O AVISO

"Boa tarde. Como vocês ouviram no aviso, tenho algo muito sério para dizer. Anteontem, houve uma invasão de nossos rivais, os vampiros, que causou um caos na cidade do Norte. Muitos conseguiram escapar e vieram para cá, pois é o lugar mais próximo. Eles mataram vários de nossa espécie. Descobriram uma profecia sobre o nascimento de uma criança muito poderosa, fruto de três espécies. Para impedir essa profecia, o comandante deles está matando todas as mulheres que pode encontrar. Não sabemos se essa profecia se realizará nesta geração, mas para evitar sermos pegos de surpresa, aqueles que têm família em outras alcatéias deverão partir até que tudo se resolva. Não sabemos quando isso terminará...”

Alguém interrompeu o alfa. "Como assim teremos que sair? Tenho família em outra alcatéia, mas não nos damos bem. Vim com minha família para cá pensando que esta era a alcatéia mais protegida, mas me enganei. Vocês são todos uma bost..."

O homem não conseguiu terminar, pois Demon, com uma velocidade impressionante, apareceu à sua frente, fazendo-o ficar com medo. "Como ousa desrespeitar seu alfa na frente do Rei? Se coloque no seu lugar e mostre respeito, principalmente a mim," disse Demon com uma autoridade fria e implacável, fazendo o homem se curvar.

"Fui eu quem mandou dar esse aviso. Não sabemos se eles atacarão aqui, mas recebi um aviso do próprio líder deles que pretendem atacar. Se vocês, homens, querem que suas mulheres e famílias corram o risco de morrer, que a deusa da lua os proteja. Mas, se isso acontecer, e alguém não quiser sair daqui, que as mulheres tomem suas próprias decisões. Esse tipo de companheiro não protegerá vocês desses vermes que estão por vir. Vou enviar este aviso para todas as alcatéias. A escolha é de vocês: ficar ou partir."

Demon olhou ao redor, percebendo o medo nos olhos de todos. Ele notou que Eliza o olhava assustada. Artur que estava ali correu para lhe entregar os óculos escuros. Ele percebeu que estava tão furioso que seus olhos vermelhos estavam à mostra, assustando a todos.

"Eu, como Rei, farei o possível para proteger vocês e todos aqueles que ameaçam minha família. E mais uma coisa: aqueles que não têm para onde ir podem ir para a cidade de Hills, meu reino. Todos serão bem-vindos," disse ele, encerrando seu discurso.

Todos começaram a bater palmas, aliviados. Ele ouviu a voz doce de Eliza. "Meu Rei, eu sei que o senhor fará o possível para nos proteger, não é?" disse ela, fazendo todos concordarem e gritarem de alegria.

Enquanto Demon seguia seu caminho, ele percebeu que o homem que havia protestado já não estava mais lá. Ele achou isso suspeito, e Arthur também notaram a ausência.

Demon estava chegando em casa com seus amigos e foi direto para a cozinha comer algo. "O que foi aquilo, Demon? Quase matou o pobre do homem," disse Arthur, mas Demon não se importava com Arthur, só queria comer.

"Ei, estou falando com você. O nome dela é linda... Elizabe..." Arthur nem terminou, pois foi acertado por uma concha na cabeça.

"Sabe que quando estou comendo, não quero ninguém me incomodando, seu idiota. E não fale dela," disse Demon, irritado.

"Nossa, que ciumento, hein? Só falei que o nome dela é lindo. Ela não sabe que é você, não é?" disse Arthur, pensando que não receberia resposta, mas Demon parou de comer, pensou um pouco e falou.

"Não, ela nem sonha. Eu comecei do jeito errado, sem conhecê-la, pensando que era como todas as outras mulheres com quem já me envolvi. Mas ela é diferente de todas. Estou disposto a recomeçar tudo de novo. E não posso deixar de pensar em como ela é linda." disse Demon, com um brilho nos olhos.

Arthur percebeu a paixão na voz de Demon e sorriu. " Eu vi. Ela é bem diferente. "Minha cunhadinha" disse ele rindo, e saindo dali e indo para seu escritório que ficava no quarto.

Chegou a noite e Elizabet já estava se sentindo estranha.

"Mãe, estou me sentindo esquisita, como se a transformação estivesse acontecendo. Nem é meia-noite ainda, e eu não estou gostando do que o Alfa falou sobre fazermos a transformação ao ar livre, com todo mundo lá," disse Eliza, chateada.

Depois que o Rei Demônio se foi, o Alfa Derik optou por todos se transformarem em um ambiente mais seguro: o campo de treinamento, que é fechado em cima e aberto onde seria o festival. Agora, será só a transformação para não chamar tanta atenção. "Não temos escolha, querida. É melhor todos ficarem juntos do que separados nessa situação. Temos que proteger uns aos outros," disse seu pai, que estava ali, mas já se preparava para ir ficar com o Alfa Derik, esperando por todos na porta principal. O Alfa e o Beta estavam fazendo tudo o possível para proteger o grupo. Derik sempre quis estar na linha de frente pelo seu povo, por isso ele dizia que aquela alcatéia era uma das melhores, com reforços, proteção e a maior área de toda a vila dos lobos.

"Eu sei, mas ter que ficar nua e esperar a transformação é vergonhoso! Todo mundo vai ver, até o Rei que está presente," disse Eliza, frustrada, lembrando do sonho que teve.

"Ah, não fica assim! Pelo menos vai ter alguém valioso olhando, não é?" disse sua tia, tentando amenizar o clima.

"Tia, não sabia que você era assim. olha tio Bruno, não sabia, que a tia estava asim" respondeu Elizabet, tentando deixar sua tia quieta com essas bobagens.

"Tá, tá bom, parou! Agora vai se arrumar, já está na hora de ir, mocinha," disse sua tia, tentando mudar de assunto.

Elizabet saiu e foi para o seu quarto se arrumar.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***