A PROFECIA

Eliza saiu de casa e foi direto para o campo. Mentiu para sua mãe, dizendo que iria à floricultura, mas na verdade queria ver se poderia ajudar de alguma forma na cidade.No caminho, viu o filho do Alfa se aproximando.

"Oi, você é a Elizabet?" perguntou ele. Ela ficou calada, surpresa que ele estivesse falando com ela, já que ele nunca a tinha notado antes. Ele era alto, com um corpo atlético, pele morena, olhos verdes, lábios rosados e cabelos ruivos como os dela.

"É comigo que está falando?" perguntou ela, um pouco nervosa.

"Sim, sou eu, Elizabeth ha.." respondeu ela, tentando manter a compostura.

"Não precisa falar o sobrenome. Só queria dizer que estão falando muito de você por ter ajudado ontem com os feridos, até desmaiou. Meu pai mandou dizer que está muito grato pela sua ajuda e a de todos os outros," disse ele seriamente, olhando diretamente nos olhos dela.

"Eu faria isso em qualquer lugar," disse ela, sentindo-se lisonjeada.

De repente, Eliza sentiu como se estivesse sendo observada, mas não viu ninguém ao redor. "Então tá bom, até depois. Tchau," disse Ruan, despedindo-se com um sorriso de lado.

Eliza ficou derretida com o encontro. "Que homen, que voz linda," pensou alto, percebendo que ele a ouviu e sorriu antes de se afastar. Chegando ao campo, viu várias pessoas sendo cuidadas. De repente, ouviu um som alto vindo do centro. Sabia muito bem o que era: um aviso do Alfa, convocando todos da alcateia para uma reunião importante.

Ela ligou para sua mãe. "Mãe, você ouviu o aviso? Estou indo para o centro. Encontro você lá, ok?"

"Está certo, estou indo. Luana acabou de chegar aqui. Vou só trocar o curativo para ir com ela. Tchau," respondeu Laura, desligando o celular.

Eliza foi para o centro, que ficava bem perto do campo de treinamento.

Chegando lá, ela viu o Alfa Derik ao lado do Beta, que era seu pai, e notou como ele parecia exausto. O filho do Alfa também estava presente, acompanhado de sua mãe, a Luna Ana. No centro, estava o Rei Lycon com dois homens ao seu lado, ambos deslumbrantes e aparentemente da mesma espécie do rei. Eles pareciam novos na região, pois ela nunca os tinha visto antes. Ela ficou tão encantada observando-os que eles sentiram seus olhos sobre eles. No entanto, perceberam que seu olhar não era de malícia, mas sim de pura admiração e encanto.

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[COM DEMON]:

Demorei, mas cheguei. Sou Demon Salvatore, com 500 anos nas costas. Pode parecer muito, mas a idade só me fez mais interessante, não é? Sou o Rei dos Lycans, o governante dos lobos há séculos. Tenho uma irmã mais nova, de 200 anos. Ela é o tipo de pessoa que diz 'não gosto desse tipo de coisa, Demon'. Uma antissocial nerd, muito parecida com alguém que não sai dos meus pensamentos desde que a vi.

Minha mãe, Diana, está sempre viajando, então mal a vejo desde que me tornei Rei. Tenho dois alfas que são meus betas e melhores amigos: Tiago e Arthur. Eles têm 300 anos e foram resgatados de um orfanato por mim. Tiago é mais parecido comigo, adora uma festa e é agressivo, mas também sabe ser sério quando necessário. Arthur, por outro lado, é mais calmo e focado, embora não dispense uma boa celebração de vez em quando.

Eles estavam em uma missão importante, investigando a movimentação dos vampiros que há meses nos rondam. Ninguém sabia disso além de mim. Infelizmente, não previ que isso causaria um ataque tão próximo daqui. Só hoje eles retornaram à Alcateia Leste,

“Conseguiram algo?”, perguntou Demon aos seus alfas. Tiago lançou um olhar de desagrado e respondeu sarcasticamente: “Nossa, nem um 'como estão' ou 'estão bem', né, Demon?” Ele fingiu estar chateado, mas logo voltou ao normal ao perceber o olhar sério do Rei.

“Conseguimos muitas coisas, graças a mim, claro”, disse Arthur, interrompendo a tensão. “Os vampiros que estão no nosso território e atacando são das Trevas, vindos do outro lado do mundo. O líder deles é Vladimir e…”

“O quê? Vladimir está vivo?”, perguntou Demon, incrédulo, interrompendo o amigo antes que ele terminasse. Arthur continuou, imperturbável: “Parece que sim. E eles estão atrás de uma garota que faz parte de uma profecia. Ela dará à luz um bebê de três espécies ao mesmo tempo.”

Demon sentiu a raiva crescendo dentro de si. "deuses! Ele vai matar todas as mulheres de todas as espécies só para impedir que essa mulher da profecia engravide. Um bebê tão poderoso…” A fúria em sua voz era palpável. Demon conhecia muito bem Vladimir e sabia do que ele era capaz. Vladimir, um dos vampiros mais antigos, era um ser ganancioso que havia injetado sangue de lobos em outros vampiros, buscando criar híbridos poderosos. Demon tinha jurado que o tinha matado, mas agora, a ameaça parecia mais real e aterrorizante do que nunca.

“Sim, e os vampiros que ele está mandando são híbridos. Ele acha que são mais poderosos porque injetou várias substâncias neles. Mas o que não entendo é por que ele quer matar todos só porque um ser tão inocente está para nascer. A profecia não especifica se será menino ou menina, apenas que será um bebê de três espécies. Eles enviaram uma mensagem anônima para o senhor”, terminou Arthur, entregando uma carta intacta a Demon.

Demon pegou a carta e leu em voz alta: “Amigo, quanto tempo. Não direi muito, mas sei onde você está. Da próxima vez, será aí. Até breve.” Ele rasgou o papel com raiva e começou a destruir tudo ao seu redor.

“Ei, calma! Precisamos avisar ao Alfa daqui sobre o perigo. Temos que colocar todos em alerta máximo, senhor”, disse Tiago, tentando acalmar Demon, sem entender completamente o motivo de tanta fúria.

Demon sabia que Vladimir era uma ameaça real e letal.

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