Chegando em casa e não encontrando minha mãe, fui até a cozinha, pois sabia que ela deixaria um bilhete avisando para onde tinha ido. E lá estava:
"Minha filhota,
Tive que sair pois fui ao mercado comprar o que estava faltando em casa. Daqui a pouco chego. Tem comida no micro-ondas.
Ass: Mamãe"
Ri baixinho ao ler o bilhete. Minha mãe é a melhor mãe de todas! Ela sempre faz isso. Lembrei-me de quando eu tinha dez anos e quase me perdi na rua procurando por ela. Ela tinha saído para comprar as coisas de casa e eu, ansiosa, resolvi ir atrás. Mas acabei me perdendo. Fiquei desesperado, chorando e chamando por ela.
Por sorte, uma senhora me viu e me ajudou a encontrar o caminho de volta para casa. Quando minha mãe chegou, ela me abraçou forte e disse que nunca mais me perderia de vista.
Desde então, minha mãe sempre deixa um bilhete quando sai, para que eu saiba onde ela está e não me preocupe. É um gesto simples, mas que me traz muita tranquilidade.
Amo muito minha mãe! Ela é a pessoa mais importante da minha vida.
Subi para o meu quarto e fui ao banheiro para tomar um banho relaxante na banheira.
A Lua de Sangue surgirá após o baile. Nós, alunos, temos o direito e a obrigação de realizar um baile antes da transformação. Apenas aqueles que se transformarão naquela lua cheia anual têm o privilégio de participar.
Este ano, porém, será o mais sagrado: a Lua de Sangue. É o meu ano de transformação, e estou extremamente ansiosa. Somente aqueles que se transformarão poderão comparecer ao baile.
A diretora disse que é de boas-vindas, mas meu pai falou que é para mostrar que nossa espécie jovial de lobisomens está crescendo cada vez mais. Fiquei surpreso, pois é sempre no dia da lua cheia, mas nunca tinha percebido isso.
Quem não for se transformar deve ir direto para o centro da cidade, onde será o ritual (transformação). Mas também podemos escolher ficar só com a família, e foi isso que escolhi. Não quero ficar nua na frente de um bando de lobisomens.
"Filha, já cheguei. Pode me ajudar aqui com as compras?", gritou minha mãe lá de baixo.
"Estou no banheiro, mãe", respondi, tentando ganhar mais alguns minutos de paz.
"Pode vir agora mesmo! Não enrola", retrucou ela, impaciente.
Suspirei e saí da banheira, derrotada. Fui até o closet e peguei uma roupa qualquer de ficar em casa. Vesti-me e saí do quarto com cara nada boa.
"Mãe...", comecei a dizer.
"Cala a boca e vem! Você não faz nada em casa, nem para guardar as compras. Tem preguiça demais. Vai, vai logo", interrompeu ela, sem me deixar terminar a frase.
Fui derrotada por minha mãe mais uma vez.
Depois de ajudar a guardar as compras, disse à minha mãe que ia sair, já que ainda era cedo.
"Tá, mas toma cuidado, tá bom? Tem vários perigos por aí. Vem pro almoço, se não vier..."
"Tá bom, eu não vou fugir. A senhora mora no centro da cidade e bem aqui na frente. Para que isso? Arrr, tchau!"
Minha mãe é muito cuidadora e ciumenta também.
Saí de casa e, como morávamos no centro mesmo, era tudo perto. A pracinha era na frente de casa. Eu sempre odiei morar no centro, com tanto barulho
[Autora Narrando]:
Elizabeth adorava o aroma das coisas, especialmente das flores de todos os tipos. Ela sempre ia à floricultura, onde havia um espaço para quem quisesse ficar um pouco mais para admirá-las. E foi para lá que ela foi, como fazia com frequência.
Como ia lá com frequência, ela conhecia todos que trabalhavam lá. "A donzela resolveu aparecer, não é, Gael?", falou uma senhora que ela conhecia muito bem pelas suas brincadeiras, e a mesma que a ajudou quando se perdeu.
"Hum, nem sei quem é ela, vovó. Quem é mesmo? Mas tenho a impressão que já a vi há muito tempo", falou um homem mais jovem.
"Nossa, só fiquei três dias sem vir e já me esqueceu,magoaram. Tchau", falou Elizabeth, tentando disfarçar que ficou triste.
"O quê, Elisa? Você vem aqui só para mostrar essa sua linda cara e vai embora? Pode vir, venha", falou Miria, a senhora. "Chegaram várias coisas novas de flores, e tem uma que eu achei que era a sua cara. Mas o Rei levou ela, e era a única. E é bem difícil de achar", terminou de falar Miria.
"O QUÊÊÊ? O REI ESTEVE AQUI? QUANDO?", falou Elizabeth, gritando alto e assustando as pessoas ali.
"Sim... você conheceu o rei, Eliza", disse Gael, curioso para saber por que ela havia ficado tão chocada. Eliza percebeu seu interesse e tentou mudar de assunto. "Mas como vocês deixaram escapar? Era para vocês terem escondido a planta para mim, Miria e Gael". Os dois notaram o desconforto de Eliza e deixaram o assunto de lado por enquanto, mas estavam determinados a descobrir o motivo de sua reação.
Elizabeth ficou um pouco tarde e depois foi para casa almoçar com sua mãe, assistiu com a sua mãe. Depois de algumas horas, o seu pai chegou em casa e falou que o Rei esteve lá na sua escola. E assim foi passando as semanas.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Rosa Montezano
estou gostando da história!!?
2024-10-30
1
Maria Candida Santos
estou gostando da história
2024-10-13
0