O REI LYCON E ELIZABET SE DESENTENDEM

"Monali, eu já vou, tá tudo lindo lá", falou Elizabeth, cansada de tanto ajudar a diretora e os outros, que a dispensavam e só a deixavam com o pesado das coisas.

"Ah, minha querida, você sempre ajudando essa semana toda. Estou muito grata por você me ajudar, mesmo eu dizendo para não ficar com as coisas pesadas, né, sua danada?", falou Monali, feliz por seus alunos terem terminado e principalmente por Eliza ter feito tudo sozinha praticamente. "Ah, eu amo ajeitar essas coisas aqui E ainda mais quando tem flores nisso e eu vi uma diferente que eu achei linda! A senhora pegou onde?", falou Elizabeth com os olhos brilhando ao lembrar da bela planta de flor com as folhas amarelas e as flores cor azul bem escuro que brilhava.

"Ela foi do Rei, que mandou o motorista para comprá-la na floricultura da cidade. Não são lindas? Quando acabar o baile, eu vou mandar guardar um vaso cheio para você, tá certo?", falou Monali, vendo os belos olhos brilhando da menina à sua frente.

"Não precisa, senhorita..."

"E só aceitar e pronto. Você não quer as flores, senhorita Elizabeth?", interrompeu uma voz grossa e potente atrás dela. Elizabeth sabia muito bem de quem era aquela voz linda e grossa, mas não ousava se virar para ver quem era.

Monali viu que a menina ficou ainda mais muda e branca do que já era e a chamou de volta para longe de seus pensamentos. "Eliza, Eliza... ELIZABETH!", gritou a diretora, preocupada com a jovem mulher que não respondia, enquanto Lycon observava tudo.

"Ah, sim, a mim desculpa, Monali. Eu fico sempre assim quando fico um pouco agitada. Peço desculpas", falou Eliza, recompondo-se. "A meu Rei, peço desculpas por ser mal educada por não o ter saudado."

Eliza virou-se para Demon e o saudou com as bochechas parecendo um morango, fazendo a diretora rir da cituação da menina que mal sabia falar com um Homem igual Demon.

Demon simplesmente balançou a cabeça e se sentou na cadeira ao seu lado, deixando Eliza ainda mais vermelha. "Ficou assim só porque sentei perto de você? Acho que nunca nem sequer beijou alguém", falou Demon sem pensar, vendo como Eliza o olhou.

"Eu sei que para algumas mulheres isso não seria um problema, mas eu não gostei da forma como você falou comigo. Pareceu que estava zombando de mim.E Sim, eu nunca beijei ninguém porque EU quero que meu companheiro seja o primeiro em tudo, em vez de ficar com várias pessoas por aí.

Acho que você talvez não saiba o que é isso, já que só se envolve com tudo que ver pela sua frente, não é mesmo, meu rei?" Ela finalizou a frase com um toque de ironia na voz.

Demon riu pela primeira vez em anos daquela situação inusitada que nunca havia ocorrido com ele. Mas sua expressão logo se tornou séria, seus olhos escuros brilhando com uma intensidade assustadora.

"Isso é sério", murmurou ele, sua voz um sussurro rouco. "VENHA ATÉ MIM", ordenou, sua voz agora um comando inabalável.

Ela não gostou nem um pouco daquilo, mas tentou resistir. Ele percebeu sua hesitação, e seus olhos se estreitaram.

"VENHA AGORA", repetiu, mais alto e com mais força, sua voz ecoando pelo ambiente.

Ela não teve escolha a não ser ceder à sua vontade. Ela se aproximou, e ficaram frente a frente, seus olhares se encontrando. A intensidade em seus olhos era quase insuportável, e ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

"Como você ousa me desrespeitar?"

"Quem me desrespeitou aqui foi você com essa pergunta idiota, seu cretino", retrucou ela, avançando em direção ao Rei, que ficou ainda mais incrédulo por um ser tão pequeno como ela falar daquele jeito com ele. Mas, para sua surpresa, ele gostou da coragem e ousadia dela.

Monali, que até então estava calada, sem saber como reagir, pela primeira vez em séculos viu alguém desrespeitar um Rei daquele jeito. Ela ficou impressionada com a coragem da jovem e se perguntou se ela seria capaz de fazer o mesmo.

O rei, já furioso com um ser tão inferior a ele, retirou-se antes que cometesse um ato do qual se arrependeria mais tarde. Elizabeth, atônita e envergonhada, viu Monali testemunhar toda a cena. Sem reação, despediu-se e partiu rapidamente

"Então, tá bom, eu vou indo. Qualquer coisa me liga", disse Elizabeth, pegando sua bolsa.

"Pode deixar, querida. Obrigada por tudo", disse Monali.

Elizabeth saiu da sala da diretora e foi em direção à saída da escola. Ela estava feliz por ter ajudado e ao mesmo tempo com raiva e ivergonhada do Rei.

Chegando em casa, Elizabeth chamou sua mãe para ir ao shopping comprar o vestido para o baile. As duas foram, conversando animadamente pelo caminho. Elizabeth queria muito falar sobre o que sentia quando via o Rei Lycon.

"Mãezinha?" disse Eliza, já impaciente. "O que a senhora sentiu quando viu meu pai pela primeira vez?"

Sua mãe abriu um belo sorriso ao se lembrar do dia em que viu o pai de Eliza pela primeira vez.

"Foi inesquecível", disse ela, a voz suave. "Quando eu o vi ali, alto e imponente, com seus olhos azuis brilhantes, meu coração disparou. Senti uma conexão instantânea, como se o conhecesse há muito tempo."

Eliza ouvia atentamente, seus olhos brilhando de curiosidade.

"Ele era tão gentil e atencioso", continuou sua mãe. "Me tratava como uma princesa, e eu me sentia completamente apaixonada. Era como se o mundo ao meu redor desaparecesse quando estávamos juntos."

Elizabeth sorriu, imaginando a cena.

"E então, o que aconteceu?" perguntou ela, ansiosa.

"Bem", disse sua mãe, "nós nos apaixonamos e nos casamos. Foi o dia mais feliz da minha vida."

Elizabeth abraçou sua mãe com força.

"Obrigada por compartilhar isso comigo, mãezinha", disse ela. "Eu me sinto tão feliz por vocês."...

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