O som distante de um trovão parecia um aviso, uma advertência do que estava por vir. Erus cavalgava pela floresta de Lúgubre montado em seu corcel negro. A atmosfera ao redor era pesada e carregada de umidade que fazia a respiração de Erus parecer um vapor constante em meio à penumbra. O céu estava acinzentado e coberto por nuvens densas.
O chão era coberto por uma camada grossa de folhas e galhos secos. As árvores eram tão altas e imensas que formavam um teto em volta da floresta. O ar, a aparência, tudo naquele lugar era sombrio.
À medida que Erus avançava, encontrava vestígios de antigos viajantes. Ao avançar, ele encontrou um corpo semi-enterrado entre as folhas. A pele estava pálida e esticada sobre ossos visíveis, coberta por uma camada de sujeira e bolor. O rosto, uma máscara de terror congelado no tempo, estava parcialmente oculto por uma densa vegetação que se entrelaçava com os restos mortais. O cheiro nauseante de carne podre e umidade encharcada misturava-se ao ar, criando uma atmosfera ainda mais opressiva.
Mais adiante, um grupo de corpos estava espalhado em um campo aberto entre as árvores. Alguns estavam em estado avançado de decomposição, cheios de vermes que se retorciam sob os restos. O chão ao redor estava marcado por uma cena de caos, com pertences pessoais dos falecidos e sinais de uma luta. Os corpos, alguns mutilados e outros apenas esqueléticos, deixavam ali uma aura de desespero e morte.
Enquanto a floresta se aprofundava em uma escuridão, um estalo repentino interrompeu o silêncio. Erus parou seu cavalo e ficou com a guarda alta. O cavalo relinchou nervosamente, estava começando a se arrepiar e suas orelhas logo ficaram para trás, estava assustado.
Do meio das sombras emergiu uma figura encapuzada, movendo-se com uma fluidez sinistra. Seus olhos amarelos e frios brilhavam, e a aura negra ao redor parecia absorver a luz. Erus desmontou de seu corcel já com sua grande espada em mãos. Ele sabia que o combate seria difícil.
A criatura avançou com um rosnado e garras afiadas apontadas para Erus. Ele girou a espada em um movimento amplo, cortando o ar, mas a criatura desviou com uma agilidade sobrenatural, movendo-se como um borrão. O ataque da criatura foi rápido e brutal; suas garras rasgaram o ar e cortaram a lateral da armadura de Erus. O impacto foi severo, e um filete de sangue jorrou do corte. Erus sentiu tanto o ataque e a dor, que a lâmina ficou tremendo em suas mãos. Ele foi forçado a recuar, a dor aguda no lado esquerdo do corpo o fez vacilar.
A criatura sem hesitar já avançou com mais ataques, suas garras queriam encontrar brechas na defesa de Erus. Cada golpe da criatura era um teste, e Erus teve que se esforçar para bloquear os ataques com sua espada, sentindo o impacto vibrar através de seus braços. O cansaço começava a surgir, e a dor era um grito constante em sua mente. Ele tentava não pensar na ferida que se abria, mas a cada golpe, a dor parecia se tornar mais intensa e penetrante.
Em um movimento inteligente, Erus girou a espada para desviar um golpe, mas a criatura aproveitou a abertura para desferir um golpe vertical que rasgou a armadura de Erus e cortou o músculo do ombro. O sangue escorreu pela ferida, misturando-se com o suor e a sujeira. Erus gritou de dor, seu rosto contorceu em sofrimento, mas ele ainda tinha determinação. Ele se sentia frustrado e desesperado enquanto tentava manter o foco. A dor era intensa, consumindo aos poucos sua concentração e resistência.
A batalha continuou com uma sequência frenética de ataques e contra-ataques. A criatura atacava com uma precisão mortal, suas garras se moviam como lâminas. Erus se movia com habilidade, mas a cada movimento, a dor e o cansaço acumulava. Em um momento crítico, a criatura lançou um ataque devastador. Suas garras cortaram a lateral de Erus com um golpe brutal, fazendo-o cair de joelhos. O impacto foi tão forte que ele sentiu a dor irradiar pelo corpo, e o sangue escorreu pela lateral. O chão estava coberto de sangue e lama, um testemunho da brutalidade da batalha. Erus estava exausto e ferido, sua respiração já estava irregular.
Erus, lutando contra a dor e a exaustão, tentou se levantar. Ele viu a criatura se preparando para um golpe final e sabia que precisava agir rápido. O desespero tomou conta dele, e ele sentiu uma onda de adrenalina que parecia ser a última reserva de energia em seu corpo. Com uma última reserva de força, ele ergueu a espada e canalizou a energia da tempestade que rugia no céu. A lâmina começou a brilhar com uma luz elétrica intensa, e Erus deu um grito de batalha, desferindo um golpe final.
A espada cortou o ar com uma força devastadora, e um raio desceu dos céus atingindo a criatura com uma explosão esmagadora. O céu se iluminou com uma luz sobrenatural, e a energia da tempestade desintegrou a criatura em uma nuvem de fumaça e sombras. O impacto foi tão forte que fez as árvores ao redor estremeçerem e o chão tremer.
Erus caiu de lado, o corpo exausto e coberto de feridas. O sangue escorria e ele estava com dores da cabeça aos pés. Cada respiração era uma luta contra a dor, e apesar de sentir a sensação de alívio, estava em esgotamento profundo. Com um último esforço, ele se arrastou até seu cavalo, suas mãos tremiam enquanto segurava as rédeas. A batalha o havia deixado em um estado de quase colapso, não sabia se iria sobreviver até conseguir algum tipo de ajuda.
Seu cavalo, apesar de ser um animal, era um companheiro de Erus a anos, e vendo a situação, seus instintos o fizeram inclinar a cabeça em um gesto de compreensão. Com um relincho suave, o cavalo começou a se mover cuidadosamente pela floresta densa. Erus se apoiava em sua sela, cada passo do animal causava uma dor diferente em seu corpo.
Erus, ofegante e quase inconsciente da dor, puxou levemente as rédeas de seu cavalo. Sua voz estava fraca, mas determinada.
— Encontrar um lugar... onde eu possa... curar... Não sei quanto mais... aguento...
Ele fez uma pausa, a dor quase o impedindo de continuar, antes de sussurrar com uma voz quase inaudível:
— Qualquer lugar... onde a noite... possa me proteger...
O animal, assim como todos os outros, era irracional, mas prosseguiu o caminho. Sua audição aguçada daqui a pouco iria ajudá-lo a encontrar algum local povoado e ajudar seu dono e companheiro de anos.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
o_shelbyy
vey essa parte da luta mim deu um frio na barriga, o cara é foda dmas, erus meu favorito mn
2024-09-04
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