No mesmo dia, Helius e Harleus foram falar com Árias, perguntando se podiam passear na cidade de Norton. Ela aceitou, mas decidiu ir junto deles, pois se preocupa com a segurança dos filhos depois do susto que passou.
— Mãe, podemos passear? _perguntou Helius, estava bem animado. Seu cabelo ruivo reluzia à luz do sol, contrastando com o cabelo escuro de seu irmão.
Harleus também esperava tão ansioso pela resposta que seus olhos brilhavam. Mesmo sendo mais na dele, também tinha curiosidade pelo mundo lá fora.
Árias olhou para os dois com carinho.
— Sim, vocês podem ir... Mas eu vou com vocês.
A cidade de Norton era conhecida por seu mercado vibrante, onde mercadores de todas as partes vinham vender suas mercadorias. O ar estava impregnado com uma mistura de cheiros: o aroma doce de frutas frescas, o perfume das especiarias exóticas e o cheiro pungente de couro novo e tecidos. Havia barracas coloridas, cheias de trajes de todas as cores e tecidos, livros raros e manuscritos, e até máscaras elaboradas para as festividades.
Árias, uma mulher de presença marcante, movia-se com uma graça vigilante, os olhos atentos aos filhos enquanto caminhavam pelas ruas movimentadas. Helius e Harleus estavam maravilhados com a variedade de itens à venda. Helius parou em uma barraca que exibia uma túnica dourada, adornada com bordados elaborados, que dava a quem a vestisse a aparência de um príncipe imponente. Ele passou a mão pelo tecido suave, sentindo a textura luxuosa sob os dedos.
— Olha só, Harleus! Não é incrível? _Helius disse, animado.
Harleus, por sua vez, se deteve diante de uma coleção de máscaras intricadas, cada uma mais impressionante que a outra, e inalou o cheiro sutil da tinta fresca. Embora mais reservado, ele compartilhou da fascinação do irmão.
— Olha isso, mãe! _Ditou Harleus, segurando uma máscara dourada decorada com penas.
Árias sorriu, apesar de sua preocupação.
— É linda. Talvez possamos comprar uma lembrança antes de irmos embora.
Enquanto exploravam o mercado, uma velha com cabelos bagunçados e olhos brilhantes os observavam de uma esquina. Vestida com trapos e carregando um cajado, ela parecia deslocada no meio da multidão. De repente, ela se aproximou dos três, murmurando palavras sem nexo. Ela cheirava a ervas secas e fumaça, tinha uma aura misteriosa.
— Vocês, jovens... vejo uma jornada cheia de perigos e descobertas! _disse a velha, a voz trêmula, mas firme.
— Os caminhos que vocês trilharão serão entrelaçados com o destino de muitos. Um homem do passado surgirá, mascarado de amigo, mas trazendo trevas em seu coração. Um de vocês será enganado, o outro resistirá.
Helius e Harleus olharam para ela com curiosidade e um pouco de medo. Árias tentou esconder seu desconforto.
— O que você quer dizer? _Perguntou Árias, preocupada.
A velha sorriu.
— O futuro é incerto, mas os sinais são claros para aqueles que sabem ver. Quando a lua ocultar o sol, um portal será aberto e os demônios serão libertados. Tenham cuidado e estejam atentos aos sinais.
Com essas palavras, a velha se afastou, desaparecendo na multidão tão rapidamente quanto havia aparecido, deixando Árias e seus filhos inquietos e pensativos.
— Mas quem é esse velha!? _Diz Harleus, um pouco assustado.
— Não sei.. Mas ela é uma velha maluca!_Helius diz e logo ri.
Árias disse para eles pararem de pensar nisso e os conduziu através da multidão até uma loja de máscaras e trajes, esperando que as cores e a criatividade dos artesãos distraíssem os filhos do encontro perturbador.
Ao entrarem na loja, puderam sentir logo um cheiro agradável de tecidos novos e tintas frescas. As paredes estavam cobertas de máscaras lindas e trajes vibrantes, cada um mais legal que o outro.
— Olha essa, mãe! _Disse Harleus, segurando uma máscara de lobo prateada com olhos brilhantes.
— É realmente bonita _Respondeu Árias, tentando sorrir. — Vamos escolher algumas lembranças e depois podemos ir para casa.
Enquanto os meninos exploravam a loja, Árias tentava disfarça e se acalmar, ela olhava cada detalhe dos trajes e máscaras, mas não conseguia tirar da cabeça as palavras da velha.
Helius encontrou uma túnica dourada adornada com bordados elaborados. — Mãe, essa túnica é incrível! — disse ele com os olhos brilhando de entusiasmo.
Árias concordou, mas ainda estava bem preocupada com tudo. — É mesmo... Vamos levar essa também.
Depois de escolherem algumas lembranças, Árias, Helius e Harleus deixaram a loja e voltaram para o castelo. O sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons laranja e rosa, enquanto eles atravessavam os portões e se dirigiam para seus aposentos.
À noite, a quietude envolveu o castelo. As tochas iluminavam suavemente os corredores, e o som distante dos guardas em patrulha era a única coisa que quebrava o silêncio. Helius e Harleus estavam adormecidos em seu quarto, exaustos do dia emocionante.
