"MEU" " MINHA"

Eliza: "Eu sinto uma sensação tão boa, uma nova experiência que levarei comigo pelo resto da vida. Mas algo estranho aconteceu... minha loba não se comunica comigo. 'Oi, está aí? Não tenha medo. Eu ouvi você falando comigo durante a transformação. Por que não fala comigo agora?'"

Autora: Eliza sentia-se triste. Sua loba, que havia se comunicado com ela durante a transformação, agora permanecia em silêncio. Isso a deixava confusa e um pouco desanimada. Sentada à beira da cachoeira, Eliza sentia e escutava tudo ao seu redor o som da água, as vozes dos lobos ao longe.

Mas ali, naquele momento, ela estava sozinha, envolta em uma paz que nunca havia experimentado antes. Uma nova sensação a preenchia, algo parecido com felicidade, mas que durou pouco.

De repente, o ar se encheu com o cheiro mais maravilhoso de baunilha que já havia sentido, um aroma tão intenso que quase a fez suspirar. Eliza respirou fundo, fechou os olhos, e ao abri-los novamente, viu-se diante de dois pares de olhos avermelhados. Um lobo negro, enorme e imponente, estava ali, a poucos metros dela. Ele era assustadoramente grande, uma figura que intimidaria qualquer um. Mas Eliza não sentiu medo. 0 cheiro... ela sabia muito bem a quem pertencia. Seu coração disparou, e com um fio de voz, ela murmurou: "Meu".

"Minha", a voz dele respondeu em sua mente, enquanto ele se aproximava para lamber seu rosto. "Ah, como esperei por esse momento, minha linda. Só minha", disse ele, feliz, enquanto cheirava seu corpo. Eliza, ainda em choque, afastou-o levemente, confusa.

"Como assim 'esperei esse momento'? Você já sabia, e nem sequer me disse, seu idiota! Ficava me infernizando o tempo todo, sabendo que eu era sua companheira?", ela disse, descontrolada, enquanto as emoções em forma de loba a dominavam.

Deimon, tentando manter a calma, respondeu com suavidade: "Eu sei, eu sei... mas estava tentando aceitar que você era minha. Minha companheira. Tenho mais de 500 anos, acha que isso é insignificante para mim? Esperei por anos uma mulher que eu pudesse chamar de 'minha' sem hesitar. Por favor, me perdoe, minha amada?"

Eliza riu baixinho, surpresa ao ver o temido Rei pedindo perdão. "Vou pensar no seu caso", brincou, fazendo Deimon bufar de leve, irritado. "Tá", ele disse, levantando-se e indo beber água na cachoeira, deixando-a sozinha.

Vendo-o se afastar, Eliza correu atrás dele, descendo a ladeira e empurrando-o com força dentro da água. "Hahaha, como assim iria deixar sua companheira sozinha? Nem pra ser um cavale...". Antes que pudesse terminar, Deimon a empurrou de volta para dentro da água.

"Haha, achou que eu não iria revidar? Fiz questão de ser cavaleiro", disse Deimon, vendo-a sair toda molhada e furiosa. Os dois se sentaram lado a lado, em silêncio.

Deimon sabia o que estava acontecendo com Eliza. Sua loba, chamada Eva, estava adormecida. Alguém havia realizado um ritual quando ela era criança, e agora, Deimon precisava descobrir o que havia acontecido. "Ela não fala comigo... é estranho, não sinto nada, nem sequer um murmúrio em minha mente. Mas ela falou comigo quando me transformei por completo", disse Eliza, com tristeza na voz.

Deimon percebeu a tristeza nos olhos de Eliza e, tentando confortá-la, lambeu delicadamente seu rosto, aproximando-se da sua boca. Ela, no entanto, afastou-se, o que o deixou confuso por um momento. Mas então, uma ideia passou por sua mente.

"Irei descobrir o que aconteceu, mas já sei uma coisa importante: o nome dela. Sua loba se chama Eva. Eu consigo vê-la, deitada em um sono profundo. Não sei como você conseguiu suportar isso sozinha, sem o apoio do seu lobo. Eles nos ajudam, nos confortam... é por isso que é tão importante que você e sua loba se conectem plenamente," disse Deimon, observando Eliza iluminar-se com a notícia.

"Eva? Que nome lindo! Minha avó também se chamava Eva. Que coincidência, não é?" respondeu Eliza, visivelmente mais alegre. Mas quando olhou para Deimon, percebeu que ele a estava encarando com uma expressão séria. Intrigada, ela perguntou: "Por que você está me olhando assim?"

Sem rodeios, Deimon perguntou: "Você nunca esteve com nenhum homem antes? Quero dizer, quando era mais jovem, você nunca teve... essas experiências?"

Eliza sentiu o rosto queimar de vergonha, suas bochechas se tornando rubras. Deimon, ao ver a reação dela, não conseguiu conter o riso. Ele se lembrou de todas as vezes em que ela ficava desa jeitada na sua presença, e tudo começou a fazer sentido. Ele concluiu que Eliza provavelmente nunca havia beijado ninguém, muito menos tido uma relação mais Intima.

"Tá, tá... não precisa responder. Eu não quero que você exploda de tanta vergonha!" disse ele, ainda rindo. "Agora, vamos voltar para o caminho e caçar algo. Você deve estar com fome. Depois, voltamos para lá," completou, levantando-se do chão. Eliza, ainda calada pela vergonha, seguiu-o, tentando recuperar a compostura.

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Comments

Ana Lúcia De Oliveira

Ana Lúcia De Oliveira

durante a transformação Eva se comunicou com ela

2025-04-06

0

Valda Martins

Valda Martins

Ela é forte venceu a transformação sem a ajuda da Eva sua loba

2024-10-01

1

Luiz Carlos

Luiz Carlos

acho que o espírito da loba dela está dormindo entendeu

2024-09-27

0

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