dono, de agora em diante sou teu Rei, e tu deves respeito a mim. Eu só não te coloco em teu devido lugar porque não estás bem e não sou de levantar a mão contra uma mulher, mas NUNCA mais ouses falar comigo desse modo," vociferou ele, sua voz grossa e autoritária preenchendo o ambiente.
Finalmente, Deimon a soltou, notando o susto que tomara conta de Eliza. Para evitar piorar a situação, afastou-se e dirigiu-se à cozinha, onde encheu um copo de água para si e para ela.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Nayde Melo Vasconcelos
Valha, ele deve ser bipolar, uma hora quer ser gentil com ela e agora é grosso 😡
2025-01-23
0
Lyllie J.
Vixiiiiii😆
2024-12-19
0
Valda Martins
Isso mesmo Elisa não se submeta a ele kkkk
2024-10-01
2