Erus, ainda alerta após o incidente na noite anterior, patrulhava os corredores com a precisão de um guerreiro experiente. Ele não deixaria que qualquer ameaça se aproximasse de sua família novamente.
Ao chegar ao quarto dos filhos, Erus notou uma sombra se movendo furtivamente perto da janela. Seus instintos de proteção entraram em ação imediatamente. Ele irrompeu no quarto com uma velocidade surpreendente, pegando o intruso de surpresa.
O ladrão, percebendo a presença de Erus, estava prestes a sair pela janela. Com um salto ágil, ele escapou pela janela aberta, desaparecendo na escuridão antes que Erus pudesse alcançá-lo.
Erus que era muito ágil, avançou em direção à janela aberta. Com um salto preciso, ele se lançou para o exterior, desaparecendo na escuridão da noite. Com uma destreza incrível, Erus pousou no chão abaixo, suas botas encontrando o solo com um impacto suave. Determinado, ele se levantou rapidamente, seus olhos vasculhando o ambiente em busca do intruso fugitivo.
Erus seguiu rapidamente, alcançando o intruso no pátio do castelo. Com um movimento rápido, Erus lançou sua adaga, acertando a perna do fugitivo e fazendo ele cair ao chão com um gemido de dor.
— Pare! _Gritou Erus, com voz firme e autoritária.
O intruso tentou se levantar, mas a dor era intensa. Ele olhou para Erus com olhos selvagens, mas não se atreveu a resistir. Erus se aproximou, a expressão séria, pronto para exigir respostas.
— Quem é você? O que quer com meus filhos? — exigiu Erus, a voz alta e ameaçadora.
O intruso gemia de dor, mas permanecia em silêncio, estava desesperado. Erus apertou ainda mais.
— Fale! De onde você é? Diz Erus, já sem paciência.
— Eu.....s..sou.....que...quem....me mandou aqui foi...e....!
Antes que o intruso pudesse responder, seu corpo se contraiu e ele caiu inerte, sem vida. Erus recuou, surpreso com a rapidez da reviravolta. O silêncio que ficou, foi interrompido apenas pelo cochicho distante dos guardas chamando por reforços.
Erus examinou rapidamente o corpo, procurando por algum sinal de identificação. Em um dos braços do homem, ele encontrou uma tatuagem desbotada: um símbolo que ele reconheceu na mesma hora. Era um emblema do reino de Eskarmif, um reino rival de Norton. Antigamente, Eskarmif e Norton eram aliados, mas devido a um conflito devastador, eles agora viviam em constante guerra.
O símbolo de Eskarmif era uma lança quebrada sobre um escudo partido.
Após esse incidente, Erus fica pensativo, pois o ferimento causado pela adaga não era suficiente para ter matado o intruso daquela forma. Mas Erus já sabia de onde vinha o mal: Eskarmif, depois de um bom tempo, estaria planejando algo contra Norton.
— Reginald! — Erus chama o seu melhor guerreiro.
De imediato, Reginald surge na sala, era um veterano nato de batalhas. Sua armadura reluz sob a luz das tochas, cada movimento refletindo sua competência e prontidão. O som metálico de suas botas tocam no chão de pedra, ecoando pelo salão. Com seus olhos penetrantes e postura imponente, Reginald era o homem da lealdade e força. Ele se destacava não apenas por sua habilidade com a espada, mas também por sua astúcia e liderança inquestionável.
— Sim, meu senhor? — Sua voz, grave e calma trazia tranquilidade no ambiente tenso.
Erus se voltou para ele, sentindo o peso da responsabilidade. Sabia que podia confiar plenamente em Reginald para qualquer missão, por mais perigosa que fosse.
— Precisamos preparar o exército. Vamos atacar Eskarmif antes que eles tenham a chance de nos atingir novamente — disse Erus, confiante.
Reginald já sabia da gravidade da situação. Enquanto ele deixava a sala para organizar as tropas, dois guardas que estavam de vigia nos corredores próximos começaram a murmurar entre si.
— Você ouviu isso? Erus está planejando um ataque a Eskarmif — sussurrou um dos guardas, preocupado
— Sim, ouvi. Isso vai trazer muita morte e destruição. Nossa última batalha com eles foi devastadora — respondeu o outro, balançando a cabeça.
— E dessa vez, pode ser ainda pior. Mas se Erus acha que é necessário, só nos resta seguir as ordens — concluiu o primeiro guarda.
No ar era possível sentir o cheiro de ferro das armas recém-afiadas, misturado com o cheiro adocicado da cera que polia as armaduras. À medida que Reginald passava pelos guardas, podia sentir a tensão no ar. Mas ele não hesitou. Com um olhar firme, ele seguiu para o pátio do castelo, consciente de que a defesa e o ataque de Norton dependiam de sua vigilância e coragem.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
💜💎Rainha da fantasia 💜💎
lê minha nova história é a mistura de yaoi e fantasia
2025-03-11
1
o_shelbyy
ah veia flnd as frazes
aria: ja avisei k vai dar merda isso ein
/Curse/
2024-06-15
3
o_shelbyy
salve mlk /Good/
2024-06-15
2